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Após o Coronavírus tirar do foco das companhias a preparação das empresas para a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o tema volta à tona e, de acordo com a votação do dia 27 de agosto do Senado, a Lei está em vigor. Independente desta definição da data de vigência, já sabemos que em agosto de 2021 iniciam as multas em virtude dos descumprimentos de suas diretrizes. É preciso atenção a partir de agora. Pode parecer que não, mas o tempo é curto. A medida, daqui por diante, é iniciar um planejamento para a preparação e adequação das operações.
Sabemos que o objetivo da LGPD é proteger a privacidade dos cidadãos. Mas, quais são esses dados que devem receber atenção? Basicamente qualquer informação que possibilite a identificação de uma pessoa, como seu CPF (Cadastro de Pessoas Físicas), além dos dados &#8220;sensíveis&#8221;, que são as características pessoais e, também, de preferências dos cidadãos, como aspectos físicos, dados médicos e posicionamentos políticos, entre outros.
Lembrando que a Lei prevê 10 bases para o tratamento desses dados e, para que essas diretrizes sejam bem observadas, é preciso de atenção em todas as atividades relacionadas à manipulação de dados, como: o acesso, o armazenamento, a classificação, a coleta, o controle, a distribuição, a eliminação; entre outras.
De acordo com uma pesquisa realizada pela ICTS Protiviti entre outubro de 2019 e março de 2020 sobre a adequação das empresas à LGPD, constatou-se que 84% das companhias do Brasil não estão preparadas para as regras de privacidade de dados. Além disso, apenas 12,5% das empresas mapearam os riscos de segurança da informação e proteção de dados, etapa considerada primária na adequação à Lei.
Então, como se preparar? É preciso estar claro às empresas que elas deverão se estruturar por meio de ferramentas, pessoas, processos e técnicas. Portanto, o primeiro passo é a criação de um programa de adequação na organização, que será o responsável pela gestão dessas ações e deverá ser liderado pelo DPO (Data Protection Officer), cargo criado pela LGPD. Ele também será o elo de comunicação entre a a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) e o titular dos dados em eventuais incidentes.
Vale também lembrar que esse programa de adequação não pode (e nem deve) ser pautado apenas num viés jurídico, processual ou tecnológico. Digo isso porque temos percebido que algumas organizações têm escolhido um caminho mais simples e menos técnico. E isso pode comprometer o objetivo do projeto.
Entretanto, os envolvidos nesse processo de adequação têm que utilizar a tecnologia a favor da organização. Afinal, deve-se considerar a importância do know-how tecnológico desde a avaliação inicial pautada em boas práticas, que vão desde normas de Segurança da Informação, como a ISO, e framework de governança de Tecnologia da Informação, como o COBIT (do inglês, Control Objectives for Information and related Technology), passando por componentes de monitoramento ativo, plataformas de dados, interfaces e cibersegurança.
Somado a esses processos, ainda há o desafio das plataformas de gestão e governança de privacidade, as quais devem ser aplicadas algumas técnicas, tais como gerenciamento de riscos, de consentimentos, de petições e, também, dos níveis de exposição e do ciclo de vida dos dados pessoais.
Apesar das incertezas que rondam a data de vigência da Lei, ela está aprovada e estará cada vez mais em pauta nas empresas. Portanto, todas as organizações têm que se prepararem para este investimento, que requer o envolvimento de várias áreas para que, de fato, consiga estar em compliance com a LGPD.
Independentemente de sua vigência, é hora de começar a colocar essa adequação em prática. E sua empresa, já iniciou o programa para a nova Lei?
*Paulo França é gerente de Digital Consulting and Innovation da Engineering, companhia global de Tecnologia da Informação e Consultoria especializada em Transformação Digital.

LGPD: sua empresa está preparada?

Programa de adequação não pode (e nem deve) ser pautado apenas num viés jurídico, processual ou tecnológico

LGPD: sua empresa está preparada? | Administradores

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Administradores | Conhecimento para Resultados

Por Bruno Carone*



Em um mundo cada vez mais acelerado e exigente, a busca por equilíbrio entre vida pessoal e profissional tornou-se uma necessidade urgente. A saúde mental, outrora um tabu, agora ocupa um lugar central nas discussões sobre bem-estar e produtividade. Neste contexto, as férias são entendidas como um dos pilares para a construção de ambientes de trabalho mais saudáveis e engajadores, produtivos e criativos.



