Estes irmãos têm muito a ensinar sobre gestão de empresa familiar e vendas

Créditos: Adobe Stock
Em entrevista ao Café com ADM, irmãos fundadores da grife Crosby explicam como levaram a marca a outro patamar de sucesso
No Brasil, de acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 90% das empresas têm perfil familiar. Apesar de ser uma enorme maioria, no entanto, este modelo de negócios enfrenta desafios muito particulares.
É comum, por exemplo, que obstáculos como a transição de liderança de uma geração para a outra, a dificuldade de estabelecer estruturas formais de governança corporativa, a implementação prática de de uma gestão mais profissional e a mistura entre interesses pessoais e trabalhistas façam com que uma enorme parte das empresas familiares não sobreviva.
Existem, contudo, as histórias de sucesso. A Crosby, grife brasileira fundada pelos irmãos Fábio e Felipe Azevedo, é um dos casos mais bem-sucedidos de empresas familiares da última década no país. Alcançar este lugar, é claro, não foi fácil, mas é uma prova de que pode ser feito.
“A relação [na empresa familiar] que precisa funcionar bem é entre eu e Felipe. Tem que haver regras bem claras, acho que o problema é quando não se define regras. Por exemplo, a gente sabe onde começa e onde termina a responsabilidade de cada um dentro da empresa. Quando se trata de finanças, gestão de vendas, sou eu. E Filipe pode questionar, reclamar, mas tem que me convencer. E quando se trata de alguma coisa de produto, eu não tenho moral alguma. Eu nunca dei uma ideia de estampa, nunca mudei uma letra… a parte criativa do produto, de qualidade, de escolha do material, é dele”, explica Fábio.
De acordo com ele, o crescimento da empresa, que nasceu em 2015 e já tem 80 lojas e 3 mil revendedores, não foi planejado, mas partiu do desejo de alcançar coisas maiores.
“Acho que um dos maiores problemas dos empreendedores é tentar prever tudo o que pode acontecer, o que não é possível. A gente tinha uma previsão mínima lá no começo de ‘atacar’ revendedores, depois a gente faz franquias, mas a gente não tinha resposta para o ‘como’. Então começou como uma marca exclusiva de revendedores, fazendo marketing voltado para isso. Até que chegou um momento em que um revendedor decidiu abrir uma loja da marca da gente e perguntou se poderia usar nosso logotipo. E daí outro quis fazer a mesma coisa em outra cidade, e aí a gente viu que a coisa tava pegando. Foi só aí que a gente começou a estudar a possibilidade de expandir por franquias, foi algo que aconteceu de fora pra dentro”, declara.
Mais sobre essa história pode ser conferido no episódio desta semana do Café com ADM, Fábio e Felipe Azevedo explicam como suas técnicas de venda, uso do marketing digital e a diversificação do modelo de negócios levaram a marca a outro patamar de sucesso. Ouça agora:
Não esqueça de seguir o Café com ADM no Spotify e entre agora mesmo no grupo exclusivo de ouvintes do podcast no WhatsApp.











