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RESUMO

O trabalho a seguir tem como finalidade apresentar a relação entre a Matemática e a Administração Financeira, sendo a primeira colocada como uma ferramenta de desenvolvimento da segunda. A abordagem é baseada em revisão bibliográfica partindo do pressuposto que a Administração, por estar integrada às Ciências Humanas, seu público, em grande parte, tornou avesso a conhecer Matemática. Neste sentido é especificada uma subárea, que é a Modelagem Matemática, vista aqui como estimuladora dos processos cognitivos, auxiliadora na revisão de preconceitos e mantenedora da motivação para continuar conhecendo e se aprofundando em ambas as áreas supracitadas.

Palavras chave: Matemática. Administração Financeira. Modelagem Matemática.

ABSTRACT

The work next have as purpose to presente the relationship between Mathematics and Financial Management, being the first placed as a development tool of the second. The approach is based on a literature review, based on the assumption that the Administration, to for being integrated to the Human Sciences, your audience, largely, made averse to knowing Mathematics. In this sense a subarea is specified, what is the Mathematical Modeling, understood here as a stimulator of cognitive processes, help in the review of prejudices and motivation to continue knowing and deepening in both areas mentioned above.

Keywords: Mathematics. Financial Management. Mathematical Modeling.

INTRODUÇÃO

 A Matemática sempre esteve à disposição da humanidade e a serviu à medida que iam surgindo as necessidades. Isso pode ser melhor detalhado no estudo sobre a Teoria dos Conjuntos Numéricos. Atualmente, enquanto componente curricular, infelizmente, foi tratada de forma desvinculada dessa “necessidade” e, portanto, apresenta ser tão abstrata. Muito se discute sobre o “problema da Matemática”, porém, essa situação só está assim pois sua verdadeira essência foi posta de lado dentro do contexto escolar. É visível a enorme quantidade de alunos que apresenta dificuldades ao lidar com as ferramentas da Matemática. Com o passar do tempo, tornou-se tão problemática que o aluno tem dificuldades em relacionar os conteúdos estudados na escola com a realidade. Inclusive vários deles, ainda no Ensino Médio, apresentam tendência – não confundir com vocação – para seguir curso de Humanas, simplesmente para não “ver” Matemática. Essa situação é visível dentro do curso de Bacharelado em Administração Pública, pois, sendo um curso contido no currículo das Ciências Humanas e, embora na ementa contemple uma matéria específica de Matemática, os alunos se posicionam de forma meio que contrariados, expressando-se de forma desmotivada, com pensamentos negativos, alguns até esperando uma “recuperação”. Diante desse contexto a Modelagem Matemática apresenta uma perspectiva que permite uma aprendizagem diferenciada, mostrando uma ponte sólida entre a – Matemática – formal da escola e a da vida real.

REVISÃO DE LITERATURA

 Pode-se entender a Modelagem Matemática como uma sequência de fases que objetiva a descrição da resolução de uma situação real por meio da escrita com símbolos matemáticos. Essa descrição culmina em uma equação algébrica, a qual é chamada de Modelo Matemático ou fórmula. De acordo as Diretrizes Curriculares de Matemática, a Modelagem Matemática prioriza a resolução de problemas no ambiente do cotidiano do aluno, propondo a valorização do aluno em seu contexto social (PARANÁ, 2008). Utilizando-se da Modelagem Matemática acredita-se que é possível que os alunos se tornem mais conscientes da utilidade desta ferramenta para analisarem e resolverem problemas do dia-a-dia. Diversos autores defendem e estimulam o estudo de situações-problema, entre eles a educadora Biembengut (2003), que recomenda a Modelagem Matemática como uma opção para despertar nos estudantes interesse pela Matemática. Assim, a modelagem oportuniza a eles “estudar pela pesquisa, desenvolvendo assim um aguçado senso crítico.” De modo geral a Matemática ajuda a desenvolver o raciocínio, consequentemente, a criatividade. No trabalho administrativo é necessário ter conhecimento sobre planejamento, organização, controle etc, porém, deve-se ter clareza e capacidade criadora ao utilizá-los. Essa capacidade aliada à desenvoltura com os números é indispensável neste trabalho, que por vezes, depende da exatidão das informações. Para a Administração Financeira, a Modelagem Matemática auxilia, para quem já trabalha exercendo a função, na tomada de decisões baseada em argumentos quantitativos para fechar acordos, acompanhar o balanço patrimonial, os lucros da empresa, calcular custos, fazer investimentos, observar como ocorre a depreciação dos bens patrimoniais, etc. De acordo com Moreira e Masini (1982) apud Rehfeldt et. al (2009, p. 5), “mudanças gerais na aquisição de conceitos têm relação com a dimensão concreto-abstrata do desenvolvimento cognitivo e podem ser agrupadas em três estágios”, a saber, pré-operacional, operacional-concreto e operações lógico-abstratas. Estes conceitos são absorvidos ao longo da vida, sempre subindo de nível, de modo que no último estágio é possível relacionar diretamente os conceitos. E quando estes conceitos são denominados, por algo concreto ou situações reais, é possível manipulá-los com mais facilidade, estabelecendo combinações entre velhas e novas informações, que é uma das habilidades que todo administrador precisa desenvolver, e esta deve ser encarada como uma oportunidade para aprender e aplicar a Matemática.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 Problemas existem e sempre vão existir, e dentro do ambiente administrativo mais ainda. Assim, o administrador pode contar com o apoio da Modelagem Matemática, tornando o método de tomada decisões o mais racional possível e resolvendo os problemas. Para quem está “fugindo” de Matemática e tenta se “esconder” em um curso majoritariamente da Área de Humanas, é compreensível a tristeza e a sensação, por vezes, de desespero. Porém, é imprescindível sua presença na ementa e não deve ser encarada como um fardo, mas como uma oportunidade. Além de que a Matemática não deve ser vista como um fim, mas como uma ferramenta, ou seja, um meio, e especificamente a Modelagem Matemática, ela possibilita um alto nível de controle, pois é possível desenvolver um “mapa” da empresa com todos as subdivisões e limites, assim, aumentando o nível de confiabilidade ao realizar uma tomada de decisão de modo que diminua riscos que possam afetar o futuro da empresa, seja a curto ou longo prazo.