Pesquisa realizada pelo&nbsp;Férias&nbsp;&amp; Co. para medir os índices de engajamento, satisfação, retenção, nível de bem-estar e a importância das&nbsp;férias&nbsp;para os colaboradores de empresas dos&nbsp;mais&nbsp;diversos segmentos, mostra que um dos resultados&nbsp;mais&nbsp;expressivos é que 92% dos entrevistados acreditam que os momentos de lazer e descanso podem beneficiar a saúde mental. Ao todo, o questionário obteve 586 respondentes com idades entre 18 e 54 anos, que ocupam cargos de analistas até diretores.



As&nbsp;férias&nbsp;têm sido cada vez&nbsp;mais&nbsp;valorizadas pelos colaboradores e o bem-estar tem se tornado um grande aliado para o sucesso sustentável das empresas. Os períodos de descanso permitem a desconexão das pressões diárias, reabastecimento das energias e retorno ao trabalho com novas perspectivas. Um tempo dedicado ao descanso ainda reduz o estresse, melhora o humor e aumenta a satisfação no ambiente profissional. Quando os colaboradores se sentem valorizados e cuidam da&nbsp;sua&nbsp;saúde mental, isso também reflete na qualidade das entregas.



Além do período de descanso, há ainda uma tendência cada vez&nbsp;mais&nbsp;comum no ambiente corporativo e que tem se mostrado positiva para a promoção da saúde mental: o workation, termo que tem ganhado popularidade entre profissionais das&nbsp;mais&nbsp;diversas áreas. A palavra é uma combinação de trabalho (work) e&nbsp;férias&nbsp;(vacation), e serve para descrever a prática de trabalhar remotamente enquanto se está em um local diferente, até mesmo em uma viagem.



O workation é um forte aliado na busca pela saúde mental das equipes, pois oferece flexibilidade, permitindo que os profissionais escolham onde trabalhar. Isso também reflete positivamente na atração e retenção de novos talentos, já que a possibilidade de trabalhar em um ambiente relaxante, como uma praia ou uma montanha, e estar&nbsp;mais&nbsp;próximo da família, inclusive nestas viagens, diminui o estresse e o esgotamento físico e mental. Além disso, um local diferente pode ajudar a quebrar a rotina e proporcionar novas experiências e perspectivas, que podem refletir até mesmo na carreira dos colaboradores.



As&nbsp;férias&nbsp;e o workation representam muito&nbsp;mais&nbsp;do que um simples período de descanso. São investimentos estratégicos que podem transformar a cultura organizacional, aumentar a produtividade e garantir a longevidade das empresas. Ao oferecer aos colaboradores a oportunidade de se desconectar, recarregar as energias e encontrar um novo propósito, as empresas estão investindo no seu maior ativo: as pessoas.



Neste cenário, é importante que o mundo corporativo tenha em mente que tais tendências não podem passar despercebidas, pois podem ser cruciais para as mudanças que determinam o futuro do trabalho. É preciso que líderes e gestores entendam que as ações tradicionais que acontecem há décadas não estão sendo&nbsp;mais&nbsp;suficientes para atender às demandas e expectativas dos colaboradores. A promoção de um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal é, portanto, um&nbsp;investimento&nbsp;vital que pode resultar em uma cultura corporativa&nbsp;mais&nbsp;positiva e produtiva.



*Bruno Carone é cofundador e CEO do Férias &amp; Co., a primeira empresa de benefícios de viagens do mundo, dedicada a promover o bem-estar e a satisfação dos colaboradores por meio de experiências de viagem personalizadas

Por que várias empresas estão bancando boas férias para seus colaboradores? Entenda movimento

Fazer negócios com o exterior ficou mais simples e a chegada da conta <a href="https://wise.com/br/business/?utm_source=administradores&amp;utm_medium=audio&amp;utm_campaign=Brazil+Launch_2024&amp;utm_content=Wise+Business">PJ da Wise</a> ao mercado nacional pode ser considerada um divisor de águas.



Empresas brasileiras que realizam transações internacionais enfrentam desafios comuns, como instabilidade cambial, taxas de conversão desfavoráveis e a complexidade de gerenciar múltiplas moedas. Pensando em simplificar esse processo e trazer economia, a Wise lançou no Brasil a conta PJ Wise Empresas, projetada para negócios que desejam operar globalmente com eficiência.



