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A criação de símbolos e significados é um comportamento natural ao ser humano desde sua origem civilizada e sempre estará presente em sua informação genética, independente da era tecnológica em que estivermos, assim como a competitividade, a busca por novidade, harmonia e diferenciação.
Uma das representações imagéticas mais antigas na história humana são as pinturas rupestres, desenhos em cavernas de milhares de anos utilizadas para registrar crenças, valores ou regras da civilização da era paleolítica. Desde então, as civilizações vêm aperfeiçoando e multiplicando suas formas de representação como em normas de conduta, arte, indústria e comércio.
Podemos citar normas como a organização das civilizações, contagem do tempo, leis, sinalizações, ou modelos de vestimenta, assim como representações funcionais e estéticas nos esportes, arte e comércio, formando uma rede de significados presentes em todas as ações de nosso dia a dia.

 
<h3>Grandes mudanças comportamentais!</h3>
A transformação do consumo pela revolução industrial e design
Como reflexo da segunda revolução industrial e de movimentos artísticos que aliaram arte e função aos produtos industriais no início do século XX, iniciou-se um caminho crescente para a transformação na forma de consumo de produtos, serviços e informação, agora com o design direcionando projetos de móveis, objetos de decoração, construções e bens de consumo.
Após a metade do século, o comércio passou do modelo de mercearia para o contato direto dos produtos com os consumidores em prateleiras, iniciando uma era de experiência de consumo onde as empresas tiveram que transformar a forma de apresentação de suas marcas e produtos para atender este novo comportamento, investindo não só em qualidade, mas também em design e marketing.
Hoje a integração digital fez com que as oportunidades para capacitação, criação de negócios e concorrência aumentassem, com os consumidores cada vez mais informados, exigentes e seletivos, com possibilidades de mudar de ideia em um clique caso não tenham uma experiência positiva a marca, como falta de identificação, entendimento, qualidade, atendimento ou assistência.

<h3> </h3>
<h3>Uma imagem vale mais que mil palavras!</h3>
Um mundo de percepção e relação
A imagem é fundamental para percebermos e relacionarmos ações em nosso dia a dia, tanto nos negócios como em qualquer representação com a qual nos identificamos. Essa identificação depende de aspectos químicos, comportamentais e tecnológicos em constante transformação, que fazem com que nos aproximemos ou afastemos de algo.
Estudo realizado pelo Laboratório de Neurociência Cognitiva da Universidade de Georgetown revela que o cérebro interpreta e processa melhor informações visuais do que textuais, inclusive entendendo palavras como imagens. Por isso, pensar na demonstração de sua imagem é essencial para transmitir sua mensagem de maneira efetiva, fazendo com que os consumidores entendam e realizem ações pretendidas.
À medida que crescemos, nosso cérebro capta mais complexidade de informação e cores, que somados à evolução tecnológica influenciam diretamente nosso comportamento de consumo, fazendo com que a imagem de qualquer negócio tenha que se adaptar às novas características do mercado para que não seja percebida como ultrapassada e não tenha dificuldade na interação com os consumidores.

 
<h3>Mas enfim, o que uma imagem representa?</h3>
Uma das imagens mais conhecidas no mundo é a Suástica, marca associada pela maioria da população ao nazismo, que representa ações e uma época de horrores sofridos pela humanidade, que ficou marcada com esse significado, mesmo tendo sido representada anteriormente como símbolo de sabedoria e ciclo de vida no Hinduísmo.
Na arte, componente essencial da cultura em todas as eras e civilizações, os monumentos do Egito são referências históricas de beleza e poder, a Mona Lisa representa uma composição artística de contemplação à beleza e harmonia, assim como tantos outros exemplos na dança, teatro, cinema e música.
A imagem às vezes é percebida de forma fantasiosa, como o fanatismo por ídolos como John Lennon dos Beatles, que levou à sua morte por um fã, ou como a princesa Diana, que morreu pela incessante perseguição de carro por jornalistas. Também percebemos exageros e, promoções esportivas como a contratação do Neymar por valores inimagináveis no esporte, ou ainda celebridades que ditam opiniões em diversas áreas, criadas da noite para o dia devido ao crescente acesso às mídias digitais.
A representação por formas singulares sempre foi utilizado na história da humanidade para identificar ideologias, famílias, religiões ou nações, e com o passar dos tempos, continuaram sendo a interface estre um grupo e seus seguidores, como os símbolos esportivos. Hoje também temos representações de sentimentos cotidianos por memes e gifs animados, que destacam e geram mais identificação com a mensagem.
Nós mesmos somos uma imagem que representa nossas experiências e crenças, interpretada pela maneira em que nos vestimos e nos comportamos, assim como os negócios transmitem mensagens de acordo com sua aparência, qualidade e atendimento, criadas de acordo com o público desejado e interpretadas de acordo com a vivência de cada indivíduo e da cultura em que ele está inserido.

