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Em vez de tentar controlar tudo, talvez o melhor seja assumir o papel de protagonista da sua própria reinvenção



Vivemos uma era em que as mudanças acontecem tão rápido que mal dá tempo de processar uma, e já tem outra acontecendo.



Novas tecnologias surgem todos os meses. Ferramentas digitais que ontem eram diferenciais, hoje são pré-requisitos. Profissões inteiras estão sendo reinventadas, ou simplesmente desaparecendo. E, no meio disso tudo, fica a pergunta: como acompanhar esse ritmo?



Não é exagero dizer que o mercado de trabalho se tornou um campo de mutação constante. E isso não diz respeito apenas à tecnologia em si, mas também à mentalidade, às formas de se relacionar com o trabalho e até à lógica das formações acadêmicas.



A formação já não determina mais o destino



Um dos aspectos mais curiosos (e talvez mais libertadores) da nova realidade profissional é perceber que a formação acadêmica deixou de ser uma prisão.



É cada vez mais comum ver engenheiros trabalhando com design, jornalistas virando gestores de tráfego, administradores desenvolvendo produtos em startups tech, e médicos empreendendo fora da área da saúde.



O que antes era considerado “incoerente” ou “fora da curva”, hoje é muitas vezes o que impulsiona a inovação.



E isso acontece porque o mercado passou a valorizar habilidades que transcendem o diploma: pensamento crítico, capacidade de adaptação, resolução de problemas, inteligência emocional, criatividade, liderança horizontal.



O problema? A sobrecarga de acompanhar tudo!



Se por um lado essa nova lógica é empolgante, por outro, ela pode ser brutal.



A sensação constante de que estamos ficando para trás afeta não só a carreira, mas a saúde mental. É o famoso “FOMO” profissional: medo de não estar aprendendo o suficiente, de não dominar a nova IA do momento, de não estar usando a ferramenta mais atual da área.



Além disso, nem todo mundo teve as mesmas oportunidades para se adaptar. Muita gente ainda está tentando entender como o mundo do trabalho mudou tanto — enquanto o mercado já exige fluência em ferramentas e processos que não foram ensinados na faculdade.



E como lidar com tudo isso?



A verdade é que ninguém dá conta de tudo, o tempo todo. Mas algumas atitudes podem ajudar a surfar a onda (em vez de ser engolido por ela):



-Escolha seu foco: você não precisa dominar tudo. Escolha o que faz sentido para sua jornada e aprofunde-se ali.



-Aprenda a aprender: mais do que acumular certificados, o que importa é ter a mentalidade de aprendizado contínuo.



-Construa uma rede inteligente: conecte-se com pessoas que compartilham, inspiram e também estão tentando entender esse novo mundo.



-Seja honesto com seus limites: ninguém é uma máquina. Filtre o que realmente é relevante para você.



O que concluí-se?



O mercado mudou, e vai continuar mudando. A tecnologia não vai desacelerar. As profissões continuarão se transformando.



Mas em vez de tentar controlar tudo, talvez o melhor seja assumir o papel de protagonista da sua própria reinvenção.



A pergunta não é mais “qual é sua formação?”, mas sim: O que você está disposto a aprender, desaprender e recomeçar?

O desafio de acompanhar um mercado em constante mutação

Em vez de tentar controlar tudo, talvez o melhor seja assumir o papel de protagonista da sua própria reinvenção

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Administradores | Conhecimento para Resultados

A verdadeira gestão não se mede apenas pelos resultados financeiros, mas pela capacidade de deixar marcas positivas nas pessoas, nas organizações e no mundo



Quando pensamos em Administração, muitas vezes imaginamos gráficos, planilhas e relatórios. Mas administrar é muito mais do que lidar com números: é compreender pessoas, gerir diferenças, construir culturas e tomar decisões que moldam destinos. Nesse sentido, até uma série como Wandinha, com seu universo sombrio e enigmático, pode nos oferecer lições valiosas para o mundo da gestão.



Wandinha é uma jovem que não se deixa guiar pelas expectativas externas. Enquanto todos ao seu redor seguem padrões estabelecidos, ela prefere trilhar um caminho próprio, marcado pela autenticidade e pela coragem de ser quem é. Essa postura nos lembra que, em Administração, um verdadeiro líder não busca agradar a todos, mas sim conduzir com firmeza, mesmo quando isso exige ir contra a corrente. A essência da liderança está justamente em sustentar convicções e inspirar confiança em meio à adversidade.



