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<div>AS RIQUEZAS DO MEU PAÍS </div>
Adm. Esp. Giuseppe Martino(1)
&#8220;Brasil, Meu Brasil brasileiro, Meu mulato inzoneiro, Vou cantar-te nos meus versos&#8230;&#8230;&#8221; Foi através destes versos que o saudoso Ary Barroso descreve as riquezas do nosso país, enaltecendo a natureza, a cultura, a mistura de raça e é em nosso hino nacional que mostra a bravura do povo e as riquezas da nação. O Brasil é o quinto maior país do mundo em território e em população. Possui a maior floresta tropical, a maior biodiversidade, a maior reserva de água doce subterrânea cujos estudos indicam que abasteceria por 20 anos a população mundial; o maior rio em volume e em extensão, a maior bacia hidrográfica, possui a nona maior empresa de energia (segundo o site Último Segundo) e a maior empresa de exploração de petróleo em águas profundas, a melhor instituição financeira em tecnologia, a décima maior economia (segundo o Banco Mundial), o oitavo maior PIB (segundo o site Global Times), um litoral extenso, lindo e com águas quentes e ainda é um país com condições de clima favoráveis ao turismo, à vida e ao cultivo, onde cresce quase tudo o que se planta. Mas por que será que o Brasil continua perdendo infinitamente e em todos os setores (econômicos, sociais, políticos) para países onde mal se consegue andar na rua de tão frio, minúsculos, sem recursos naturais e que não tem nem metade das riquezas naturais do Brasil? Como explicar que depois a segunda guerra mundial, a Alemanha, Itália e Japão, países estes destroçados economicamente, fisicamente e moralmente em apenas 40 anos conseguiram se reerguer e tornar-se entre as maiores potencias no cenário mundial? E o Brasil com mais de 500 anos de existência ainda não consegue alcançar o lugar de destaque mundial a exemplo dos países acima citados? A resposta é obvia somos um país muito mal administrado. Parafraseando (Vladimir Illitch Ulianov) Lenin: “a prática é o único critério para se a avaliar a verdade”. Praticamente não sabemos administrar nossas dívidas, os Estados, a nossa previdência, a nossa educação, a nossa saúde pública e nem a nossa segurança. Os índices estão aí para mostrar esta realidade, segundo a ONU o Brasil ficou em 75º em seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) no ranking mundial conforme o Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) 2009. No Índice de Pobreza Humana (IPH), elaborado desde 1997, o Brasil aparece na 43ª posição num total de 135 territórios, pouco pior que o Uzbequistão (42º), Tailândia (41º) e Turquia (40º) e pouco melhor que República Dominicana (44º), Ilhas Maurício (45º) e Suriname (25º). O ranking por país por população rural afetada com a degradação dos solos é: 1- China (457 milhões de pessoas) 2 – Índia (177 milhões de pessoas) 3 – Indonésia (86 milhões de pessoas) 4 – Bangladesh (72 milhões de pessoas) 5 – Brasil (46 milhões de pessoas) Porém quando falamos de Estado, enquanto organismos, verifica-se que possui duas faces: uma mutável e outra imutável. A face do governante, ocupante do cargo, muda de acordo com as decisões dos eleitores e dos colégios eleitorais, conforme suas próprias conveniências políticas sendo que os nossos governantes não tem uma formação em administração e na maioria das vezes os escolhidos para compor o primeiro e segundo escalão da máquina administrativa pública são amigos de campanha ou colegas da época estudantil que certamente tomam decisões por critérios políticos em detrimento à experiência administrativa. A outra face é a estrutura jurídica em que se assenta e cria seu arcabouço burocrático onde tudo emperra, não anda pela falta de uma rubrica, selo, carimbo, horas de recebimento, falta de funcionário, mau humor do gestor e grande parafernália de leis cheias de brechas e recursos de “ampla defesa” aonde todos são culpados, mas ninguém é condenado, ou seja, a justiça é implacável para aqueles de baixa renda que cometem crimes, para aqueles que estão inseridos em camadas altas de renda, para estes todos os benéficos e incompetências que a Lei possa oferecer. Se nos analisarmos os Estados Unidos em sua ascensão mundial constatamos que a sua grandeza e potência econômica se deve pela qualidade de suas teorias administrativas e o rígido controle na sua máquina pública. Cerca de quarenta por cento dos colunistas americanos são gurus de administração, nomes como Peter Drucker, Tom Peters e Michael Porter, que disseminam diariamente o mantra da eficiência, competência e boa administração. No Brasil, eles são substituídos por ex-ministros que escrevem justificando seus erros no governo e sobre como se deveria &#8220;administrar&#8221; o estrago que deixaram. Diante desse cenário é que o país a passos lentos tende a se desenvolver de forma anômala procurando um equilíbrio dentro do desequilíbrio social, econômico, cultural e político. Somos a imagem perfeita da ingerência, do desperdiço, do “é dando que se recebe” de forma explicita e atuante à luz do dia se mostra perante a comunidade internacional, onde os mesmos se acham no direito de intervir em nossa soberania, e ao menos dão conta dos problemas em seus países de origem. Falta estratégia, planejamento, compromisso, visão, gestão, direção e controle em nosso país, tudo isso são sintomas de um perigoso antiintelectualismo que cresce no Brasil. O povo brasileiro está cansado do silêncio, da soberba e da incompetência de sua elite intelectual resultado dos mirabolantes planos elaborados às pressas por políticos de fala difícil que nunca pisaram num chão de fábrica, ou tem escasso conhecimento da realidade do povo brasileiro. Diante deste panorama devemos nos perguntar, será que todas as riquezas que este país possui serão realmente revertidas para o povo brasileiro? Não se engane meu amigo, os olhares dos abutres internacionais estão voltados para este país deitado em berço esplendido, mantendo-o como estoque estratégico para as próximas crises alavancadas pelo aumento populacional e esgotamento de recursos naturais e aliados as alterações climáticas. Estes países continuarão mantendo seus estilos de vida mesmo em época de escassez e crises enquanto o nosso mal administrado pelos nossos lideres sem escrúpulos, aumentarão seus lucros e esses problemas conjunturais e estruturais permanecerão gerando estatísticas sombrias. Desta forma não há futuro para o nosso país.
 (1)Administrador de empresa, Especialista Latu Sensu em Planejamento Educacional e Docência para o Ensino Superior.

