Por que empatia virou soft-skill obrigatória para liderar em grandes empresas?

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Aqueles que conseguem entender o que motiva as pessoas podem adaptar sua abordagem e aproveitar essa energia para progredir no trabalho
Embora algumas pessoas possam pensar que a consideração pelas emoções não tem lugar no mundo dos negócios, as principais empresas de hoje procuram líderes que tenham a capacidade de ter empatia, de se colocarem na situação dos outros e de imaginarem as coisas de uma perspetiva diferente.
Conforme escreveu o coach de liderança Joel Garfinkle em artigo publicado pela SmartBrief, saber como extrair o melhor de uma equipe requer empatia e compreensão, e aqueles que conseguem entender o que motiva as pessoas podem adaptar sua abordagem e aproveitar essa energia para progredir no trabalho.
“Colocar-se no lugar do outro para entender como ele vê e aborda o trabalho pode ser vital para saber como usar melhor suas habilidades para cumprir os objetivos de sua equipe. O tempo gasto comunicando e conhecendo sua equipe e seus estilos, preferências e motivações nunca é desperdiçado, dentro ou fora do local de trabalho”, afirma o especialista.
Como, no entanto, saber como unir a empatia e a liderança? O primeiro passo, de acordo com o especialista, é entender o que motiva as pessoas.
“Imagine que você tem um funcionário de quem precisa para concluir uma tarefa específica. Você conhece todas as etapas necessárias e pode até ter experiência significativa em fazer isso sozinho. Este membro da equipe ficará entusiasmado com esta nova responsabilidade, conhecendo apenas a tarefa geral, o conhecimento básico do negócio e o resultado final desejado? Ele ficaria mais entusiasmado se conhecesse seu processo detalhado e as etapas exatas a serem concluídas para que pudessem garantir que entregaria exatamente como você faria?”, questiona Garfinkle.
De acordo com ele, saber como os membros de uma equipe provavelmente se sentirão antes de delegar uma tarefa pode ajudar os líderes a adaptarem sua abordagem e garantirem não apenas o melhor resultado, mas também o funcionário mais engajado e motivado. “Modificar para caber é uma ferramenta poderosa para atrair outras pessoas para trabalharem com você”, afirma.
O especialista sugere, ainda, que gestores entendam o que causa estresse em seus funcionários. “Considere uma situação em que você está participando de uma grande reunião que inclui vários grupos da sua organização. Surge uma pergunta e, embora você tenha um entendimento geral, você acredita que uma pessoa de sua equipe provavelmente tem informações mais do que suficientes para responder à pergunta com competência e resolver o assunto. Ele apreciaria se você falasse e o chamasse, dando-lhe uma chance de brilhar? Ser solicitado a falar de improviso na frente do grupo seria um pesadelo para ele, não importa quão bem você achasse que ele respondeu?”, analisa.
Assim, saber como os outros provavelmente se sentirão deve ditar as ações de um grande líder, tanto quanto as tarefas em mãos e os objetivos maiores da organização. Levar os sentimentos dos outros em consideração pode fazer toda a diferença na retenção de um ótimo funcionário, e um grande líder sabe como conquistar seguidores fortes.
Por fim, excelentes gestores devem saber o que inspira suas equipes, uma vez que algumas pessoas precisam entender o propósito de uma tarefa para dar o melhor de si, com grandes ambições as tirando da cama pela manhã, e outras preferem se concentrar na tarefa em questão, estressando-se ao pensar em objetivos maiores e metas mais elevadas.
“O tempo gasto com sua equipe lhe dará uma ideia de como cada um deles aborda o mundo. Alguns podem sentir-se inspirados por trabalharem com você em direção a um objetivo maior, enquanto outros apenas querem concentrar-se no que se espera deles hoje. Você pode ajustar e obter o melhor trabalho de todos se souber como compartilhá-los e inspirá-los”, declara.
Para aprender mais sobre como se tornar um líder mais empático, assine o curso Leadership – A Masterclass, disponível no Administradores Premium, cujo módulo com Bill George, ex-CEO da Medtronic, destaca a importância desta habilidade para um gestor bem sucedido:.
(com SmartBrief)