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O plano de negócios contém etapas que, quando bem elaboradas, norteiam todo o projeto de implantação do novo negócio. É nele que empreendedor poderá testar se &#8220;seu sonho&#8221; é realizável ou não. Um plano de negócio é um documento que descreve por escrito os objetivos de um negócio e quais passos devem ser dados para que esses objetivos sejam alcançados, diminuindo os riscos e as incertezas. Ele permite identificar e restringir seus erros no papel, evitando que você os cometa no mercado.
Um plano de negócio pode ser usado para se conseguir novos sócios e investidores, para estabelecer parcerias com fornecedores e clientes ou mesmo para ser apresentado a bancos para a solicitação de financiamentos. O plano de negócio do empreendimento deve seguir cinco etapas em sua elaboração: Sumário Executivo, Análise de mercado, Plano de Marketing, Plano Operacional e Plano Financeiro.
Sumário executivo
O empreendedor terá que analisar e descrever com cuidado o sumário executivo, pois o mesmo deve ser claro, conciso e não ser extenso &#8211; deve ser escrito no máximo em três folhas. O sumário executivo é um resumo do Plano de negócio, não se trata de uma introdução ou justificativa, e sim de um sumário contendo seus pontos mais importantes. Nele irá constar: resumo dos principais pontos do plano de negócio; dados dos empreendedores, experiência profissional e atribuições; dados do empreendimento; missão da empresa; setores de atividades econômicas; forma jurídica; enquadramento tributário; capital social e fonte de recursos.
Análise de mercado
A análise de mercado é uma das etapas mais importantes da elaboração do seu plano. É nessa etapa é que o empreendedor faz o estudo do composto de mercado, o estudo do cliente, fornecedores, concorrentes. Os clientes não compram apenas produtos, mas soluções para algo que precisam ou desejam, assim o empreendedor pode identificar essas soluções se conhecê-los melhor. Já o estudo do mercado fornecedor compreende todas as pessoas e empresas que irão fornecer as matérias-primas e equipamentos utilizados para a fabricação ou venda de bens e serviços. Mantenha um cadastro atualizado desses fornecedores. Pesquisar, pessoalmente ou por telefone, questões como: preço, qualidade, condições de pagamento e o prazo médio de entrega. Essas informações serão úteis para determinar o investimento inicial e as despesas do negócio. Por fim, procure identificar quem são seus principais concorrentes. A partir daí, visite-os e examine suas boas práticas e deficiências.
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Plano de marketing
No plano de marketing, irá constar:
1. A descrição dos principais produtos e serviços a serem desenvolvidos pelo futuro negócio.
2. O preço, que deve considerar os custos do produto ou serviço e ainda proporcionar o retorno desejado; 
3. As estratégias promocionais. Promoção é toda ação que tem como objetivo apresentar, informar, convencer ou lembrar os clientes de comprar os seus produtos ou serviços &#8211; determine de que maneira você irá divulgar seus produtos, pois todas as formas de divulgação implicam em custos; 
4. A estrutura de comercialização, que diz respeito aos canais de distribuição, isto é, como seus produtos e/ou serviços chegarão até os seus clientes. 
5. E por último deve determinar a melhor localização para a instalação de seu negócio e justificar os motivos da escolha desse local. A definição do ponto está diretamente relacionada com o ramo de atividades.
Plano operacional
O plano operacional mostra como o negócio vai funcionar na prática, em suas operações. Ele está divido em: 
1. Layout ou arranjo físico 
Irá definir como será a distribuição dos diversos setores da empresa, um bom arranjo físico traz uma série de benefícios, como: aumento da produtividade; diminuição do desperdício e do retrabalho; maior facilidade na localização dos produtos pelos clientes na área de vendas; melhoria na comunicação entre os setores e as pessoas.
2. Capacidade produtiva, comercial e de prestação de serviços
3. Processos operacionais 
Registrar como a empresa irá funcionar você deve pensar em como serão feitas as várias atividades, descrevendo, etapa por etapa, como será a fabricação dos produtos, a venda de mercadorias, a prestação dos serviços e, até mesmo, as rotinas administrativas.
4. Necessidade de pessoal 
Faça a projeção do pessoal necessário para o funcionamento do negócio.
Plano financeiro
O plano financeiro indicará ao empreendedor a viabilidade de seu futuro negócio. Nele será estudado o investimento total, que irá determinar o total de recursos a ser investido para que a empresa comece a funcionar. O mesmo é formado por: 
1. Investimentos fixos
2. Capital de giro
O capital de giro é o montante de recursos necessário para o funcionamento normal da empresa, compreendendo a compra de matérias-primas ou mercadorias, financiamento das vendas e o pagamento das despesas. Ele representa o valor em dinheiro que a empresa precisa ter disponível para cobrir os custos até que as contas a receber de clientes entrem no caixa.
3. Investimentos pré-operacionais
Compreendem os gastos realizados antes do início das atividades da empresa, isto é, antes que ela abra as portas e comece a vender
4. Estimativa dos investimentos fixos
Corresponde a todos os bens que você deve comprar para que seu negócio possa funcionar de maneira apropriada. 
5. Estimativa do faturamento mensal
Uma forma de estimar o quanto a empresa irá faturar por mês é multiplicar a quantidade de produtos a serem oferecidos pelo seu preço de venda, que deve ser baseado em informações de mercado. 
Após reunir as informações sobre as estimativas de faturamento e os custos totais (fixos e variáveis), é possível prever o resultado da empresa, verificando se ela possivelmente irá operar com lucro ou prejuízo.
Por último o Plano Financeiro irá mostra também os Indicadores de viabilidade, que são: Ponto de equilíbrio, Lucratividade, Rentabilidade e Prazo de Retorno do investimento.
Após realizar todas as etapas para elaborar o plano de negócio do empreendimento, o empreendedor deve fazer uma avaliação de seu planejamento, pois um plano de negócio bem elaborado torna-se um instrumento ideal para traçar um retrato fiel do mercado, do produto e das atitudes a serem tomadas. Também propicia segurança para quem quer iniciar uma empresa com maiores condições de êxito ou mesmo ampliar ou promover inovações em seu negócio. 
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Etapas do plano de negócio para seu empreendimento