REFERÊNCIAS

MORAIS, Patricia Martins. Matemática aplicada na administração. Disponível em &lt;http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/matematica-aplicada-na-administracao/30546/&gt;. Acesso em 29 de abril de 2018.
BIEMBENGUT, M. S. Modelagem Matemática no Ensino. São Paulo: Contexto, 2003.
PARANÁ. Diretrizes curriculares de matemática para as séries finais do ensino fundamental e para o ensino médio. Curitiba: SEED, 2008.
REHF.ELDT, M. J. H. et. al. Modelagem Matemática e as Necessidades Profissionais dos Alunos do Curso de Administração. Revista ANGRAD, v. 10, n. 2, Abril/Maio/Junho 2009.

Modelagem matemática como ferramenta para a administração financeira

A Matemática se comunica com todas as demais áreas, portanto, não seria diferente com a Administração Financeira, mesmo esta tendo uma relação de pertinência com as Ciências Humanas. Neste trabalho é mostrada a relação entre essas áreas por meio de ferramentas que se auxiliam.

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Sabe-se que toda organização, jurídica ou física, para sobreviver, lida com vendas, seja de produtos, serviços, ideias ou outra forma, e que o ambiente organizacional atual é bastante volátil, tanto interno quanto externamente. Internamente há o empregador, que visa objetivo(s); externamente, há o cliente, o qual visa uma qualidade específica para que seja adquirido algo. Assim, é imprescindível o planejamento. Este deve ser elaborado sistematicamente de forma a integrar a sobrevivência da empresa com a satisfação do cliente, sendo o feedback do cliente a maior componente da “bússola”* , pois ele – feedback – realiza uma análise da perspicácia do vendedor, quando este não, simplesmente, “empurra” um produto/serviço/ideia no cliente, mas lhe vende algo que supre sua necessidade, mesmo esta não sendo emergencial, mas longínqua ou ainda que nem seja possível desfrutar dela, como exemplo, planos de funerária e de aposentadoria: o primeiro até dá para usar, se a funerária não falir, mas o segundo não é tão seguro, pois não é certo que se chegue à aposentadoria. Outro componente importante da “bússola” é a análise de concorrentes. Neste sentido, um ponto de partida básico para um vendedor são duas perguntas: “o que vender?” e “para quem vender?” Nesta análise, pode-se pegar as duas perguntas e transformar em apenas uma: “o que vender para alguém que outro não tenha?” Parece mais completo, porém, isso ainda não é suficiente para iniciar um empreendimento. Conforme supracitado, a organização lida com as necessidades dos clientes. No entanto, essas necessidades acontecem de três formas: (I) o ambiente a cria: com o avanço da tecnologia, crescimento demográfico, aumento do número de pessoas jurídicas, integração e a necessidade de confirmação de informações, é, praticamente, insustentável, uma empresa** não ser informatizada, portanto, é necessário a aquisição de equipamentos – o quais devem ser trocados à medida que há modernização –, softwares – que devem ser atualizados – e contratação de pessoal – com treinamentos periódicos; (II) a própria organização a cria: troca de equipamentos com um “pequeno” valor adicional na aquisição de outros mais modernos. Como esses outros são mais modernos, há sempre algo a mais para desfrutar e manter, portanto, deve-se adquirir mais equipamento; (III) o cliente a cria: a empresa adquire equipamentos e softwares novos, mas precisa pagar um plano de Internet alto. Então decide montar um Provedor próprio. Assim inicia um processo burocrático de regularizações, aquisição de outros equipamentos, reestruturação do ambiente para montagem e por fim a contratação um profissional para cuidar do Provedor. Em outros casos – maioria – há o consumismo. Neste contexto os administradores devem ser seres dotados de percepção para sentir as mudanças e proativos para segui-las, adotando um perfil dinâmico, conhecendo a fundo o ramo em que trabalha e um pouco de cada outro que lhe margeia.
* De forma análoga, indica aqui a direção da empresa.
** Aqui a empresa é representada também como cliente – forma I e III.

O ambiente e as organizações à mercê da globalização

Modelagem matemática como ferramenta para a administração financeira

ISAQUE ROCHA DA SILVA

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