A escola Nevermore (Nunca Mais), palco principal da história, é um microcosmo de qualquer organização real. Ali convivem personagens com habilidades, histórias e personalidades muito distintas. Essa diversidade, ao mesmo tempo que gera conflitos, também é fonte de inovação e crescimento. E aqui surge uma lição poderosa: administrar não é tentar apagar diferenças, mas aprender a valorizá-las. Uma empresa saudável é aquela que enxerga na pluralidade a sua maior riqueza, transformando contrastes em colaboração e criatividade.



Outro aspecto marcante é a forma como Wandinha lida com crises. Em vários momentos, ela se vê diante do desconhecido, cercada por ameaças e desafios que poderiam paralisar qualquer um. Mas sua resposta é sempre a mesma: determinação, estratégia e resiliência. Ela não foge do problema, não espera soluções prontas. Pelo contrário, cria caminhos, assume riscos e mobiliza quem está ao seu redor para alcançar resultados. Essa é a essência da gestão em tempos de incerteza: ser capaz de se reinventar diante do caos sem perder a clareza de propósito.



No fundo, o que a trajetória de Wandinha nos mostra é que administrar vai além de planejar metas e executar tarefas. É sobre liderar com autenticidade, construir culturas sólidas e enfrentar desafios com a confiança de que cada crise pode se transformar em uma oportunidade.



Assim como Wandinha, que encontra força em sua singularidade para transformar o ambiente ao redor, nós, administradores, também precisamos ter coragem de sermos fiéis à nossa essência. Porque a verdadeira gestão não se mede apenas pelos resultados financeiros, mas pela capacidade de deixar marcas positivas nas pessoas, nas organizações e no mundo. Essa talvez seja a maior lição da série: a verdadeira administração nasce quando unimos estratégia e humanidade, razão e sensibilidade, gestão e inspiração.

O que Wandinha pode ensinar sobre Administração

No fim das contas, o que importa não é ter todas as respostas. É ter coragem de fazer as perguntas certas.



Sabe aquele sentimento de estar travado, como se a vida tivesse apertado o botão de pausa sem avisar? Você até continua se movendo, mas por dentro tudo parece... parado. A rotina vai se acumulando, as decisões que antes pareciam certezas agora viraram pontos de interrogação, e de repente você se vê diante de um dilema que assombra silenciosamente muita gente: "E se eu estiver no caminho errado?"



A verdade é que ninguém nos ensina o que fazer quando tudo parece estar indo “bem”, mas dentro da gente algo grita que não está. E mais difícil ainda é quando a dúvida nasce justamente depois de tanto esforço, estudo, tempo e energia investidos. O que fazer quando você começa a questionar tudo o que construiu até aqui?



<h2 class="wp-block-heading">O medo de permanecer</h2>



Ficar onde está pode parecer seguro. Você já conhece o terreno, já domina a rotina, tem estabilidade ou pelo menos algum controle sobre o que acontece. Mas, com o tempo, esse lugar “seguro” pode virar uma prisão invisível. E o medo de permanecer começa a crescer, medo de continuar infeliz, medo de desperdiçar talento, medo de perder os melhores anos da vida insistindo em algo que já não te faz vibrar.



Esse medo é legítimo, mas muitas vezes calado. A gente engole em seco, segue o fluxo, responde “tá tudo bem” quando não está. E assim, aos poucos, vai se afastando da própria essência.



<h2 class="wp-block-heading">O medo de mudar</h2>



Por outro lado, mudar também assusta. É colocar tudo em jogo, é enfrentar julgamentos, próprios e alheios. É pensar na reação dos pais, dos amigos, do mercado. É encarar a possibilidade de fracasso. E esse medo também paralisa.



Quantas pessoas você conhece que não suportam mais o que fazem, mas continuam ali, porque têm medo de recomeçar?



O mais cruel é que a dúvida entre permanecer e mudar não tem fórmula mágica. Não existe um “caminho certo”. Mas existe um chamado interno, que muitas vezes a gente tenta ignorar, e que sempre volta, cada vez mais forte.