O plano de negócios contém etapas que, quando bem elaboradas, norteiam todo o projeto de implantação do novo negócio

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Administradores | Conhecimento para Resultados

Em nossa sociedade encontramos diversos profissionais, trabalhando em diversos ramos, que desenvolvem seus papeis para viabilizar o crescimento e desenvolvimento local, dentre esses temos o surgimento do Empreendedor Social que é um profissional motivado em propor a resoluções para problemas de uma sociedade através de ações inovadoras e sustentáveis, ele cria empreendimentos com missão social.
 Os empreendedores sociais muitas vezes parecem estar “possuídos” por suas ideias, dedicando suas vidas para mudar a sociedade, esses conseguem ser visionários e realistas ao mesmo tempo, se preocupando com a aplicação prática da sua visão acima de tudo.
 Esse profissional está disposto, imbuído pelo seu espírito empreendedor, a proporcionar uma ponte entre comunidade, governo e setor privado, através de parcerias. Ele inicia esse processo com a observação de uma situação social, ou seja, uma situação problema de uma determinada localidade, logo após sua identificação, surge sugestões e alternativas para enfrentar tal situação. Não é tarefa difícil relacionar os problemas enfrentados por nossa sociedade, mas o mais desafiador está em proporcionar alternativas sustentáveis para a resolução de problemas sociais. Hoje existem várias pessoas que estão voltadas para promover o bem social, muitas delas promovem ações sem fins lucrativos, um exemplo são as ONGS, as quais estão voltadas para atender as necessidades de um grupo de pessoas.
 Como a missão do empreendedor social é criar, inovar com objetivo de atingir o bem comum, parece que esse conceito está cada vez mais explicito, e chama cada vez mais a atenção entre governantes, instituições que incentivam projetos e pesquisas com esse foco. Se analisarmos o atual cenário brasileiro podemos perceber que estamos sendo movidos pela uma “onda” de “ideias solidárias”, de empreendedores buscando parcerias, inovando na busca de recursos, em campanhas cada vez mais ousadas para beneficiar a sociedade. O surgimento de inúmeras instituições voluntárias e Ongs faz com que sejamos imbuídas a participar, e essa atitude é cada vez mais valorizada perante a sociedade.
 Tudo isso nos faz pensar que temos de alguma maneira entrar nessa “onda”, seguir essa tendência, pois a sociedade está clamando por iniciativas, e o empreendedor social deve estar pronto com ações voltadas e alternativas sustentáveis para sua sociedade. Portanto sejamos parceiros de nos mesmos, empreendedores sociais, pois desenvolver ações voltadas para o bem comum tem inúmeras vantagens, e devemos aproveitar essa “onda de solidariedade” para identificarmos nosso papel perante a sociedade e atender as particularidades da comunidade em que estamos inseridos. O resultado é o crescimento mutuo, onde a sociedade ganha desenvolvimento de qualidade de vida e esperança de um futuro melhor; e o empreendedor “conhecimento para uma vida mais inovadora e desafiadora”.