A Wise Empresas é a primeira e única conta PJ no país que permite gerenciar ganhos internacionais em múltiplas moedas, além de BRL, USD e EUR. Essa funcionalidade única permite que empresas recebam pagamentos como se fossem locais em mercados estrangeiros, convertendo valores apenas quando for mais vantajoso, garantindo maior controle sobre os ganhos e evitando perdas desnecessárias.



<h3 class="wp-block-heading">Funcionalidades que fazem a diferença</h3>



A conta PJ da Wise oferece uma gama de serviços voltados para empresas de todos os tamanhos:



<ul class="wp-block-list">
<li>Recebimentos em mais de 40 moedas: permite que os valores sejam convertidos conforme a conveniência da empresa.</li>



<li>Pagamentos internacionais em mais de 70 moedas: ideal para lidar com fornecedores globais.</li>



<li>Cartão de débito internacional: aceito em 150 países, com IOF reduzido de apenas 1,1% e taxas competitivas.</li>



<li>Saques instantâneos: acesso imediato aos fundos, disponível 24 horas por dia.</li>



<li>Suporte 24/7 em português: garantindo atendimento eficiente para resolver qualquer questão.</li>
</ul>



<h3 class="wp-block-heading">Benefícios econômicos e operacionais</h3>



A Wise Empresas não apenas elimina os altos custos associados às transações internacionais, mas também simplifica a gestão financeira global. Mais de 600.000 empresas ao redor do mundo já utilizam essa solução para agilizar suas operações e reduzir despesas. A conta centraliza todas as operações, oferecendo praticidade e transparência para os empreendedores.



<h3 class="wp-block-heading">Um mercado em ascensão</h3>



Com o aumento das micro e pequenas empresas que operam globalmente, soluções como a Wise Empresas se tornam indispensáveis. A instabilidade cambial é um dos maiores vilões dos negócios internacionais, e a Wise Empresas oferece um sistema robusto e confiável para evitar perdas financeiras.



<h3 class="wp-block-heading">A nova era da gestão financeira global</h3>



A Wise Empresas se posiciona como uma ferramenta indispensável para empresas que desejam expandir suas operações internacionais de forma segura, econômica e eficiente. Para empresários que buscam uma solução integrada, é o momento de adotar essa inovação e transformar o gerenciamento das finanças globais.



<a href="https://wise.com/br/business/?utm_source=administradores&amp;utm_medium=audio&amp;utm_campaign=Brazil+Launch_2024&amp;utm_content=Wise+Business">Abra sua conta Wise Empresas hoje</a> e comece a economizar enquanto expande seus negócios pelo mundo.

Wise Empresas: conta PJ chega ao mercado brasileiro como divisor de águas

A inclusão de pessoas com deficiência a partir da possibilidade de uma carreira com respeito às demandas individuais se torna um motor de transformação para a sociedade



Por Pedro Sampaio*



Muitas pessoas ainda têm a crença de que a oportunidade de emprego para pessoas com deficiência é tão somente uma atitude “generosa”, ancorada em uma lei que obriga as organizações a terem representatividade. Mas a verdade é que investir em pessoas e gerar oportunidades reais vai muito além disso. Desenvolver e oferecer caminhos e condições para a ascensão profissional de pessoas com deficiência traz um valor imensurável não apenas para nós, como também para toda a sociedade.



Iniciativas voltadas à absorção de pessoas com deficiências são mais que necessárias em um país com baixa empregabilidade dessas pessoas. Menos de 30% das pessoas com alguma deficiência tem alguma atividade profissional, de acordo com estudo do IBGE de 2022. E delas, mais da metade (55%) trabalha na informalidade.



Ter um emprego formal estimula o desenvolvimento da autonomia, proporcionando vidas mais independentes, dignas e de qualidade. Além disso, a expansão de oportunidades para pessoas com deficiência potencializa o conhecimento coletivo sobre a inclusão e sobre comportamentos respeitosos, essencial para que as pessoas convivam com as diferenças, combatendo preconceitos enraizados e vieses inconscientes que, aí sim, nos limitam de fato.