As riquezas do meu País

Breve reflexão sobre as riquezas naturais de nosso País, ingerência e cenário mundial

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A inovação sempre fez parte da criatividade e é indissociável da evolução humana da qual resultou os avanços tecnológicos que conhecemos hoje, dando espaço cada vez mais à atuação científica. O seu conceito é bastante amplo, dependendo principalmente da sua aplicação no segmento e do ponto de vista em estudo. De forma sucinta, a inovação é a exploração com sucesso de novas idéias, e no sentido empresarial por exemplo, se caracteriza pelo aumento de faturamento, acesso a novos mercados, aumento das margens de lucro e diminuição de custos, reconhecimento em sua atuação social, entre outros benefícios. Segundo o Manual de Oslo que foi editado no Brasil, cuja edição mais recente de 2005 diferencia a inovação em quatro tipos: de produto, de processo, de marketing e organizacional. Tratando resumidamente cada um deles temos: - Inovação de produto é o ingresso de um bem ou serviço novo ou significativamente aprimorado no que diz respeito as suas características ou usos previstos. Neste rol incluem-se melhoramentos em particularizações técnicas, componentes e materiais ecologicamente corretos, softwares, facilidade de uso ou outras características funcionais, e geralmente são utilizados novos conhecimentos ou tecnologias, ou podem basear-se em novos usos ou combinações para conhecimentos ou tecnologias existentes abrangendo tanto bens como serviços; - Uma inovação de processo se constitui em um método de produção ou distribuição novo ou qualitativamente melhorado. Incluem-se mudanças significativas em técnicas, equipamentos e/ou softwares, visando reduzir custos de produção ou de distribuição; - Uma inovação de marketing é a formalização de um novo método de marketing com alterações expressivas na concepção do produto ou em sua embalagem, no posicionamento do produto, em sua promoção ou na fixação de preços sendo voltadas para melhor atender as necessidades dos consumidores, abrindo novos mercados, ou reposicionando o produto de uma empresa no mercado, com o objetivo de aumentar as vendas, divulgar sobre a posição sócio-ambiental que a empresa exerce no mercado, ou seja, o produto ecologicamente correto. - Uma inovação organizacional é a concepção de um novo método organizacional nas práticas de negócios da empresa, na organização do seu local de trabalho ou em suas relações externas, visa à melhoria do desempenho de uma empresa por meio da redução de custos administrativos ou de custos de transação, estimulando a satisfação no local de trabalho resultando na produtividade, otimizando os custos e diminuindo os desperdícios. Diante de um planeta globalizado cada vez mais regido pela competição, é preciso inovar para sobreviver. Por exemplo, em um supermercado, compare as marcas dos produtos nas prateleiras, com certeza você vai perceber algumas marcas que desapareceram sem deixar saudades, substituídas por outros produtos mais competitivos em preço e qualidade. Este crescimento devido à exploração de idéias para melhorar negócios, gera vantagens competitivas, necessitando a sua sustentabilidade. Pois, segundo estudos que abordam esta temática pela Techonology Outlook 2020, indicam que este ano a economia mundial irá consumir recursos naturais equivalente a dois planetas Terra canibalizando ferozmente nosso meio ambiente. Claramente observamos que esta situação se torna insustentável a médio e longo prazo, e que somente uma nova onda de renovação de consciência e inovação garantirá a sobrevivência de todos. Para tanto, a inovação deve abranger o uso de materiais reciclados , energia renovável nas unidades fabris e trabalhar com vista a um impacto zero no meio ambiente. De acordo com estudos realizados sobre a temática, a Innovation Union Scoreboard da União Européia indica a existência de um forte elo entre a capacidade de inovação de um país ou de uma organização, com a riqueza produzida e a sustentabilidade. Ademais, a inovação pode trazer o equilíbrio entre a proteção ambiental e o desenvolvimento social e econômico por meio de criação de tecnologias para melhor racionalização dos nossos recursos naturais existentes, respeitando os limites físicos, econômicos e políticos de cada país. Desta maneira, produzir poupando energia e reduzindo o impacto no meio ambiente e, ainda apoiando várias iniciativas governamentais e empresariais que ajudem as pessoas a se desenvolverem nas suas comunidades, conscientizando-as da importância de proteger o planeta, inovando assim de forma positiva as iniciativas ambientais e sociais a nível mundial. A preservação do nosso ecossistema deve ser parte integrante no processo de inovação, garantindo a sobrevivência da geração atual e as vindouras. Afinal, sem a preservação do planeta não teremos consumidores e conseqüentemente mercados.