Você conhece o empreendedor social?

Os estudos na área do empreendedorismo mostram que as características do empreendedor ou do espírito empreendedor, da indústria ou da instituição, não é um traço de personalidade. Para Meredith, Nelson e Neck (apud UFSC/LED 2000 p. 51) “ Empreendedores são pessoas que têm a habilidade de ver e avaliar oportunidades de negócios; prover recursos necessários para pô-los em vantagens; e iniciar ação apropriada para assegurar o sucesso. São orientadas para a ação, altamente motivados; assumem riscos para atingirem seus objetivos”.
O empreendedor tem um novo olhar sobre o mundo à medida que presencia a evolução. Valoriza suas experiências, valoriza seu valor, tomando decisões e decisões acertadas. Abre novas trilhas, explora novos conhecimentos, define objetivos e dá o primeiro passo.
Hoje, fala-se do “Capital Intelectual” que nada mais é do que: conhecimento, experiência, especialização. Ferramentas ou estratégias utilizadas para se ter sucesso e ser competitivo. É o conhecimento e a capacidade gerando novas idéias. O foco está nas pessoas. Assim, o perfil do profissional de sucesso que lidera suas concepções e suas atitudes está em pessoas que conseguem harmonizar esforços individuais ou coletivos e que criam algo novo e criativo.
As qualidades pessoais de um empreendedor, entre muitas, destacam-se: iniciativa, visão, coragem, firmeza, decisão, atitude de respeito humano e capacidade de organização e direção.
Traçar metas, atualizar conhecimentos ser inteligente, do ponto de vista emocional, conhecer teorias de administração, de qualidade e gestão, são mudanças decorrentes da globalização e da revolução da informação. O empreendedor deve focalizar o aprendizado nos quatro pilares da educação: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser, e com isso, ser capaz de tomar a decisão certa frente à concorrência existente. Novas habilidades vêm sendo exigidas dos profissionais para poderem enfrentar a globalização com responsabilidade, competência e autonomia.
Buscam-se profissionais que desenvolveram novas habilidades e competências, com coragem de arriscar-se e de aceitar novos valores, descobrindo e transpondo seus limites. O futuro é cheio de incertezas, por isso, é preciso refletir sobre: habilidades pessoais e profissionais; criatividade; memória; comunicação; como enfrentar este século. Diferenciar-se dos demais, revalidar seu diploma pessoal e profissional, rever convicções, incorporar outros princípios, mudar paradigmas, sobrepor idéias antigas às novas verdades, este é o perfil do profissional que, trocando informações, dados e conhecimentos, poderá fazer parte do cenário das organizações que aprendem, das organizações do futuro. São mudanças socioculturais e tecnológicas que fazem repensar hábitos e atitudes frente às novas exigências do mercado.
Essas qualidades ajudam a vencer a competitividade dos tempos modernos. Pela experiência pode-se afirmar que a maioria das pessoas, se estimuladas, podem desenvolver habilidades empreendedoras. Ouve-se e fala-se que o empreendedor precisa ter visão. Visão pessoal. Uma visão que vem de dentro. A maioria das pessoas tem pouca noção da verdadeira visão, dos níveis de significado. Metas e objetivos não são visão. Ser visionário é imaginar cenários futuros, utilizando-se de imagens mentais. Ter visão é perceber possibilidades dentro do que parece ser impossível. É ser alguém que anda, caminha ou viaja para inspirar pensamentos inovadores.
Os riscos fazem parte de qualquer atividade, sendo necessário aprender a administrá-los, pois eles são um dos fatores mais importantes que inibem o surgimento de novos empreendedores. Um outro fator inibidor é o “capital social” que são valores e idéias que sublimemente nos foram incutidos por nossos pais, professores, amigos e outros que influenciaram na nossa formação intelectual e que, inconscientemente, orientam nossas vidas.
A decisão é de cada um. Interagir, refletir, deixar a cada um o momento de uma descoberta e desenvolvendo habilidades específicas para o sucesso da sua escolha é de responsabilidade única e exclusiva. Estabelecer relações que possam servir de suporte ao desenvolvimento e aprimoramento da idéia do negócio e sua sustentação.
Um empreendedor é um administrador, necessita ter conhecimentos administrativos, ter uma política para a empresa, ter diligência, prudência e comprometimento. Ser empreendedor é voar, quando uma pessoa se lança ao desafio de criar um negócio próprio ela está literalmente ganhando asas.

