Durante o Eve Investors Day, promovido pela startup de mobilidade aérea urbana da Embraer (EMBR3), Eve Air Mobility, o diretor financeiro anunciou que o preço do veículo elétrico de decolagem e pouso vertical (eVTOL, na sigla em inglês) será de US$ 3 milhões. Eduardo Couto, diretor financeiro da Eve, afirmou que os parceiros da empresa poderão vender passagens a US$ 100, “com lucro e operando de 3 a 4 horas por dia”, segundo publicação do Estadão. Em termos de receita, a Eve estima atingir o montante de US$ 1,1 bilhão em 2027 e, em 2030, o volume aumenta para US$ 4,5 bilhões. Atualmente, a subsidiária da Embraer tem uma carteira de pedidos para 1.785 eVTOLs. A empresa espera iniciar as entregas em 2026. Segundo Couto, somente a área de serviço e suporte da Eve deve representar cerca de 20% da receita da empresa nos primeiros anos de operação. A startup tem parcerias com países espalhados pelos 5 continentes (América, Europa, África, Ásia, Oceania) para desenvolver projetos de mobilidade aérea urbana em conjunto com companhias aéreas e outras empresas do setor aéreo. IPO da Eve à vista O diretor financeiro da Eve também disse no evento do Eve Investors Day que a empresa já entregou os documentos necessários para o processo de abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) na Bolsa de Valores de Nova York. 'Estamos confiantes nos nossos parceiros e no cronograma para concluir o IPO da Eve no segundo trimestre deste ano.' Ele indica que o momento atual é favorável para os negócios da subsidiária da Embraer. Os preços elevados do combustível ao redor do mundo colocam a eletrificação em destaque como meio de transporte alternativo, 'o que deve favorecer o segmento de mobilidade aérea urbana'. Eve conclui estudo para “carro voador” no Reino Unido A Embraer divulgou nesta semana que a Eve concluiu o estudo para a integração do espaço aéreo para a Mobilidade Aérea Urbana (UAM) no Reino Unido. Liderado pela startup, o Consórcio de UAM é formado por empresas globais com experiência em aviação, como a NATS, Aeroporto de Heathrow, Aeroporto London City, Skyports, Atech, Volocopter e Vertical Aerospace. Juntas, elas desenvolveram o projeto em parceria com o hub de Inovação da Autoridade de Aviação Civil do Reino Unido (CAA) por meio do 'sandbox', um ambiente regulatório experimental. Segundo a Eve, a iniciativa da CAA oferece às organizações ou consórcios a oportunidade de testar e selecionar a viabilidade de suas soluções inovadoras, ao mesmo tempo em que ajuda o regulador a moldar futuras normas de acordo com essas novas tecnologias e conceitos. Por Monique Lima Conteúdo publicado originalmente no SUNO Notícias