 
<h3>E as marcas?</h3>
<blockquote>&#8220;Sua marca é o que as pessoas dizem sobre você quando você não está na sala&#8221; Jeff Bezos, fundador, presidente e CEO da Amazon</blockquote>
Toda essa cultura da imagem constrói significados que direcionam o comportamento, como a simbologia da conquista esportiva por meio de troféus, ou mesmo representações como a formatura, o casamento, a indústria da beleza, do entretenimento e como percebemos o mercado, assim como as marcas representam uma essência, conduta, linguagem e qualidade de um negócio.
Com a percepção da importância da imagem em nossas vidas, a conscientização sobre sua importância cognitiva no comportamento de consumo, junto à integração tecnológica e crescimento de concorrência qualificada, podemos afirmar que os negócios que não adaptarem sua apresentação ao mercado e seus consumidores, estão destinados ao fracasso, sejam eles pequenos, médios ou grandes.
A marca é o início de toda essa transformação e materializa a essência do negócio, facilitando processos de comunicação e relacionamento com consumidores. Ela representa a interação do conteúdo de um negócio com o mercado, colaboradores internos e externos, criando conexões emocionais e valores aos consumidores, indo além das qualidades técnicas de produtos ou serviços.

<blockquote>&#8220;A forma é a configuração visível do conteúdo” Ben Shahn, um dos artistas plásticos mais importantes do século XX</blockquote>
A forma é o primeiro impacto da marca percebido pelo mercado, sendo a configuração visível do conteúdo, segundo Ben Shahn, um dos artistas plásticos mais importantes do século XX. Essa percepção, somado às mídias impressas e digitais, determina a continuidade ou não do relacionamento dos consumidores com o conteúdo do negócio, podendo potencializar ou arruinar ótimos produtos e serviços.
Uma marca de sucesso é constituída por uma forma pregnante, de fácil memorização e entendimento, representando atributos tangíveis como seu desenho e aplicações, e intangíveis como identificação com seus valores e atuação. Sua forma, denominado de logotipo, deve possuir padrões estéticos adaptados ao seu tempo para possibilitar aplicações que facilitem a percepção de seu conteúdo.
A criação de uma identidade visual gera identificação do consumidor com serviços ou produtos, por meio da criação do logotipo, processos de comunicação e apresentação ao mercado. Essa identidade da marca reflete na percepção de confiança junto aos consumidores e credibilidade junto ao mercado, pela criação dessa linguagem organizada de comunicação para todas as ações da empresa. 
A representação de uma forma pode ser um simples traço como o da Nike, com tantos significados e valores que já não utilizam o nome em muitas divulgações. Percebemos essa pregnância em nossa memória quando uma marca traz consigo valores funcionais, estéticos e conceituais aperfeiçoados ao longo dos anos de adaptação ao comportamento e exigências de consumo.
Por exemplo, quando ouvimos crianças aprendendo a falar Coca como sinônimo de refrigerante, ou quando atravessamos a cidade para tomar um café no Starbucks, por lembrar a gostosa experiência e atendimento que a marca representa. Também quando temos vontade de ir ao McDonald&#8217;s mesmo que o lanche do seu bairro seja muito mais saboroso, ou mesmo quando desejamos um lançamento da Apple pela sensação de status ou pertencimento a um grupo.
Uma marca transcende seu produto, quando uma empresa reconhecida mundialmente na venda de motocicletas, a Harley-Davidson, entra em processo de falência na década de 1980. Em mobilização conjunta com comunidades de fãs apaixonados pelo estilo de vida incorporado pela empresa, consegue se reerguer e compreender que o segredo está na conexão emocional com os consumidores.

 
<h3>Mas por onde começar?</h3>
Primeiro, conheça bem seu negócio e seu público
De maneira simplificada, vimos até agora uma transformação comportamental de milhares de anos na forma que representamos e geramos significados em nossa comunicação, com a imagem presente em todos os momentos como característica imutável do ser humano, independente do tempo ou tecnologia, sempre em transformação para a novidade, harmonia e diferenciação.
Considerando a marca de um negócio como uma imagem que representa seus valores visíveis e comportamentais, o primeiro passo para construir uma marca de sucesso é o conhecimento completo do negócio e seu público, seguido de uma forma gráfica que represente seus valores e seja aplicável em qualquer mídia &#8211; o logotipo.
De nada adianta uma forma atraente sem um conteúdo que sustente a relação comercial com seu público. O sucesso de sua atuação dependerá da combinação de uma marca representativa com conhecimento do mercado, processos eficazes de trabalho, comunicação integrada e relacionamento próximo com consumidores, sendo essa gestão da imagem, processo e venda &#8211; o branding.
Construa uma imagem que transmita significados alinhados aos desejos do seu público, que gere vínculos emocionais e relações comerciais que farão deles, clientes fieis do seu negócio e porta-vozes da sua marca. Segundo o empresário multimilionário, investidor e filantropo Berkshire Hathaway, &#8220;são necessários anos para construir uma reputação e minutos para arruiná-la&#8221;, então, faça tudo profissionalmente.