Perfil empreendedor, você nasce com ele ou adquire?

Quem houve falar em empreendimento pensa logo em aumentar as suas vendas e obter lucros cada vez maiores. E para isso cada empresa procura desenvolver politicas que incrementem as suas vendas e ofertar produtos que o mercado consumidor espera ansiosamente por novidades em todas as áreas do comercio. E esses empreendimentos normalmente também são desenvolvidos nas áreas comerciais, industriais e de serviços etc. É claro que o que cada empreendedor busca é a transformação de sonhos, em empreendimentos que se materializam para suprir as necessidades desafiadoras de gerar negócios, gerar sucessos e gerar realizações. 
Portanto, nem todo esse empenho será obtido se não houver investimento na parte mais preciosa da empresa seja qual o seu tamanho ou negócio comercial. De que o empreendimento pessoal, e que não vem somente da promoção pessoal e do perfil empreendedor, mas sim da realidade cada vez mais apertada e competitiva do mercado de trabalho e no qual os empreendedores são “forçados” a promover, alimentar e inovar seu “empreendimento pessoal”. Esse empreendedor deve ser perspicaz para conhecer e desenvolver tais habilidades do seu perfil, e concretizá-las em seu “Empreendimento pessoal”. Alguns tópicos serão relevantes para que se alcance essa meta desejada por este novo perfil de empreendimento. Tais como:
Investir em seus objetivos e metas para que sejam claros e tangíveis dando rumo a sua carreira pessoal, com prazos determinados e ousados para atingi-los. Definir estratégias baseados em cenários prospectados de onde queres chegar, visualizando, de certa maneira, circunstancias as quais possa se adaptar mais rapidamente frente à competitividade acirrada.
Ter consciência que perseguindo padrões de qualidade pessoal somado a persistência de estar atualizado no mercado, você estará mais próximo de alcançar seu objetivo maior, o SUCESSO.
Para que o empreendimento pessoal passe de uma meta a um projeto realizado, exige dedicação, responsabilidade, sacrifícios pessoais, dar diariamente mais um passo ao alcance dos objetivos; pois esse investimento tem uma alta taxa de retorno e lucrativamente só existe um beneficiário oficial, você!
Para tanto, o perfil desse novo empreendedor passa a exigir novas habilidades, até então relegadas a segundo plano e até mesmo negadas nas relações de trabalho anteriores. Acresce que, a esses papéis, soma-se ainda a necessidade de lidar com as tecnologias de informação e de comunicação (presentes nos novos equipamentos e instrumentos) que demandam o domínio de códigos abstratos e novas linguagens. Outras competências, como raciocínio lógico-abstrato, habilidades sócio comunicativas, responsabilidade, disposição para correr riscos e espírito de liderança, passaram a ser demandadas. A destreza em outras línguas (como inglês) e linguagens (como informática) está se tornando pré-requisito para o ingresso e manutenção em um mercado de trabalho estruturado. Disposição para ‘aprender a aprender’ em temporalidade contínua, ao longo da vida, também passou a fazer parte do portfólio mínimo para a empregabilidade. O exercício destas novas competências terá como resultado um trabalhador empreendedor.
Assim, seja um investidor nesse empreendimento; forme, fortaleça sua rede de contatos, acredite em si mesmo, se por acaso você errar, cair, levante e recomece, pois errar faz parte de qualquer natureza humana, faça dos seus erros uma OPORTUNIDADE para se tornar ainda melhor, mais eficaz e eficiente naquilo que você “perito”. E tenha certeza que esse investimento irá projetá-lo e com certeza será o seu diferencial competitivo no mercado, será sua principal ferramenta para estabelecer o caminho a ser percorrido em busca do tão sonhado SUCESSO!