<h2 class="wp-block-heading">Estagnação não é paz</h2>



Estar parado não é sinônimo de estar em paz. Às vezes, a gente se acostuma tanto com a estagnação que confunde conforto com conformismo. A zona de conforto nem sempre é confortável, ela apenas é conhecida. Mas permanecer nela pode ter um custo alto, o custo de não viver seu potencial.



O mundo mudou. A ideia de que você deve seguir uma única carreira para o resto da vida está ficando ultrapassada. Pessoas mudam, prioridades mudam, e mudar de rota não é sinônimo de fracasso, é sinal de coragem, de escuta interior, de maturidade.



<h2 class="wp-block-heading">Você não precisa ter todas as respostas agora</h2>



Talvez você ainda não saiba o que fazer. E tudo bem. Estar confuso também é um estado legítimo. O importante é se permitir escutar esse incômodo sem ignorá-lo. É dar um passo atrás, olhar para si com honestidade, e se perguntar:



- O que eu faço hoje tem a ver comigo?



- Eu me vejo nessa profissão daqui 5, 10 anos?



- Se ninguém esperasse nada de mim, o que eu escolheria?



Essas perguntas não têm respostas fáceis. Mas fugir delas também não resolve.



<h2 class="wp-block-heading">Permita-se explorar possibilidades</h2>



Mudar de carreira, iniciar um novo projeto, voltar a estudar, viajar, experimentar novas áreas... tudo isso pode parecer arriscado, e é. Mas às vezes, o maior risco é continuar onde você está. A vida é movimento, e nenhum movimento acontece sem ação.



Você não precisa virar sua vida do avesso do dia pra noite. Mas pode começar com pequenos passos, fazer um curso novo, conversar com pessoas de outras áreas, testar um hobby, abrir espaço para o novo. A mudança começa no pensamento, e depois se materializa nas escolhas.



<h2 class="wp-block-heading">Você é o protagonista da sua história</h2>



Não terceirize sua trajetória. Não entregue o volante da sua vida nas mãos dos outros. O mundo vai tentar te convencer de que mudar é arriscado demais, mas ficar onde sua alma já partiu é ainda mais perigoso.



Você tem direito de mudar, de tentar outra vez, de começar do zero, se for preciso. A sua vida profissional não precisa seguir um único caminho linear, ela pode, e deve, acompanhar sua evolução como pessoa.



No fim das contas, o que importa não é ter todas as respostas. É ter coragem de fazer as perguntas certas.



E se você está nesse ponto de virada, saiba que não está sozinho. Milhares de pessoas já sentiram o que você sente agora. E muitas delas só descobriram sua verdadeira força quando decidiram escutar aquilo que todo mundo mandava calar: a própria intuição.



Se for pra mudar, que seja por você. Se for pra ficar, que seja com propósito.



E se for pra recomeçar… que seja com coragem!

Entre ficar e ir: o dilema silencioso de quem está se sentindo perdido na própria carreira

O administrador do futuro é aquele que combina estratégia com sensibilidade, que entende de dados, mas também de emoções



Há pouco tempo, imaginar que uma máquina poderia escrever textos, criar imagens, responder e-mails, dar conselhos financeiros ou analisar uma campanha de marketing era coisa de filme futurista. Mas cá estamos: 2025. A inteligência artificial não apenas chegou, como está redesenhando o cenário dos negócios — e exigindo uma postura nova de todos nós, administradores.



A pergunta que não sai da cabeça de muitos é: Até onde a IA vai chegar?&nbsp;



Mas talvez devêssemos reformular: Até onde nós, administradores, estamos dispostos a ir junto com ela?



<h2 class="wp-block-heading">A IA não é só tendência, é realidade</h2>



Em poucos anos, vimos a IA deixar de ser exclusividade de grandes corporações para se tornar acessível a pequenas empresas, startups, consultores e profissionais autônomos. Hoje, qualquer pessoa com um celular na mão pode acessar uma inteligência artificial capaz de gerar conteúdo, automatizar tarefas ou sugerir estratégias de vendas.



Ferramentas como ChatGPT, Midjourney, Copilot, DALLE, entre tantas outras, estão deixando claro: quem aprender a usar IA com inteligência (humana!) vai sair na frente.