Inovação: a chave para a sobrevivência

Dentro do contexto atual do mundo globalizado aonde o planeta constituído de pessoas e com a união destas entorno de um objetivo criam as organizações avançam incansáveis para um futuro cada vez mais complexo tendo como eixo norteador a informação, propulsora da evolução humana marcada cada vez mais pela competitividade e sobrevivência em seu meio.
 A organização ao longo de sua trajetória temporal passa por vários estágios, do cultivo da terra e produção de bens primários visando o atendimento de necessidades ligado à sobrevivência, em um segundo momento desse cenário evolutivo pelo acúmulo de capital devido ao aprimoramento do sistema capitalista e finalmente com a sofisticação dessas em um mesmo segmento de atuação comercial geram acúmulo de dados que depois de tratados, a informação e finalmente na interpretação segundo a experiência intrínseca do ramo advêm o conhecimento da realidade, esta posta como mediadora para a consecução de objetivos e metas para a geração de vantagens ímpares sobre seus concorrentes.
 É sabido que os grandes avanços da tecnologia nascem da competição cada vez mais acirrada entre as organizações no intuito de oferecer mais qualidade, conforto, benefícios em seus produtos e serviços completando ainda mais as necessidades humanas tomando fatias de mercados e criando outros.
 A evolução das empresas forçou a especializar-se neste novo contexto, oferecendo produtos e serviços ainda mais diversificados e sofisticados, emergindo as que mantêm em seu rol de serviço a manutenção destes dados e informações para consulta e venda aos usuários que delas precisam para alavancar resultados operacionais, lançado as bases para o "Capitalismo Digital" sendo característica fundamental o acúmulo de dados e informações estratégicas segmentados por áreas e setores.
 A humanidade sempre precisou de informações para a sua sobrevivência e com o advento das tecnologias da informação (TI), este compartilhamento se tornou tão rápido e instantâneo que gerou um acúmulo que se torna impossível a busca e pesquisa das mesmas entre aquelas que são uteis, recentes, obsoletas e ainda vagas. Para tanto precisamos adotar um referencial daquilo que precisamos encontrar para assim restringir as buscas tornando mais eficiente e eficaz.
Um modelo representa ou descreve os elementos relevantes de um processo ou de uma situação e as interações existentes entre eles.
 Contudo a escolha destes quadros pode apresentar desvantagens nas formas de coletar, analisar, compreender e aprender sobre a realidade. Para melhor compreender a revolução da informação, elencamos abaixo os estágios marcantes:
- 1ª Revolução foi o advento da invenção da imprensa, através dos tipos móveis de Gutemberg;
- 2ª Revolução foi a com a profissionalização do mercado editorial;
- 3ª Revolução foi com o advento dos computadores;
- 4ª Revolução segundo Peter Drucker está ocorrendo no seio das organizações, pois somente elas, e não a tecnologia são capazes de transformar informação em produtividade e competição resultando em diferencias e benefícios adicionais para clientes, funcionários e fornecedores.
 Portanto é preciso compreender as características e contribuições deste recurso chamado informação e desenvolver mecanismos para sua adequada captação, manipulação e exigindo dos profissionais o desenvolvimento e aprimoramento de novas habilidades de identificação, seleção e interpretação das informações importantes no seu uso decisório melhorando seu aspecto qualitativo. 1)Administrador de empresa, Especialista Latu Sensu em Planejamento Educacional e Docência para o Ensino Superior