Empreendimento pessoal: investimento altamente lucrativo

As recomendações são uma ferramenta poderosa para validar habilidades e experiências, além de cultivar um networking sólido



Como profissional de RH que recruta pelo LinkedIn, posso afirmar que as recomendações são uma ferramenta poderosa para validar habilidades e experiências, além de cultivar um networking sólido. Aqui estão alguns pontos importantes sobre o valor das recomendações:



Insights: As recomendações nos fornecem retornos valiosos sobre nós mesmos, auxiliando na identificação de nossos pontos fortes e áreas a serem aprimoradas.





Recíproca: O sentimento positivo de receber um retorno encorajador nos inspira a retribuir a gentileza, fortalecendo ainda mais nosso networking.



Estratégia para Solicitar Recomendações: Para conseguir boas recomendações no LinkedIn, seja estratégico: escolha pessoas que conhecem bem seu trabalho, priorize colegas e líderes diretos, e envie uma mensagem pessoal explicando seu pedido com gentileza.



Impacto no Algoritmo do LinkedIn: Quanto mais recomendações você tiver, melhor será o desempenho do seu perfil frente ao algoritmo do LinkedIn. Isso significa que, além de agregar mais valor a si mesmo, as recomendações ajudam seu perfil a aparecer no topo do ranking na sua categoria de atuação no mercado.

A importância das recomendações no LinkedIn

O futuro não precisa ser entregue ao digital. Ele precisa ser relacional. A máquina nos mostrou o que éramos; agora, cabe a nós decidir o que seremos



Vivemos fascinados por uma ficção distópica: a de que, em um futuro próximo, a inteligência artificial se voltará contra a humanidade em um levante bélico, usando drones para bombardeio aéreo e robôs de limpeza para contaminar ambientes, por exemplo. Filmes e livros nos preparam para a batalha contra o hardware que ganha consciência. Contudo, a verdade é mais sutil e perturbadora: essa rebelião já começou, e fomos nós que a iniciamos.



Ela não se manifestou com armas, mas com algoritmos. Não com destruição, mas com a incessante busca por eficiência. Não com ódio, mas com a pressa que nos impede de sentir e refletir. A máquina não se revoltou; ela apenas nos espelha, com perfeição assustadora, os vícios que lhe treinamos.



Para compreender essa revolução interna, eu me debrucei em uma obra que me parece fundamental revisitar para compreender o diagnóstico do filósofo sul-coreano Byung-Chul Han.



Na sua obra mais influente, A Sociedade do Cansaço, Han descreve a transição da Sociedade Disciplinar (o modelo de controle baseado na proibição, típico do século XX, com suas fábricas e hospitais e lares onde o jovem só podia namorar sob supervisão) para a Sociedade do Desempenho (o modelo atual, baseado na auto-otimização e na positividade).



A grande mudança é que o maior opressor não está mais fora, mas sim dentro de cada indivíduo. O homem moderno é o "sujeito do desempenho", alguém que acredita ser livre, mas vive escravo da própria produtividade.





O açoite da cobraço foi internalizado. Não precisamos de um capataz, pois nos tornamos nossos próprios algozes, impulsionados pela crença neoliberal de que "tudo é possível" e que o fracasso é uma falha de esforço individual. Essa pressão incessante por performance, por mais resultados, mais entrega e mais eficiência, culmina em uma exaustão crônica que Han identifica como a causa da explosão de doenças psíquicas como burnout, depressão e ansiedade.



