O IMPACTO QUE A REVOLUÇÃO TECNOLÓGICA TROUXE PRO RH Bem, para começar a falar sobre o impacto sentido pelo RH precisamos primeiramente falar sobre a tecnologia que atualmente ascende e cada vez mais traz mudanças para nosso cotidiano. É notório grandes mudanças na sociedade devido ao avanço da tecnologia e no meio corporativo não é diferente: a rotina de trabalho, o desenvolvimento de produção e a disseminação de informações também estão passando pela chamada transformação digital. Sendo assim, todos os setores das empresas também estão se adaptando e o departamento de Recursos Humanos não fica de fora da ação. A transformação digital trouxe para o RH novas e modernas ferramentas. Por meio da tecnologia e dessas ferramentas, é visível o quanto os processos podem ser rápidos e eficientes, por mais que os esses processos sejam extensos e complicados. Além disso, percebe-se uma clara mudança de comportamento entre os colaboradores. Mesmo com processos automatizados e extremamente ágeis, a atenção para que tudo fique bem feito é redobrada mesmo que cada etapa seja digitalizada. É perceptível também o quanto a transformação digital exerce um papel promissor nas tarefas. A gestão da informação e do conhecimento é muito mais precisa, pois as ferramentas tecnológicas oferecem novas formas de mediar experiências de aprendizagem e aperfeiçoar treinamentos e capacitações. A digitalização de dados é outro fator atrelado à transformação digital e que contribui para que os indicadores de desempenho de colaboradores sejam mais precisos. Dessa forma, é mais fácil para o RH perceber quais são as ações internas mais valiosas para desenvolver pessoas e líderes, e trabalhar a postura geral da equipe. 1. A PARTIR DE AGORA, POR QUAIS TRANSFORMAÇÕES O RH DEVE PASSAR? Com a leitura do texto anterior você deve ter percebido que a atuação do RH está se transformando em várias empresas do mundo e agora nos aprofundaremos nessas transformações. A transformação digital no RH das empresas já passou a ser uma realidade e vem provocando mudanças em toda a corporação. Isso explica-se pois essa tendência, além de inserir o digital na realização de tarefas e otimização de processos, traz um novo olhar para o aprendizado, satisfação e desempenho dos colaboradores. Faz-se necessário uma mudança de mindset para a transformação digital das empresas, pois ela será responsável por impactar diretamente a cultura organizacional, promovendo a inovação e o bem-estar das pessoas. Para isso, precisa estar embasada na interação entre pessoas, tecnologia e processos, tornando os colaboradores os catalisadores dessas alterações. Neste contexto, o RH é visto como o impulsionador e mediador da transformação digital nas empresas. Pode-se citar como uma das primeiras transformações a mudança na rotina do profissional da área. Funções do departamento pessoal, como folha de pagamento são processos cada vez mais automatizados. A jornada de trabalho também se flexibilizou. Softwares permitiram quebrar a jornada tradicional de trabalho, mas também tornaram os profissionais acessíveis a qualquer hora do dia. Também passou a ser mais comum os vínculos de trabalho fora da CLT, os profissionais freelancers são um exemplo disso. Portanto, podemos perceber que a todos os dias surgem novas tecnologias, essas com o intuito de facilitar processos e tarefas, ou seja, para nos ajudar. E cabe a cada um profissional saber quais e de que formas são melhores implementadas na sua empresa. É importante salientar também a importância de se manter atualizado, a empresa que não se atualiza está fadada a uma grande queda. 2. ATIVIDADES DO RH QUE SERÃO MAIS IMPACTADAS Com toda a conectividade de dados vimos que a área da gestão de pessoas passará por várias transformações para se adequar a um mercado que também tem acesso a toda essa gama de informação e irá cobrar por uma rapidez e eficiência cada vez maior, e claro aqueles que querem obter sucesso na era da conexão terá que contar com profissionais capaz de lidar com todos esses milhares de dados ao mesmo tempo. A partir de todo esse avanço de transmissão de dados e como serão controlados, as organizações deverão estar preparadas para escolher esses profissionais e além disso deverão perceber em quais atividades da gestão de pessoas esse processo de globalização de informações será mais contundente, ou seja, quais as atividades serão mais impactadas e precisarão usar todo esse acervo novo de mudanças. Uma atividade que que vai ser bastante impactada é a de recrutamento, essa atividade sempre caminhou juntamente com as inovações tecnológicas por de fato os recrutadores sempre estarem buscando uma melhor forma de