A informação como fator de competitividade

A educação à distância, é um marco considerável na educação brasileira. As instituições educacionais e as grandes corporações privadas, motivadas pelo uso da tecnologia da informação, estão investindo cada vez mais em tecnologias de comunicação, didáticos-pedagogicos e recursos financeiros para fazer uso dessa modalidade em prol de objetivos sociais e econômicos.
 No entanto, o que se vê é o descrédito conceitual, conflitos de paradigmas e distorção na prática, motivada por uma visão incorreta e preconceituosa sobre o uso e potencialidades que esta forma de ensino-aprendizagem gera e abre novos caminhos aos discentes. Isto é específico dentro de um processo de mudanças que envolve conhecimento e no uso de novas tecnologias e adequação de estruturas educacionais complexas.
 Se voltamos o nosso olhar para o mundo e dentro do contexto que estamos inseridos, percebemos que a educação à distância é uma realidade, e a sociedade acadêmica e política deve se esforçar como um todo para compreender suas vantagens e oportunidade ímpar que a tecnologia de informação aliado a auto-aprendizagem proporciona. Esse convívio com esta nova realidade oferece os meios de ensino-aprendizagem através do uso de mídias que em mais de 80 países, nos cinco continentes, adotam na educação à distância em todos os níveis de ensino, em programas formais e informais, atendendo a milhões de estudantes.
 Diante deste contexto foi que me levou a escolher este modelo de ensino unindo a praticidade de ensino-aprendizagem, a liberdade de estudar os conteúdos e participar das aulas em casa ou no ambiente de trabalho. Resultando assim uma economia de deslocamento e melhor gestão do tempo adequando aos horários de trabalho.
 Cursei a minha primeira especialização em Planejamento Educacional e Docência para o Ensino Superior, sendo esta uma experiência educacional muito gratificante.
Assimilei todos os conteúdos de forma dinâmica atuando em todas as pesquisas e atividades propostas pelos docentes, culminando com o conceito "A" da minha monografia cujo tema foi "A importância da avaliação de aprendizagem em relação ao conhecimento e preparação dos discentes para o mercado de trabalho".
 Como administrador atuei no setor privado por mais de 25 anos e atualmente sou servidor público efetivo lotado na Secretaria de Gestão Estratégica e Administração – SEGAD em exercício no Instituto de Modernização Pública – I.M.P em Roraima. Atualmente estou inserido em novo curso à distância de Pós-Graduação em nível de Especialização em Controle da Gestão Pública e encontrei a possibilidade de me especializar dentro do serviço público, o que caracteriza a nossa expectativa em mérito, haja vista, que a experiência e desempenho profissional acumulado estar voltado mais para organizações de médio e grande porte no setor privado.
 Portanto, consideramos viável o uso desta modalidade de ensino, mesmo sabedores de que são muitos os desafios apresentados.Assim sendo resaltamos a importância dos cursos à distância como uns dos caminhos para a ascensão profissional. (1)Administrador de empresa, Especialista Latu Sensu em Planejamento Educacional e Docência para o Ensino Superior

Educação à distância, um novo modelo de ensino-aprendizagem.