<blockquote>&#8220;Pode-se dizer que as marcas nesse novo contexto histórico são a base para estratégias de sobrevivência das empresas. Estratégias de marca permitem preservar a identidade, mesmo com administradores de perfis diferentes, ajudando, por exemplo, a profissionalizar empresas familiares, por meio de ações de médio e longo prazo” Álvaro Guillermo / SEBRAE</blockquote>

Artigo completo com imagens: www.muriloalmeida.net/artigos.html

O poder da imagem nos negócios

Conteúdo sobre significados, representações e percepções das imagens em nossas vidas e reflexos na criação de marcas e comportamento de consumo.

O poder da imagem nos negócios | Administradores

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Administradores | Conhecimento para Resultados

A internet vem transformando a comunicação desde que foi disseminada na década de 1990, como o modo das pessoas se comportarem e se interligarem, permitindo o desenvolvimento de plataformas de ensino a distância, portais educacionais, utilização de e-mails para trabalho, além de mudança nas atitudes no aprendizado.
Ao contrário da maioria dos sistemas colaborativos atuais, com processos de criação iniciados pelos recursos tecnológicos, é necessário primeiramente entender o comportamento das pessoas ao se comunicarem para depois adaptar recursos tecnológicos aos diferentes níveis de socialização.
Além disso, é fundamental compreender o ambiente no qual os estudantes estão inseridos e as influências na assimilação do conhecimento, como aspectos cognitivos, educacionais e tecnológicos, referentes à integração das pessoas no cotidiano e no processo de aprendizado.
Em cursos para adultos, como Graduação e Pós-Graduação, os estudantes geralmente não têm muito tempo para encontros presenciais em equipe, devido à atividades profissionais ou distância.
Com isso, o desenvolvimento de sistemas colaborativos online mais assertivos se tornam cada vez mais importantes para o aprendizado moderno para elaboração de trabalhos, conferências e também para o acompanhamento e avaliação das instituições de ensino.
 
<h3> </h3>Para entender melhor as influências no comportamento dos estudantes em ambientes colaborativos online, é necessário abranger os seguintes aspectos:<div> </div>
<h4> </h4>
1. Ensino-AprendizagemO processo de ensino-aprendizagem acontece quando um indivíduo transmite e outro recebe uma informação, havendo, portanto, colaboração e transformação. A aprendizagem colaborativa compreende um olhar sistêmico na percepção e interpretação dos acontecimentos, buscando a sinergia das partes e as colocando como indispensáveis para alcançar objetivos conjuntos.
2. Formação de Equipes Para a formação de uma equipe eficaz é preciso um comprometimento de todos e uma coordenação dos esforços em busca dos resultados. Outros fatores, como o número de pessoas, divisão de papéis, liderança e clara visualização das etapas do projeto, também podem influenciar o sucesso ou fracasso na busca dos objetivos.
3. Tecnologia na Educação A transformação tecnológica não implica somente em apresentar a tecnologia, mas em mudanças sociais, culturais e educacionais. É preciso compreender como as pessoas reagem às informações e como isso influencia a cognição e aprendizado para poder criar sistemas que potencializem as inteligências individuais e as façam interagir entre si de maneira coordenada.
4. Comunicação Online De acordo com Jennifer Preece, renomada especialista em design de interação e interação homem-computador, a maneira como a informação é transmitida pode ser caraterizada de três formas: conversação, coordenação e percepção.
Os recursos de Conversação são para transmitir informações e arquivos com o auxílio de texto, áudio ou vídeo. Os de Coordenação, para gerenciar atividades conjuntas em documentos compartilhados e alterados simultaneamente. Já os de Percepção, para notificar sobre o andamento, divisões e relatórios das tarefas.
Portanto, com o avanço da tecnologia e crescimento de sistemas colaborativos online, o desafio é integrar as formas de transmissão da informação a fim de melhorar a comunicação, a articulação e o andamento das atividades. 
 