Como administrador, percebo que o papel tradicional — aquele baseado em controles, processos manuais e tomada de decisão demorada — está dando lugar a um novo perfil: o do administrador estrategista, criativo, orientado por dados e aliado à tecnologia.



<h2 class="wp-block-heading">O novo papel do administrador</h2>



Administrar sempre foi sobre pessoas, recursos e resultados. Agora, precisamos adicionar um novo item à equação: dados inteligentes e sistemas que aprendem com o tempo.&nbsp;



A IA permite:



- Automatizar tarefas operacionais (e-mails, relatórios, atendimento);



- Tomar decisões com base em análise preditiva;



- Personalizar experiências do cliente em escala;



- Otimizar campanhas de marketing em tempo real;



- Criar produtos e serviços com base no comportamento do consumidor.



E aqui vai um ponto chave: a IA não substitui o administrador — ela potencializa.&nbsp;



Mas isso só acontece quando estamos abertos a aprender, testar e reinventar nossas práticas.



<h2 class="wp-block-heading">A ética entra em cena</h2>



Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades, já dizia o tio Ben do famoso Homem Aranha. A IA traz benefícios imensos, mas também levanta dilemas: uso ético dos dados, privacidade, viés algorítmico, desemprego tecnológico…



Como administradores, temos um papel central em mediar essa relação: precisamos garantir que a tecnologia seja usada com propósito, transparência e respeito ao fator humano.&nbsp;



É aí que entra o nosso verdadeiro diferencial: enquanto a IA pode fazer cálculos em segundos, nós somos os únicos capazes de entender contexto, cultura e consequência. A IA pode sugerir decisões, mas é o administrador quem dá o veredito.



<h2 class="wp-block-heading">Visão de futuro: parceria, não competição</h2>



A inteligência artificial não é o “inimigo do emprego”. O verdadeiro risco está em não se adaptar.&nbsp;



A IA vai chegar em todos os setores: no RH, nas finanças, no marketing, na logística, na educação corporativa. Vai estar presente em decisões que antes eram feitas só com base em feeling. Mas jamais substituirá a intuição inteligente de quem conhece seu negócio, entende de gente e enxerga oportunidades onde os algoritmos ainda não conseguem ver.



<h2 class="wp-block-heading">Conclusão</h2>



A inteligência artificial já está entre nós. E vai continuar evoluindo, aprendendo e surpreendendo.&nbsp;



O administrador do futuro é aquele que combina estratégia com sensibilidade, que entende de dados, mas também de emoções. Que sabe usar a IA como ferramenta — e não como muleta. Que está pronto para lidar com a inovação, mas sem abrir mão dos valores que sustentam uma gestão de verdade.



A IA não vai acabar com a administração. Ela vai acabar com a administração ultrapassada. E isso, sinceramente, é uma excelente notícia. A questão é: vamos ficar olhando de fora ou vamos entrar no jogo?

Até onde a IA vai chegar? A visão de um administrador

Olhando para o futuro, reafirmamos nossa convicção: a Administração continuará sendo não apenas relevante, mas vital para o país



A carreira em Administração, ao longo das últimas seis décadas, consolidou-se como um dos pilares do desenvolvimento brasileiro. A regulamentação da profissão, em 1965, trouxe dignidade, reconhecimento e parâmetros claros para o exercício de uma atividade que influencia diretamente o crescimento econômico, a gestão pública e a eficiência das organizações. Foi um marco civilizatório que garantiu espaço e legitimidade a uma ciência essencial para estruturar empresas, governos e instituições.



No entanto, não podemos ignorar os riscos que persistem. A burocracia, em vez de se tornar aliada, muitas vezes engessa a prática administrativa e afasta o gestor de sua verdadeira vocação: liderar pessoas e transformar organizações. Some-se a isso o fato de que nossos cursos de Administração ainda falham em promover uma mentalidade empreendedora sólida. No imaginário nacional, reforçado por novelas, filmes e narrativas populares, o empresário ou administrador segue sendo representado como vilão, distante do papel fundamental que exerce na geração de empregos, inovação e prosperidade.