Quando desenvolvidos de forma estratégica, os treinamentos e programas de inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho ajudam a revelar habilidades muitas vezes inexploradas pela falta de estímulo, como a liderança, inteligência emocional, gestão, socialização, compromisso, entre outras. O x da questão é que para que essa pessoa alcance seu máximo potencial é imprescindível que as empresas compreendam e respeitem as individualidades, o tempo de aprendizagem de cada um e esteja disposta a oferecer as metodologias, as ferramentas e a acessibilidade necessária para que possam ter o ambiente adequado para exercer suas funções.



Neste compromisso de impulsionar a inclusão para além da cota, temos empresas como a Arcos Dorados, operadora da marca McDonald's na América Latina e Caribe, que além de reconhecida por ser uma das maiores empregadoras de jovens, tem uma estratégia socioambiental chamada Receita do Futuro, que orienta as decisões da companhia e tem a inclusão como um princípio e a diversidade como uma prioridade. Só no Brasil, a companhia conta com cerca de 2 mil pessoas colaboradoras com diferentes tipos e graus de deficiência, sendo sua grande maioria (72%) deficiência intelectual, o que é ainda mais raro de encontrar no mercado.



Todos nós, sem exceção, temos virtudes e pontos de desenvolvimento, alguns deles aparentes, outros nem tanto, alguns já identificados, outros não. Mas fato é que a inclusão de pessoas com deficiência a partir do trabalho remunerado adequado, do desenvolvimento, da possibilidade de uma carreira e com respeito às demandas individuais, se torna um verdadeiro motor de transformação para a sociedade.



* Pedro Sampaio é Analista de Diversidade &amp; Inclusão na Arcos Dorados, homem trans, autista e especialista na pauta LGBTQIAPN+ e PcD(s).

Inclusão transformadora: o valor do emprego para pessoas com deficiência

Empresas que confiam em seus profissionais colhem inovação e bem-estar. As que controlam demais — ou de menos — arriscam transformar a flexibilidade em exaustão



Entre tantas tendências de trabalho híbrido e remoto, uma nova expressão vem ganhando espaço nas conversas sobre produtividade: <a href="https://www.inc.com/kit-eaton/the-microshifting-trend-can-engage-your-employees-and-boost-productivity-if-you-set-the-right-boundaries/91252019" target="_blank" rel="noreferrer noopener">microshifting</a>. A ideia parece simples — e até intuitiva — mas tem gerado debates entre especialistas em gestão e bem-estar. Afinal, será que trabalhar em “microturnos” realmente melhora o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, ou apenas embaralha ainda mais os limites entre ambos?



<h2 class="wp-block-heading">O que é microshifting?</h2>



O termo descreve o hábito de trabalhar em curtos períodos de alta produtividade, nos momentos do dia em que a energia e a concentração estão em alta, em vez de seguir o tradicional expediente contínuo de oito horas.



Em um contexto de reuniões constantes, mensagens no Slack e notificações sem fim, o microshifting busca respeitar os picos de foco e criatividade de cada pessoa — permitindo que o profissional decida quando e como mergulhar em suas tarefas mais importantes.



Segundo Peter Duris, CEO da startup de IA Kickresume, esse modelo é “uma excelente forma de equilibrar responsabilidades pessoais e profissionais”, especialmente para quem busca flexibilidade sem perder desempenho.





<h2 class="wp-block-heading">Como o microshifting funciona na prática</h2>



Para que o modelo não vire sinônimo de caos, Duris recomenda algumas práticas:



<ul class="wp-block-list">
<li>Comunique sua agenda: registre em um calendário compartilhado os períodos em que estará disponível. Isso evita ruídos e a impressão de que você está “sumido”.</li>



<li>Descubra seus horários de pico: identifique quando se sente mais produtivo — manhãs tranquilas, tardes mais criativas, noites focadas — e reserve esses blocos para tarefas críticas.</li>



<li>Mantenha horários centrais para a equipe: ainda que cada um trabalhe em ritmos diferentes, é importante ter janelas fixas para reuniões e colaboração.</li>



<li>Cuidado com o excesso: microshifting não deve virar “sempre conectado”. Trabalhar em turnos fragmentados pode aumentar o risco de sobrecarga e burnout se não houver limites claros.</li>
</ul>



<h2 class="wp-block-heading">O que gestores precisam entender</h2>



Para líderes e <a href="https://www.administradores.com.br/noticias/como-cultivar-uma-cultura-de-experimentacao-continua-na-empresa" target="_blank" rel="noreferrer noopener">gestores</a>, o microshifting representa um ato de confiança. Permitir que funcionários escolham seus horários exige acreditar que eles entregarão resultados — mesmo quando não estão visivelmente online.