<h3> </h3><h3>Em pesquisa realizada com estudantes de tradicionais instituições de ensino da cidade de São Paulo e região, pôde-se comprovar as hipóteses sobre fatores que influenciam os trabalhos colaborativos no ambiente online:</h3>
 A pesquisa foi direcionada à todos os cursos de Pós Graduação e MBA das instituições Anhembi Morumbi | BSP, Belas Artes de São Paulo, ESPM, FAAP e FGV, para observar o comportamento dos estudantes em relação ao tema abordado.
Dos estudantes que participaram da pesquisa, 60% estão entre 20 e 30 anos de idade, recém-formados ou em início de carreira, 29% estão entre 31 e 40 anos, e 11% possuem mais que 40 anos, mostrando presença relevante de estudantes mais velhos, que também estão cada vez mais conectados, segundo recente pesquisa do IBGE, com aumento de mais de 200% de pessoas com mais de 50 anos utilizando a internet, de 2005 a 2011.
Além disso, a pesquisa com os estudantes também retrata que 41% são homens e 59% mulheres, demonstrando que idade e sexo devem ser levados em consideração no desenvolvimento de interfaces digitais para atender diferentes níveis de interação, costumes e percepções. Vejam abaixo a análise completa da pesquisa:
1. Fatores que contribuem para o fracasso de uma equipe:
Em uma escala crescente em que 5 é o indicador de maior contribuição para o fracasso, os fatores com apontamentos em maior porcentagem nos indicadores 4 ou 5 foram: má distribuição de tarefas (43%), falta de participação dos integrantes (33%), falta de método para guias as atividades (29%) e falta de tempo para reuniões presenciais (37%).
Esses apontamentos demonstram que os métodos e a comunicação no meio digital para trabalhos em equipe ainda são ineficientes, já que 90% dos estudantes utilizam sistemas online para se comunicarem e realizarem trabalhos, conforme demonstrado no gráfico a seguir.
2. Como são realizados trabalhos em equipe:
Apenas 10% dos estudantes realizam trabalhos somente com reuniões presenciais, demonstrando a importância das reuniões online para a comunicação.
3. Grau de importância da reunião online:
Observa-se um equilíbrio entre as opções essencial e muito importante, com 84% das escolhas, o que reforça a importância de sistemas colaborativos online.
4. Sistemas online mais utilizados pelos estudantes:Nenhum dos sistemas apontados utiliza recursos de percepção, como notificações sobre o andamento ou divisão das tarefas, demonstrando uma aversão a sistemas com mais controle das ações pela falta de adaptação aos costumes dos estudantes.
5. Recursos para transmitir a mensagem nos sistemas utilizados: 
Mais da metade (52%) utiliza sistemas com recursos primários de transmissão, como e-mail e skype, que apresentam dificuldade em direcionar as ideias e organizar o conteúdo, além de misturar facilmente informações de diversão e trabalho.
6. Percepção dos estudantes sobre a divisão e andamento das tarefas:
A maioria (59%) apontou ter um controle parcial sobre o andamento das tarefas conjuntas, que somados aos 11% que apontou não ter nenhum controle, 70% dos estudantes encontram algum ou total grau de dificuldade na coordenação do conteúdo com os sistemas utilizados.
7. Sobre a necessidade de sistemas que recursos de coordenação:
O fato de 98% apontarem para uma necessidade de mudança, comprova a importância do desenvolvimento de sistemas com recursos que se adequem às necessidades da comunicação e colaboração online e à realidade dos costumes e aprendizado atuais.

 <h3>Para atender os estudantes neste modelo comportamental do século XXI, os sistemas online devem oferecer uma experiência simples e intuitiva.</h3><div> </div>
De maneira geral, a pesquisa realizada com estudantes mostra a utilização de sistemas que apresentam mais familiaridade aos costumes de comunicação atuais, mesmo apresentando certa dificuldade de coordenação das atividades e pouca assertividade na articulação das ideias para objetivos conjuntos. 
Ainda segundo Preece, para que essa dificuldade seja minimizada, é necessário integrar as formas de transmissão da informação: conversação, coordenação e percepção, somadas à linhas educacionais, métricas do comportamento comportamental e cognitivo.
Com tecnologias digitais como parte do aprendizado, os estudantes aprendem e compartilham informações de forma rápida e natural, porém, sem haver ainda uma abordagem que integre educação e tecnologia para o envolvimento de estudantes e professores.
A mediação do professor auxilia o acompanhamento adequado das atividades e uma avaliação eficaz em trabalhos conjuntos. Em cursos de curta duração, base da pesquisa deste estudo, a avaliação tradicional pode levar a resultados insatisfatórios no aprendizado, sem que haja tempo para uma readequação.
Portanto, os sistemas online atuais devem apresentar recursos adequados a contexto colaborativo da educação, como área de acompanhamento das atividades e conversa com o professor, entre outros aspectos sistêmicos que permitam o a clara divisão das tarefas e andamento de projetos, além de permitir a avaliação adequada do aprendizado.
Contudo, as instituições de ensino precisam estar envolvidas para incentivar os alunos a desenvolverem suas novas habilidades de colaboração e se sentirem estimulados em compartilhar o conhecimento, pois, por melhores que sejam os sistemas desenvolvidos, ainda serão ferramentas facilitadoras do processo no qual o elemento principal serão sempre as pessoas.
 