adquirir novos talentos com o perfil cada vez mais parecido com a organização e com as novas tendências de mercado. E a inovação da vez é o 'Recrutamento passivo', esse tipo de recrutamento quebra todo o paradigma do recrutamento 'moderno' de seleção de currículo e que seleciona candidatos realmente interessados nas vagas. O pressuposto desse novo modelo se baseia que os talentos nem sempre estão entre os candidatos interessados na vaga, e com esse pressuposto já existem sistemas inteligentes que buscam normalmente em chats e fóruns de discursão pessoas realmente adequadas para cargos específicos, isso porque com a enorme divulgação de dados na internet fica fácil para o sistema detectar não somente o perfil profissional como também o perfil pessoal. Mas essa nova ferramenta ainda não é muito utilizada no Brasil, ela vem sendo cada dia mais utilizada, porém nenhum país utiliza a tanto quanto os Estados Unidos, que por meio do 'Workforce Science e da rede 'Big Data' coleta e correlaciona uma vasta quantidade de dados de pessoas. 3. MENTALIDADE A SER DESENVOLVIDA Segundo Carol Dweck há dois tipos de mentalidades que definem o sucesso ou não das pessoas, uma é a mentalidade fixa, onde as pessoas acreditam ter nascido com uma cota de inteligência impossível de se alterar vendo no erro algo insuportável e delimitador. Por essa crença limitante elas tendem a evitar desafios e experiências novas devido ao medo de serem taxadas como menos inteligentes. A outra mentalidade é a de crescimento, nessa as pessoas acreditam que sua inteligência melhora cada vez mais pela aprendizagem e que o caminho do sucesso está no resultado do seu trabalho intenso e esforço. Dentro dessa perspectiva observa-se uma segmentação em aprendizes e não-aprendizes, a primeira aposta na sua capacidade de melhoria progressiva fazendo da mudança uma constante e uma realidade também. A segunda vê as coisas como imutáveis, isso ou aquilo é dessa maneira porque sempre foi assim, mudar é impossível ou complexo demais. As pessoas com mindset de crescimento são mais curiosas do que crentes e ampliam suas habilidades diariamente se superando nos quesitos que as tornam suscetíveis ao fracasso. O profissional de RH no processo de recrutamento e seleção, por exemplo, deve se ater em quais talentos a empresa procura a fim de dar dinamicidade ao ambiente com a implantação de novas ideias advinda de uma visão crescente de qualificação num modelo autônomo de decisões e feedback frequentes de todos os colaboradores. A liderança deve estar distribuída não só em departamento ou setores, mas por toda a empresa visando a revisar processos defasados pela transformação tecnológica incessante das ferramentas e metodologias adotadas. Para tanto, fazse fundamental entender a mudança para traçar novos caminhos e adotar novas posturas ampliando suas habilidades de maneira a não ficar atrasado na evolução dos modelos de excelência em gestão. 4. ÁREAS DA G.P. QUE O HEAD HUMAN RESOURCES ATUARÁ MAIS Com o avanço da globalização e das tecnologias de informação, tudo o que está ao nosso redor vem sendo afetado pela constante e rápida mudança. Dessa maneira, tal transformação não é diferente dentro das organizações, onde, desde a revolução industrial, a tecnologia vem modificando a estrutura das organizações e também os seus membros. Frequentemente surgem coisas novas com um maior potencial e praticidade que auxiliam no meio organizacional, fazendo com que o que adquirimos ontem seja ultrapassado, podendo ser: computadores, sistemas, máquinas e etc. Esses avanços vêm exigir não somente máquinas cada vez mais capacitadas, mas o próprio mercado passou a exigir dos profissionais. O próprio Gestor de Pessoas, que antes só era responsável por relações trabalhistas – admissão e contratação de empregados; folha de pagamentos; férias; prevenção de passivos trabalhistas; saúde e segurança do trabalho, e etc. – hoje passa a ser um ofício mais estratégico, onde vê o lado humano dos membros da organização, não somente a parte técnico. Desta maneira, a cada dia se exige mais habilidades, capacidades e competências do novo modelo do Gestor de Pessoas. O Head Human Resources e toda empresa estará atuando de maneira mais horizontal, multidisciplinar e integrada, onde a empresa dará mais autonomia aos seus funcionários, pois, o enfoque do futuro será voltado para as pessoas. Caberá ao Diretor de Recursos Humanos se especializar ainda mais nas áreas de Recrutamento e Seleção; Treinamento e Desenvolvimento, pois, atualmente não é tão raro ver pessoas com faculdade, mestrados, doutorados, consequentemente, no futuro, haverá uma gama de indivíduos com boas qualificações e