Além disso, o modelo pode ajudar a:



<ul class="wp-block-list">
<li>Aumentar o engajamento, já que o profissional sente mais autonomia;</li>



<li>Reduzir o presenteísmo digital, combatendo a cultura do “task masking” — quando funcionários fingem estar ocupados apenas para parecerem produtivos;</li>



<li>Atrair talentos mais jovens, como a Geração Z, que valoriza empresas com filosofias de trabalho flexíveis e humanas.</li>
</ul>



<h2 class="wp-block-heading">O risco do “trabalho sem fronteiras”</h2>



Apesar dos benefícios, críticos apontam que o microshifting pode levar à dissolução dos limites entre vida pessoal e profissional. Se o gestor não definir políticas claras, o modelo pode incentivar mensagens fora do expediente e transformar o “trabalho flexível” em trabalho permanente.



A solução? Equilíbrio e clareza. Empresas que desejam adotar o microshifting devem definir expectativas objetivas:



<ul class="wp-block-list">
<li>Quais horários são “núcleo” para o time;</li>



<li>Quais comunicações podem esperar até o próximo dia útil;</li>



<li>E, principalmente, como medir produtividade por entregas, não por horas conectadas.</li>
</ul>



<h2 class="wp-block-heading">Em resumo</h2>



<ul class="wp-block-list">
<li>Microshifting é trabalhar em blocos curtos e estratégicos, alinhando foco e energia pessoal.</li>



<li>Pode aumentar autonomia e engajamento, mas exige confiança e estrutura.</li>



<li>Sem limites claros, o modelo pode gerar o efeito oposto: mais estresse e menos descanso.</li>
</ul>



No fim, o sucesso do microshifting não depende da tecnologia, mas da maturidade da cultura organizacional.



Empresas que confiam em seus profissionais colhem inovação e bem-estar. As que controlam demais — ou de menos — arriscam transformar a flexibilidade em exaustão.

“Microshifting”: o novo modelo de trabalho flexível que divide opiniões

Os consumidores não são unidades isoladas. Eles fazem parte de redes neurais sociais, e entender uma delas pode revelar o comportamento de todas



E se fosse possível prever o que você vai comprar analisando o cérebro de um amigo seu? Não o que ele vai comprar — o que você vai comprar.



Parece ficção científica, mas um novo estudo da Shanghai International Studies University, publicado no <a href="https://www.jneurosci.org/content/45/32/e0073252025" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Journal of Neuroscience</a>, mostra que a sincronização neural entre amigos é tão forte que seus padrões cerebrais podem prever o comportamento de consumo uns dos outros.



<h2 class="wp-block-heading">O experimento: quando amigos pensam em sincronia</h2>



Os pesquisadores, liderados por Jia Jin, conduziram dois estudos com 222 participantes para entender como a amizade influencia o consumo em nível neural.



<ul class="wp-block-list">
<li>No primeiro estudo, 175 pessoas avaliaram produtos ao longo do tempo enquanto os cientistas analisavam suas redes sociais reais. O resultado: amigos tendem a avaliar produtos de maneira muito mais parecida do que desconhecidos — e quanto mais próxima a amizade, maior a semelhança. Quando as amizades enfraqueciam, essa similaridade diminuía.</li>



<li>No segundo estudo, 47 participantes assistiram a anúncios dentro de scanners de fMRI. Quando amigos viram os mesmos anúncios, seus cérebros se sincronizaram em regiões ligadas à percepção, atenção, memória, julgamento social e recompensa. Ou seja: os cérebros literalmente “disparavam” juntos.</li>
</ul>



<h2 class="wp-block-heading">O dado mais impressionante</h2>



Ao usar machine learning para analisar os padrões cerebrais, os cientistas descobriram que era possível prever não apenas as intenções de compra da própria pessoa, mas também as de seus amigos — com muito mais precisão do que as de estranhos.



Em termos simples: se uma empresa escanear o cérebro de um consumidor, ela pode prever o comportamento de compra de todo o círculo de amigos dele.