 TRABALHO ORIGINALhttp://muriloalmeida.net/arquivos/metodologia_colaboracao_digital_muriloalmeida.pdf REFERÊNCIA
ALMEIDA, Murilo Teixeira de. Metodologia para Sistema Colaborativo Online. São Paulo, 2013. Trabalho de conclusão de curso (Pós Graduação em Gestão do Design) – Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, São Paulo, 2013. [Orientadora: Profa. Ma. Leila Rabello de Oliveira].

Como vencer os obstáculos do meio digital e facilitar a colaboração dos estudantes?

A transição para uma economia circular não é apenas sobre proteger ecossistemas: é sobre garantir qualidade de vida, inclusão produtiva e futuro econômico sustentável para o Brasil


O Brasil reúne condições extraordinárias para assumir um papel de liderança global na transição climática: conhecimento técnico robusto, protagonismo ambiental historicamente reconhecido, capacidade industrial instalada e um setor privado que amadurece rapidamente em direção a modelos de produção mais sustentáveis. Apesar disso, grande parte da nossa economia ainda opera sob uma lógica linear que ficou para trás — extrair, produzir, descartar — e que hoje limita competitividade, inovação e geração de valor. 
Nos últimos anos, entretanto, houve avanços estruturais importantes. A Estratégia Nacional de Oceanos sem Plástico, o Plano Nacional da Economia Circular e a regulamentação do conteúdo reciclado mínimo em embalagens plásticas deram um passo decisivo ao reconhecer o resíduo como insumo, e não apenas como problema. Somado ao que está consolidado, temos também a PEC da Reciclagem, que busca corrigir um “erro” da reforma tributária em tributar materiais recicláveis, na contramão do que acontece em todo o mundo, Esses instrumentos corrigem atrasos históricos e começam a criar incentivos reais para fortalecer cadeias reversas, atrair investimentos e ampliar a oferta de materiais circulares para a indústria. 
Um dos marcos mais relevantes é o chamado “Decreto do Plástico”, que estabelece metas crescentes de conteúdo reciclado e de recuperação de embalagens. A obrigatoriedade de 22% de resina reciclada nos próximos anos — chegando a 40% em 2040 — tem potencial para movimentar cadeias inteiras, gerar empregos e estimular inovação em todos os elos da indústria. O desafio, agora, é garantir que a infraestrutura nacional acompanhe essa ambição. Isso exige coordenação efetiva entre poder público, setor privado e municípios: cooperativas precisam de investimento contínuo, lixões precisam ser eliminados e a rastreabilidade precisa ganhar escala para garantir confiança e transparência no processo.
O mesmo raciocínio vale para o mercado brasileiro de carbono. Já existe a oportunidade de transformar o SBCE em um dos principais motores econômicos do país, mas isso só se concretiza com previsibilidade regulatória, clareza nas regras e segurança jurídica suficiente para atrair capital e fortalecer o ecossistema.
A discussão mais ampla revela algo essencial: economia circular não é uma agenda ambiental isolada. É uma agenda industrial, econômica e social. Reduz custos, aumenta competitividade, gera renda, diminui pressões sobre recursos naturais e impede que o Brasil continue desperdiçando valor por falta de estrutura e incentivos adequados.
O país já dispõe dos instrumentos necessários para acelerar sua transição — marcos regulatórios, tecnologia, conhecimento acumulado e uma base produtiva capaz de responder rapidamente à demanda de mercado. O próximo passo é transformar intenção em escala. É fazer regulamentações se converterem em mercados funcionando, políticas públicas se traduzirem em infraestrutura e metas ambientais se tornarem vantagem competitiva global.
A transição para uma economia circular não é apenas sobre proteger ecossistemas: é sobre garantir qualidade de vida, inclusão produtiva e futuro econômico sustentável para o Brasil. Agora, é o momento de transformar esse potencial em realidade.

Brasil tem condições de liderar a transição climática — mas precisa acelerar a mudança da lógica linear para a circular

Pierre Schurmann, CEO da&nbsp;Nuvini&nbsp;que já investiu em mais de 700&nbsp;startups, revela como decisões C-level&nbsp;evoluíram de intuição para ciência — e por que a camada gerencial tradicional está se tornando obsoleta



Pierre Schurmann não é só mais um CEO falando sobre transformação digital. À frente da&nbsp;Nuvini&nbsp;que hoje tem 7 empresas no portfolio, ele viu de perto como a IA multiplicou por 7x a produtividade de desenvolvedores e reduziu ciclos de produto de 2 meses para 5 dias. Mais importante: ele testemunhou o desaparecimento silencioso da camada gerencial que apenas “controlava e subia informações” — e descobriu que isso não é uma crise, é uma evolução necessária.