Esse quadro revela um desafio urgente: reposicionar a imagem e a prática da Administração no Brasil. O futuro nos mostra que, em um mundo cada vez mais automatizado e orientado por inteligência artificial, a figura do administrador será ainda mais indispensável. Máquinas podem processar dados, mas apenas pessoas são capazes de articular visões, liderar equipes e tomar decisões que equilibram eficiência e humanidade.



O administrador do futuro precisará dominar competências críticas: pensamento estratégico em cenários complexos, inteligência emocional para lidar com equipes diversas, flexibilidade cognitiva para se adaptar a mudanças rápidas e, sobretudo, visão empreendedora para transformar crises em oportunidades. Serão líderes aptos a construir pontes entre tecnologia e pessoas, assegurando que a inovação seja instrumento de progresso coletivo.



Olhando para o futuro, reafirmamos nossa convicção: a Administração continuará sendo não apenas relevante, mas vital para o país. É a ciência que estrutura negócios, organiza o setor público e impulsiona o desenvolvimento. Cabe a nós, enquanto sociedade e comunidade profissional, garantir que essa carreira siga seu caminho de grandeza. O administrador não é o vilão da história brasileira — é o protagonista do futuro que queremos&nbsp;escrever.

Editorial: o caminho é pela Administração

Nem todo “ainda não” significa “nunca”. Nem toda opinião é neutra. Nem todo líder enxerga potencial onde há silêncio. E às vezes, estar pronto é simplesmente se dar permissão para tentar



Já ouviu essa frase: “Você ainda não está pronto para isso”?



Ela costuma vir em momentos cruciais da carreira, especialmente quando decidimos almejar algo maior. Às vezes, essa frase é um alerta justo. Mas, em outros casos, ela pode ser apenas uma projeção uma forma de transferir limites emocionais ou estratégicos de quem a diz para quem a escuta. Enquanto lia “O Príncipe”, de Maquiavel, percebi como o jogo do poder depende, acima de tudo, de percepção. E muitas vezes, o que parece um conselho é, na verdade, uma estratégia de contenção embalada em boas intenções.



Com o tempo, aprendi que crescer profissionalmente nem sempre depende só da performance técnica. Às vezes, depende de percepção. E quem controla essa percepção pode ter seus próprios interesses. O líder que dá o feedback também tem uma agenda às vezes consciente, às vezes não. Pode ser o medo de perder um talento da equipe. Pode ser a dificuldade de lidar com alguém que avança mais rápido do que ele avançou. Pode ser a pressão silenciosa de “controlar” a ambição dos seus subordinados para manter o jogo sob controle. E claro: pode ser também que ele esteja certo, e que de fato haja lacunas de preparo. Livros como “O Animal Social”, de David Brooks, e “Armas da Persuasão”, de Cialdini, me ajudaram a enxergar isso com mais clareza. Neles, percebi como emoções, vieses e agendas ocultas moldam decisões que, na superfície, parecem racionais.



Mas como separar uma crítica técnica de um julgamento emocional? Como saber se você não está pronto mesmo ou se apenas disseram isso porque era conveniente que você acreditasse?



Uma boa reflexão começa com três perguntas: estou realmente me preparando para o que desejo, ou apenas desejando? O feedback que recebi veio com argumentos claros ou apenas com autoridade? E por fim: estou analisando tudo isso com frieza, ou estou querendo validar minha própria urgência de crescer?



Nem sempre a resposta é simples, e às vezes o nosso próprio ego também atrapalha. É preciso maturidade para entender que algumas críticas doem porque são verdadeiras. Mas também é preciso lucidez para perceber quando o limite que colocaram em você não é sobre você é sobre o outro.



No fim das contas, o maior erro é acreditar que alguém externo vai ser o único sinal verde da sua evolução. Pessoas que crescem são aquelas que se colocam em movimento antes de estarem completamente prontas. Que se arriscam. Que erram. E que aprendem no caminho.



Nem todo “ainda não” significa “nunca”. Nem toda opinião é neutra. Nem todo líder enxerga potencial onde há silêncio. E às vezes, estar pronto é simplesmente se dar permissão para tentar.



Você está esperando alguém te dizer que é hora? Ou está criando as condições para que a hora chegue?

O desafio de acompanhar um mercado em constante mutação

Mateus Ianello

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Empreendedorismo: como construir um legado, com Raquel Teixeira e Cleusa Maria | Café com ADM 461

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