<h2 class="wp-block-heading">A influência que vai além da consciência</h2>



Claro, todos sabemos que amigos influenciam decisões — recomendações, opiniões, tendências. Mas este estudo mostra que a influência é mais profunda do que conselhos verbais ou preferências sociais.



<blockquote class="wp-block-quote">
À medida que as amizades se fortalecem, os padrões neurais se alinham. À medida que enfraquecem, essa sincronia desaparece.
</blockquote>



A amizade, portanto, não apenas afeta nossas escolhas, mas molda a maneira como nosso cérebro processa informações e avalia decisões.



<h2 class="wp-block-heading">O futuro (assustador?) do marketing neural</h2>



Por enquanto, escanear cérebros com fMRI não é algo prático — é caro, demorado e limitado. Mas a implicação é clara: os consumidores não são unidades isoladas. Eles fazem parte de redes neurais sociais, e entender uma delas pode revelar o comportamento de todas.



Imagine um futuro em que:



<ul class="wp-block-list">
<li>As empresas segmentam campanhas com base nos “padrões neurais coletivos” de grupos de amigos;</li>



<li>O consumidor mais influente de uma rede é identificado não por seu poder de compra, mas por quanto o cérebro dele sincroniza com os outros.</li>
</ul>



<h3 class="wp-block-heading">Em resumo</h3>



<ul class="wp-block-list">
<li>Amigos compartilham padrões cerebrais que influenciam decisões de consumo.</li>



<li>Quanto mais próxima a amizade, mais alinhadas são as respostas neurais.</li>



<li>Essa sincronia pode prever o que você comprará — antes mesmo de você decidir.</li>
</ul>



Ainda não chegamos lá tecnicamente, mas o recado é claro: seus pensamentos e decisões são menos individuais do que você imagina.



E em algum lugar, um executivo de <a href="https://www.administradores.com.br/artigos/marketing-para-empresas-b2b-menos-hype-mais-resultado" target="_blank" rel="noreferrer noopener">marketing</a> já deve estar pensando — em perfeita sincronia com seus amigos.

Seu cérebro e o dos seus amigos podem pensar igual — e isso pode mudar o marketing para sempre

Mais do que um departamento, a inovação é uma mentalidade compartilhada. Quando a empresa entende isso, cada colaborador passa a agir como agente de mudança



Inovar não é apenas criar novos produtos ou adotar tecnologias — é uma forma de pensar. Quando a inovação se torna parte da cultura, ela deixa de depender de momentos específicos ou de poucos talentos criativos e passa a fazer parte do DNA da empresa. Isso significa que todos, de qualquer área, contribuem para melhorar processos, ideias e resultados.



As <a href="https://www.administradores.com.br/noticias/5-formas-de-manter-a-integridade-em-ambientes-corporativos-desafiadores" target="_blank" rel="noreferrer noopener">empresas</a> mais inovadoras são aquelas que criam estruturas para sustentar a criatividade, em vez de esperar que ela surja espontaneamente. A inovação, quando incorporada à cultura, se torna uma vantagem competitiva permanente.



<h3 class="wp-block-heading">Alinhe inovação ao propósito</h3>



A inovação deve servir a um objetivo maior. Quando o propósito da empresa é claro, as ideias ganham direção e relevância.



<h3 class="wp-block-heading">Dê autonomia aos colaboradores</h3>



Inovação floresce onde há liberdade. Permita que as pessoas experimentem novas abordagens e testem hipóteses sem medo de errar.





<h3 class="wp-block-heading">Reforce o aprendizado contínuo</h3>



Transformar erros em conhecimento e incentivar a curiosidade constante são pilares de uma cultura criativa e adaptável.



<h3 class="wp-block-heading">Crie rituais que estimulem ideias</h3>



Reuniões abertas, laboratórios de inovação e programas internos de sugestões ajudam a manter o espírito inovador vivo no dia a dia.



<h3 class="wp-block-heading">Reconheça e recompense atitudes inovadoras</h3>



Valorizar quem propõe, testa e compartilha ideias é essencial para que a inovação se torne hábito coletivo.



<h3 class="wp-block-heading">Inovar é um ato cultural</h3>



Mais do que um departamento, a inovação é uma mentalidade compartilhada. Quando a empresa entende isso, cada colaborador passa a agir como agente de mudança — e o futuro deixa de ser uma aposta para se tornar uma construção constante.

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Paulo França* (Administradores.com)

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