Sua experiência prática como investidor lhe deu uma percepção única: a capacidade de identificar em minutos se um&nbsp;founder&nbsp;era de produto ou comercial pela forma como pensavam decisões estratégicas. Agora, com a democratização do conhecimento via IA, ele está redesenhando como líderes C-level&nbsp;tomam decisões — e como organizações inteiras precisam se reorganizar para sobreviver.



<h2 class="wp-block-heading">1. Decisões C-Level: O Tripé Que a IA Está Reconfigurando</h2>



Pergunta:&nbsp;O que diferencia uma boa decisão de C-level&nbsp;de uma decisão operacional qualquer?



Insight de Pierre Schurmann:&nbsp;“São três pilares: experiência, contexto e informação. Quando trouxemos um&nbsp;COO&nbsp;novo, ele trouxe&nbsp;playbooks&nbsp;completos para mesas estratégicas. Como investidor, comecei a identificar se o&nbsp;founder&nbsp;era, por exemplo, mais de&nbsp;comercial ou de produto só pela&nbsp;forma como falava. Mas aqui está o ponto: com a evolução da IA, o acesso a esse conhecimento está se democratizando. O que antes era exclusivo de quem viveu 20 anos em uma indústria, agora pode ser acessado com o uso correto da IA.”



A revolução aqui não é óbvia. Enquanto a maioria dos executivos usa IA para automatizar tarefas, Pierre está usando para comprimir décadas de experiência em semanas. O segundo pilar — contexto — exige uma análise mais profunda: uma decisão que impacta 2 anos não pode ser tratada como uma que impacta 5 anos. E o terceiro pilar, informação, é o que gera as questões situacionais que separam decisões medianas de decisões geniais.



O desafio estratégico: enquanto empresas como&nbsp;Amazon&nbsp;e Microsoft integraram IA em processos decisórios para acelerar análise de contexto e validar premissas em tempo real, a maioria dos C-levels&nbsp;ainda trata IA como ferramenta de eficiência, não como acelerador de inteligência estratégica. A diferença entre esses dois usos é literalmente a diferença entre sobreviver e liderar mercados.



<h2 class="wp-block-heading">2. Produtividade 7x: O Gap Cultural Que Ninguém Quer Admitir</h2>



Pergunta:&nbsp;Se a IA multiplica produtividade por 7x, por que tantas empresas ainda não conseguiram implementá-la de forma efetiva?



Insight de Pierre Schurmann:&nbsp;“É cultura do time. CEOs e&nbsp;CMOs&nbsp;têm vontade de trazer IA para dentro, mas minha experiência prática mostra que todos os programadores precisam usar IA — nossos ciclos de produto que eram de 2 meses foram para 5 dias em alguns casos. Um programador que mensalmente tinha um volume X, agora aumentou para 7x a entrega.&nbsp;Criamos um concurso interno para desenvolver produtos usando IA dentro das nossas empresas — tivemos 12 candidatos, 3 finalistas, e o vencedor aumentou 20% as receitas. Quem desenvolveu foi alguém do comercial junto com a tech. Não tem mais espaço para quem não usa IA, porque a pessoa tem que usar o máximo de ferramentas e entender mais frentes para seguir.”



O dado brutal aqui: 7x de produtividade não é melhoria incremental, é mudança de categoria. Mas a lição mais valiosa está no concurso interno: o vencedor não foi um desenvolvedor puro, foi alguém do comercial trabalhando com tech. Isso valida o que empresas como Netflix e&nbsp;Salesforce&nbsp;já descobriram: a próxima geração de inovação não vem de silos especializados, vem de profissionais híbridos que entendem múltiplas frentes.



O problema cultural é mais profundo do que resistência à mudança. É sobre redefinir o que significa ser produtivo. Quando um desenvolvedor passa de X para 7X, ele não está fazendo mais do mesmo — ele está operando em um nível cognitivo diferente, usando IA para expandir sua capacidade de resolver problemas complexos simultaneamente. E isso exige um nível de ambição e adaptabilidade que gerações anteriores simplesmente não precisaram desenvolver.



<h2 class="wp-block-heading">3. O Fim dos Gerentes Intermediários: Hierarquias Estão Colapsando</h2>



Pergunta:&nbsp;Se a IA está eliminando a necessidade de gerentes que “apenas controlam e sobem informações”, o que acontece com essas pessoas?