Uma análise sobre ganhos potenciais, limitações estruturais e desafios políticos no processo de adesão brasileira ao organismo internacional



O debate sobre a entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) ganhou força nos últimos anos e, hoje, já não se trata de uma especulação, mas de um processo em curso: o país, afinal de contas já aderiu a mais de 100 instrumentos normativos da entidade e, no final de outubro, firmou sua entrada na Convenção Multilateral para a Aplicação das Medidas Relativas aos Tratados Tributários Destinadas a Prevenir a Erosão da Base Tributária e a Transferência de Lucros (MLI), marco relevante para o alinhamento brasileiro às melhores práticas internacionais contra práticas fiscais abusivas.&nbsp;



Esses movimentos sinalizam, nesse sentido, não apenas uma intenção política pontual, mas um processo gradativo de convergência a padrões globais de mercado em temas como governança tributária, compliance, transparência e ambiente de negócios. Mas essa convergência, no entanto, não caminha sem entraves e nem pode ser vista como uma mera oportunidade.&nbsp;



A entrada plena na OCDE envolve uma transformação profunda na forma como o país se organiza econômica, regulatória e institucionalmente. Por isso, mais do que um debate de agenda ideológica, trata-se de uma discussão estrutural que traz consigo efeitos diretos sobre competitividade, investimentos, autonomia regulatória e capacidade estatal.



Isso posto, a aproximação com “o clube dos países mais ricos” costuma ser vista como uma forma de o Brasil reduzir décadas de atraso institucional. De fato, dentro de um certo prisma, a adesão ao organismo funciona como um “selo de qualidade” capaz de aumentar a confiança de investidores internacionais, diminuir percepções de risco e ampliar fluxos de capital produtivo, financeiro e mesmo humano no ambiente de negócios nacional.&nbsp;



Via de regra, por exemplo, a média de produtividade dos países da OCDE é mais alta, dentro de um contexto em que também há melhor percepção de credibilidade acerca de suas políticas macroeconômicas.



Para o Brasil, que busca retomar protagonismo numa escala internacional para além das commodities, esse alinhamento pode, nesse sentido, representar uma oportunidade de modernização institucional importante, com efeitos econômicos potenciais nada triviais e que podem abarcar desde uma maior atração de investimentos até avanços nos processos de inovação dentro do mercado brasileiro.



Entretanto, seria ingênuo ignorar os custos e desafios dessa trajetória. O ingresso pleno na OCDE exige reformas profundas que historicamente encontram barreiras no Brasil: simplificação tributária, redução da burocracia e do custo do Estado, modernização administrativa, elevação da qualidade regulatória e, sobretudo, avanço significativo em educação e capital humano.&nbsp;



Dentro desse contexto, em que pese o fato da Reforma Tributária trazer uma potencial simplificação no longo prazo, ela está longe de eliminar a excessiva carga fiscal do país, haja vista que o IVA brasileiro será um dos maiores do mundo.



Ato contínuo, a adesão às demais recomendações da OCDE implica em revisões de marcos legais, de políticas públicas e no próprio funcionamento das instituições brasileiras ainda marcadas por instabilidade, corrupção e falta de coordenação entre os entes do Estado.



Além disso, há de se considerar também questões sensíveis relacionadas à autonomia regulatória, pois embora a OCDE não imponha, em geral, regras obrigatórias do ponto de vista jurídico-legislativo, ela estabelece, sim, padrões que tendem a orientar decisões governamentais.&nbsp;



E esse movimento de convergência pode gerar atritos com setores domésticos resistentes à abertura econômica, à concorrência internacional ou à revisão de regimes especiais, por exemplo. Em certos casos, pode também entrar em choque com interesses estratégicos do país ou de parceiros comerciais relevantes, especialmente em temas de política industrial, subsídios e regulação.



Outro ponto importante é que o ingresso não ocorre em um vácuo geopolítico: a OCDE é um organismo que expressa, em grande medida, a visão econômica e institucional das economias avançadas. Países emergentes, como o Brasil, precisam negociar margens de flexibilidade que permitam resguardar suas prioridades internas.&nbsp;



Há também a possibilidade de tensões diplomáticas, uma vez que diferentes membros defendem agendas econômicas nem sempre compatíveis com os interesses brasileiros. Isso exige habilidade negociadora e clareza sobre os limites da integração possível.