caberá ao Gestor de Pessoas saber qual será o melhor profissional a ser escolhido. Sendo assim, será necessário também que o mesmo tenha um bom desenvolvimento e utilização das tecnologias, afinal, as mesmas serão e são ferramentas de extrema importância no processo de recrutamento. Assim também acontecerá com a área de treinamento e desenvolvimento, que será através dessa que irá desenvolver os funcionários e os tornarão cada vez mais autônomos e responsáveis dentro da organização. Formar cada membro da organização como protagonista dentro da organização será essencial, pois, já não haverá mais empresas que fiquem pressionando os seus colaboradores a exercer atividades na corporação, pois os mesmos se sentirão parte da empresa e estarão se auto realizando, claro, vinculando também a área de bonificações e remunerações. 5. QUAL O PERFIL DO NOVO TRABALHADOR? Por muito tempo acreditava-se na máxima que as exigências primárias como uma formação acadêmica, uma especialização ou até mesmo uma pósgraduação seriam suficientes para ingressar e permanecer no mercado de trabalho, essas sim, são por sua vez fundamentais, mas não determinam por si só o sucesso no mercado de trabalho. Porém, com o advento da globalização e seus impactos oriundos desde os primórdios da revolução industrial o perfil das organizações e consequentemente do trabalhador vem evoluindo. Assim como as demais esferas da sociedade também sofreram transformações, dentre elas pode-se destacar as relações sociais, a globalização e as novas tecnologias. Para definir o perfil do novo trabalhador devemos ter uma visão mais abrangente e fazer uma análise levando em consideração essas variáveis. Atualmente, valoriza-se um novo perfil que está para além do simples domínio de habilidades motoras e disposição para o cumprir de ordens, fazendo com que a educação continuada se tornasse uma nova prática considerada produtiva e competitiva para o trabalhador. Seguindo essa tendência 'saber aprender' e ser capaz de ativar conhecimentos que habilitem propor soluções criativas, bem como possuir atitudes inovadoras dentro da organização será uma característica importante já que a Capacidade de Aprender é fundamental para o setor empresarial que vive em constante reestruturação e mutação. O sujeito produtivo é aquele capaz de aprender e gerir uma realidade que está permanentemente em transição. O perfil do novo trabalhador também imprimirá uma nova postura às empresas e seus administradores. 'Antes, o empregador mandava como queria'. Hoje, a situação mudou. Ele deve ser um motivador, apresentar ideias, propor soluções, saber ouvir, contornar e negociar. Ele tem que ser mais flexível e conhecer além de si, o chefe autoritário não tem mais espaço. Segundo Reich (1999, p.12), o caminho do êxito para as empresas na nova economia passa por uma nova relação entre empregador e empregado. Na relação tradicional, as duas partes se comportavam como se uma estivesse sendo explorada pela outra. Agora a tendência é de cooperação, com consciência de que há dependência mútua, mas principalmente, benefícios a serem compartilhados. O novo trabalhador, chamado de trabalhador do conhecimento ou capital intelectual, passa a conhecer todo o processo (ou grande parte dele) e tem a possibilidade de interferir sobre ele. Mafra ressalta que para traçar o perfil é fundamental o profissional buscar: autodesenvolvimento, iniciativa, formação acadêmica, conhecimento de outros idiomas, melhorar o network, fazer cursos de aperfeiçoamento, flexibilidade, pró-atividade, adaptabilidade, capacidade de trabalho em equipe, equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, atingir resultados de curto e longo prazo e inteligência emocional (MAFRA, 2010, p.2). REFERÊNCIAS 6 principais competências do gestor de RH do futuro http://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,profissao-do-futuro-o-rh-e-aqualidade-de-vida,1725221 Profissões criativas: 7 possibilidades para quem quer criar! http://blog.seguridade.com.br/entenda-o-impacto-da-transformacao-digital-no-rhdas-empresas/ http://www.sispro.com.br/blog/como-transformacao-digital-vai-dar-novo-folego-aorh/ https://www.ahgora.com.br/hcm/futuro-do-rh-as-transformacoes-nas-relacoes-eno-desenvolvimento-dos-negocios/ http://www.rhportal.com.br/artigos-rh/o-impacto-da-tecnologia-da-informao-no-rh/ http://revistamelhor.com.br/tecnologias-de-recrutamento-ganham-espaco-na-areade-rh/ http://estacioribeirao.com.br/revistacientifica/arquivos/revista5/8-ADM.pdf http://www.ibe.edu.br/mercado-de-trabalho-especialistas-apontam-o-perfil-donovo-trabalhador/ https://maxorsano.wordpress.com/2009/11/05/o-trabalhador-atual-e-seu-novoperfil/