Insight de Pierre Schurmann:&nbsp;“As organizações estão ficando mais planas. As pessoas que estavam no meio — gerentes que apenas controlavam e subiam informações — estão caindo porque a IA faz isso agora. A pergunta que fazemos é: como conseguimos apoiar essas pessoas a evoluírem? Agora você vai ter mais tempo porque a IA te deixou mais produtivo, então nesse novo tempo, como você evolui? Até pela nova geração que tem mais ambição de crescer rápido.”



Esta é a mudança estrutural que a maioria dos C-levels&nbsp;está evitando encarar: a camada gerencial intermediária está se tornando obsoleta. Não porque as pessoas não sejam competentes, mas porque a função delas — controlar, consolidar e reportar informações — foi automatizada. Empresas como Google e&nbsp;Amazon&nbsp;já operam com hierarquias extremamente planas, onde decisões estratégicas fluem diretamente entre C-level&nbsp;e times de execução, mediadas por IA que processa informações em tempo real.



O desafio não é apenas tecnológico, é existencial para milhares de profissionais. Pierre não está sugerindo demissões em massa, mas uma requalificação urgente: gerentes intermediários precisam evoluir para estrategistas,&nbsp;coaches&nbsp;de alta performance ou especialistas técnicos profundos. A IA criou tempo livre — a questão é se esses profissionais vão usar esse tempo para subir de nível ou se tornar irrelevantes.



A nova geração entra no mercado com uma expectativa completamente diferente: eles querem crescer rápido, aprender rápido, impactar rápido. E organizações que mantêm estruturas hierárquicas lentas estão perdendo esses talentos para startups e empresas nativas digitais que operam como redes de alta performance, não pirâmides burocráticas.



<h2 class="wp-block-heading">A Revolução Silenciosa Que Está Mudando o Jogo</h2>



Enquanto a maioria das empresas debate “se” deve implementar IA, organizações como a&nbsp;Nuvini&nbsp;já estão colhendo resultados exponenciais: ciclos de produto 12x mais rápidos, produtividade 7x maior, 20% de aumento em receita gerado por competição interna de IA. Empresas da Fortune 500 como Microsoft,&nbsp;Amazon&nbsp;e&nbsp;Salesforce&nbsp;não estão apenas&nbsp;“usando” IA — elas estão sendo empresas redesenhadas por IA, com estruturas organizacionais, processos decisórios e modelos de liderança completamente reconfigurados.



A diferença entre quem está vencendo e quem está apenas sobrevivendo não está na tecnologia adotada, mas na coragem de redesenhar estruturas de poder. Pierre está usando metodologias estruturadas (OKRs, frameworks de gestão ágil) não apenas para definir objetivos, mas para criar uma cultura onde a obsolescência de funções tradicionais é vista como oportunidade, não ameaça.



O alerta que a maioria está ignorando: gerentes intermediários não vão desaparecer amanhã, mas vão se tornar progressivamente irrelevantes. E quando uma função se torna irrelevante, ela não é aposentada gentilmente — ela é cortada brutalmente durante a próxima rodada de reestruturação. A janela para evolução está aberta agora, mas não vai ficar aberta por muito tempo.



<h2 class="wp-block-heading">A Pergunta Que Vai Tirar Seu Sono</h2>



Sua organização está usando IA para se tornar mais rápida ou está usando IA para se tornar fundamentalmente diferente?

A IA está matando gerentes intermediários - e isso é o melhor que poderia acontecer

Comunidades corporativas dedicadas à responsabilidade em IA constituem-se como um agente transformador para levar os princípios éticos do papel para a prática