Por fim, há o desafio mais complexo: aderir a mais de 100 instrumentos da OCDE demonstra avanço, mas internalizá-los com consistência demanda fortalecimento institucional, continuidade administrativa e redução da instabilidade política que historicamente dificulta a implementação de agendas estruturantes no país.



O Brasil tem assim diante de si uma janela de oportunidade, mas que traz seus próprios desafios. Afinal de contas, se a aproximação com a OCDE pode fortalecer a governança pública, elevar o padrão regulatório e aproximar o país das melhores práticas de negócio globais; esse processo não é automático e tampouco está isento de contradições.&nbsp;



Finalmente, e o mais importante, os potenciais ganhos de uma real entrada na OCDE só se materializarão se forem acompanhados de reformas profundas, modernização institucional e capacidade política de sustentar um projeto de desenvolvimento consistente dentro de uma agenda de Estado, não de governos provisórios. Essa não é uma equação fácil para um país que, desde sempre, é visto como o país do futuro, mas se agarra a contradições do passado.

O Brasil e a OCDE: avanços, complexidades e os caminhos possíveis

Com alíquota projetada em 27,8%, país supera vizinhos da região e expõe a realidade de um país com excesso de gastos públicos&nbsp;



A implementação do Imposto sobre Valor Agregado no Brasil, uma das principais bases da Reforma Tributária (Emenda Constitucional Nº 132/23), traz consigo uma marca nada positiva: o país terá um dos IVAs mais altos do mundo, indicador que é reflexo de um contexto estrutural de gastos públicos exorbitantes e que, via de regra, não se refletem em serviços de qualidade para a população.&nbsp;



Nesse sentido, no texto já aprovado na Câmara, a alíquota padrão do IVA brasileiro alcança 27,8% e, para termos uma ideia do potencial peso tributário para a nossa competitividade, é interessante compararmos a carga do imposto nacional com o de nossos vizinhos regionais.



E olhar para os dados da América Latina traz clareza sobre o tamanho da disparidade: na Argentina, o IVA padrão é de 21%; enquanto no Chile e no Uruguai, as taxas, respectivamente, são de 19% e 22%. A Bolívia tem um dos IVAs mais baixos da região, 13%, enquanto o México e a Colômbia aplicam alíquotas respectivas médias de 16% e 19%. O Peru, por sua vez, opera com 18%, ao passo que mesmo a Venezuela, com forte participação estatal na economia, aplica 16% de IVA médio.&nbsp;



Os dados são da Global VAT Compliance e apontam para um ambiente de negócios preocupante em que o Brasil, em alguns casos, pratica 10 pontos percentuais a mais de impostos do que a maior parte de seus vizinhos, parceiros e concorrentes comerciais nas dinâmicas do comércio internacional.





E o descompasso não pode se explicar apenas por questões técnicas da Reforma, mas pelo peso estrutural dos gastos públicos. O desenho do IVA brasileiro reflete um Estado que consome parcela excessiva do PIB para manter sua máquina, sem avançar em contrapartida na eficiência do gasto. O resultado é uma tributação que onera empresas e cidadãos de forma desproporcional, ampliando custos de produção e achatando margens de competitividade frente a concorrentes internacionais.



Para termos uma ideia deste cenário, nos três primeiros anos do mandato, o Governo atual teve gastos que ultrapassaram a meta fiscal em R$ 300 bilhões, segundo levantamento feito pela Instituição Fiscal Independente (IFI).



Essa lógica é estrutural e não vem de hoje, gerando como resultado a pressão por uma carga tributária onerosa, que recai sobre o setor produtivo e compromete a capacidade do país de competir globalmente, diminuindo a atratividade para investimentos e elevando o peso sobre cadeias produtivas que já enfrentam elevados custos logísticos e trabalhistas.



Outro aspecto que agrava o cenário é a multiplicidade de regras internas. A reforma prevê seis diferentes alíquotas de IVA, variando de acordo com o setor, o que contraria a lógica de simplificação tributária.&nbsp;



Esse quadro é particularmente desafiador porque a maioria do mercado brasileiro ainda não se preparou para a transição. Em pesquisa da ROIT, por exemplo, foi identificado que 85% das empresas brasileiras não estão prontas para a reforma tributária. A falta de planejamento se soma ao cenário de alta carga fiscal, abrindo espaço para desorganização administrativa, perda de eficiência e aumento de riscos no ambiente de negócios.