*Por Jen Medeiros
As comunidades corporativas estão se tornando espaços estratégicos e poderosos para o desenvolvimento responsável de inteligência artificial (IA), especialmente quando se trata de fairness, mitigação de vieses, explicabilidade e participação dos usuários. Em vez de tratar a ética em IA como uma camada superficial ou apenas uma obrigação de compliance, essas comunidades funcionam como palcos de diálogo, vigilância e governança contínua, permitindo que as organizações internalizem e operacionalizem valores éticos.
Primeiramente, é importante reconhecer que o uso responsável de IA dentro das corporações exige mais do que um conjunto de princípios escritos e muitas empresas já adotaram frameworks ou diretrizes para guiar seu trabalho com IA. No entanto, a simples existência de princípios não garante que eles sejam efetivamente aplicados nos sistemas de tomada de decisão, especialmente diante da complexidade técnica, das pressões de mercado e das dinâmicas organizacionais. A literatura sobre IA corporativa tem mostrado que estruturas formais de governança, como comitês de ética ou conselhos de revisão de algoritmos (“algorithm review boards”), podem desempenhar um papel decisivo para mediar essa lacuna entre teoria e prática.
Um estudo recente da Cornell University, investigou exatamente esses modelos: os “algorithm review boards” (ARBs) são grupos internos formados por membros técnicos e não técnicos, cujos papéis incluem revisar projetos de IA, avaliar riscos éticos e definir critérios claros de sucesso para iniciativas de IA responsável.Esses comitês têm mostrado ser uma das abordagens mais eficazes para institucionalizar a governança de IA, sobretudo quando há apoio de lideranças e integração com outras práticas já existentes na empresa, algo fundamental para que tais comunidades corporativas gerem impacto.
É nesse ponto que as comunidades dentro das empresas, ou entre empresas, se tornam fundamentais. Elas proporcionam uma articulação mais rica entre diferentes stakeholders, desenvolvedores, gerentes, equipes de ética, compliance, usuários finais, e permitem que haja trocas constantes sobre temas como justiça algorítmica (“fairness”), explicabilidade (XAI), auditoria de viés e participação. Essas comunidades podem surgir formalmente, por exemplo, na forma de comitês de ética de IA ou conselhos de governança, ou informalmente, como grupos de prática (communities of practice) dedicados a discutir dilemas éticos, compartilhar casos de uso ou auditar modelos.
As vantagens de ter essas comunidades são múltiplas. Elas funcionam como mecanismos de aprendizagem organizacional: erros, riscos ou falhas detectados em um projeto podem ser compartilhados com outros times para evitar repetição. Também propiciam uma cultura de responsabilidade: quando colaboradores se sentem parte de um grupo dedicado à ética, há maior senso de legitimidade e de propriedade sobre as práticas de IA responsável.
A literatura acadêmica aponta também para os desafios dessas iniciativas. Um trabalho clássico, por exemplo, investiga como a cultura organizacional e a estrutura da empresa influenciam a eficácia de iniciativas de IA responsável.Segundo esse estudo, mesmo com boas intenções, muitas empresas enfrentam tensões entre experimentação ágil de produto e processos regulatórios mais lentos; entre métricas de negócio (como KPIs de lucro) e métricas éticas difíceis de quantificar; e entre equipes técnicas e éticas, quando falta alinhamento institucional. Há também risco de “engenheiros de ética” assumirem riscos pessoais elevados para defender práticas mais responsáveis, especialmente se não houver apoio estrutural ou recompensas formais para esse trabalho.
No contexto organizacional, a justiça em IA (fairness) é profundamente ligada à teoria da justiça organizacional. Para que sistemas de IA que gerenciam funcionários sejam justos, é preciso considerar diferentes tipos de justiça: distributiva (como são distribuídos benefícios ou encargos), processual (como são os processos de decisão) e interacional (a forma como as pessoas são tratadas). Isso significa que essas comunidades devem dialogar com gestores de pessoas, recursos humanos e líderes organizacionais, para garantir que o design e a governança das ferramentas de IA sejam alinhados com valores organizacionais mais amplos.
Por fim, a participação dos usuários e a explicabilidade são pontos cruciais. Comunidades podem promover formas de engajamento dos usuários nos projetos de IA: workshops, painéis consultivos, mecanismos de feedback ou auditoria. Esses espaços possibilitam que a explicabilidade deixe os modelos em linguagem acessível, incorpore a visão dos usuários quanto ao que é justo e compreensível, e adapte os sistemas em resposta ao feedback. 
Em suma, comunidades corporativas dedicadas à responsabilidade em IA constituem-se como um agente transformador para levar os princípios éticos do papel para a prática. Elas funcionam como instâncias de governança, de aprendizagem e de participação, alinhando valores de fairness, explicabilidade e reparação de viés com a cultura organizacional e os interesses dos diversos stakeholders. Para que seu potencial seja plenamente realizado, entretanto, é essencial que essas comunidades sejam institucionalizadas com legitimidade, recursos e apoio da liderança, e que sejam capazes de dialogar com as estruturas de poder e os processos de negócio da empresa. 
 
*Jen Medeiros é CEO da comuh, empresa especializada na gestão de comunidades e ecossistemas de negócios. Palestrante e especialista na criação e gestão estratégica de comunidades com 15 anos de experiência. Criadora e host do Community Playbook, um Podcast de aplicações reais, atuais e futuras de estratégia de comunidades. É professora da Descola e da Escola Britânica de Artes Criativas e Diretora do CMX Connect São Paulo, uma instituição internacional que promove o desenvolvimento da indústria de comunidades. Top 3 do prêmio Community Industry Awards 2024 como melhor profissional de comunidades B2B, e fellow no programa On Deck Community Builders.

O poder da imagem nos negócios

Murilo Almeida

Como se tornar um executivo fora de série, com Marília Fiuza | Café com ADM 474

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