O IVA, em tese, poderia representar uma oportunidade de racionalização do sistema, com menos litígios e maior transparência. No entanto, ao fixar uma alíquota recorde, o Brasil reforça a imagem de uma economia onerada pelo peso de um Estado caro e pouco eficiente. A consequência é clara: empresas nacionais enfrentarão maiores dificuldades para competir globalmente, enquanto investidores internacionais encontrarão menos incentivos para apostar em um mercado que já é complexo por natureza.



Diante desse cenário, reforça-se ainda mais a necessidade de planejamento estratégico. As organizações precisam, o quanto antes, revisar processos, modelos de precificação, contratos e acelerar sua jornada de digitalização como um pilar para o ganho de eficiência.&nbsp;



O fato é que a Reforma, em princípio, não une eficiência a redução de carga tributária e, nesse cenário, o Custo Brasil segue como um fantasma, cabendo às empresas encontrar caminhos de viabilidade em um ambiente que seguirá pouco amigável para os negócios.&nbsp;

IVA na América Latina: por que o Brasil terá o maior imposto da região?

Quem está do outro lado da mesa não está alinhado aos seus objetivos, está alinhado aos interesses da instituição financeira



Agora é a hora e a vez do Tesouro Direto.&nbsp;



Tesouro Direto, quem conhece investe.



Banco não foi feito para investir, nunca consulte o barbeiro se você tem que cortar cabelo.



O brasileiro precisa aprender a investir melhor e a proteger o patrimônio de certos predadores financeiros que estão de olho no seu dinheiro, afinal todo planejamento de sucesso baseia-se em 70% psicologia e 30% estratégia.



Os super ricos de verdade não usufruem das armadilhas que eles indicam aos desinformados para tirar proveito quando se trata de investir.



Esses investimentos muito sofisticados e difíceis de entender escondem altas taxas de administração e são desenvolvidos exatamente pra confundir a compreenssão do investidor.



Quem está do outro lado da mesa não está alinhado aos seus objetivos, está alinhado aos interesses da instituição financeira.





O gerente de banco está lá pra te empurrar os ativos podres que faz o seu dinheiro trabalhar pro banco porque se não estiver batendo meta, é mandado embora e perde o emprego.



O agente da corretora de valores está lá pra tem empurrar os ativos podres que faz o seu dinheiro trabalhar pra corretora de valores porque se não estiver batendo meta, é mandado embora e perde o emprego.



O melhor investimento de curto prazo pra preparar reservas financeiras e resgatar a qualquer hora que precisar, é o Tesouro Selic que tem proteção do Tesouro Nacional que é o caixa do governo e muito mais seguro que o Fundo Garantidor de Crédito que tem apenas 2% de recursos para cobrir as reservas financeiras menos piores caso os bancos decretem falência, e essa é a camada da segurança financeira que precisa ser preparada antes de iniciar a camada da independência financeira.&nbsp;



O melhor investimento de médio prazo que é acima de 2 anos até 5 anos, é o Tesouro Ipca + e esse é o início da camada da independência financeira.



Ninguém te fala do Tesouro Direto porque não tem interferência do gerente de banco e nem do agente da corretora de valores, e quem sai ganhando ao investir em títulos públicos do Tesouro Direto é só o investidor.&nbsp;



Após ter preparado a camada da segurança financeira e em seguida ter preparado também a camada da independência financeira, já é hora de pensar em preparar a camada da liberdade financeira. &nbsp;



No longo prazo que é a partir de 10 anos pra cima, as ações sempre ganham de qualquer outro tipo de investimento e principalmente as ações perenes. Esse é o início da camada da liberdade financeira que são investimentos que não podem ser resgatados a qualquer hora como o Tesouro Selic.&nbsp;



Essa é a importância de aprender a investir por conta própria e de forma independente.



Mais detalhes estão disponíveis no episódio 200 do podcast Café com Adm que foi quando Leandro Vieira entrevistou Tito Gusmão



Gostou do conteúdo? Compartilhe, precisamos divulgar essas informações transparentes que poucos conhecem.&nbsp;

As riquezas do meu País

Giuseppe Martino

Como blindar sua empresa contra fraudes, com Eric Dhaese | Café com ADM 475

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