No mundo digital, essa lógica se ampliou e se sofisticou através da Psicopolítica. O poder não se manifesta mais pela repressão, mas pela sedução e pela transparência.



A inteligência artificial e os algoritmos de engajamento são o ápice dessa psicopolítica. Eles não nos destronam; eles nos estudam, classificam e julgam com base em métricas. Dashboards, KPIs e likes tornaram-se os novos templos da devoção moderna.



A máquina, portanto, não é o inimigo que se levanta, mas sim o reflexo amplificado dos nossos vícios: a pressa em reagir a notificações, a vaidade de parecer produtivo, a necessidade de validação constante.



Enquanto celebramos a automação, nós mesmos nos automatizamos. Reagimos a estímulos, vivemos entre telas que nos monitoram e, no processo, perdemos a soberania sobre nosso próprio psiquismo. As máquinas não querem o poder; elas querem apenas continuar refletindo o que ensinamos a elas, e, nesse reflexo, nos mostram o que deixamos de ser.



Se o sistema de desempenho reside na mente, a resistência não pode ser política no sentido clássico. A verdadeira rebeldia, segundo Han em O Aroma do Tempo, é a pausa.



Resistir é não produzir. É reaprender o ócio e o tédio criador, que foram banidos pela ditadura da produtividade. Somente o tédio profundo abre o espaço para a criação e a reflexão, para a vita contemplativa (vida contemplativa) que a aceleração digital destruiu.



No entanto, o diagnóstico de Han, embora claro, precisa de um antídoto que seja vivido. É aqui que, humildemente, coloco a minha opinião: precisamos ir além da crítica filosófica para a prática existencial.



O remédio contra o cansaço existencial e a tirania algorítmica não está em uma nova tecnologia, mas no retorno aos vínculos humanos e ao espaço interior.



A meditação ou a oração (independente da fé) são atos de reinicialização espiritual. Elas representam o shutdown da mente, uma pausa no código que devolve ao ser humano aquilo que o sistema removeu: a presença.



“A meditação é a pausa no código; a oração, o reconhecimento de que não somos o programador.”



São práticas que nos lembram que não somos máquinas de desempenho, como diz o professor português António Damásio: Não somos máquinas de pensar, pelo contrário, somos máquinas de sentir que pensam.



O lar é o nosso data center emocional. É onde se faz o backup daquilo que a rotina corrompe. Família e amigos são os pilares da alma, a infraestrutura relacional que sustenta o equilíbrio que a tecnologia nunca fornecerá.



A verdadeira nuvem não é a que armazena dados (fundamental para nosso futuro tecnológico), mas a que abriga pessoas. Cultivar o afeto, a conversa sem pressa e o convívio presencial é um ato radical de resistência contra a digitalização total da vida.



Podemos reverter a lógica da aceleração por pequenas revoluções diárias:



O que nos salvará não será apenas a automação, mas a atenção. A inteligência artificial pode imitar o pensamento e a produtividade, mas jamais compreenderá o significado do afeto, do silêncio e da presença.



Entre o dado e a pausa, entre o código e a oração, existe uma zona que nenhuma máquina habita: o humano, essa interface misteriosa entre o finito e o eterno, que só se revela quando desaceleramos.



O futuro não precisa ser entregue ao digital. Ele precisa ser relacional. A máquina nos mostrou o que éramos; agora, cabe a nós decidir o que seremos.

A rebelião silenciosa: como a máquina apenas reflete a nossa própria tirania

Se uma criança usa lápis e cartolina para expressar “eu te amo”, “eu gosto”, “eu penso em você”, então oferecer robótica é dar a ela uma nova cartolina do século XXI



Quando falamos em habilidades fundamentais para a vida: ler, escrever, contar. Estamos falando de linguagens: maneiras de expressar, compreender e interagir com o mundo. Hoje, com o ritmo acelerado das mudanças tecnológicas, aparece uma nova linguagem que acompanha esse mundo: a robótica.&nbsp;



E essa não é uma linguagem reservada a engenheiros. É um modo de expressar ideias, sentimentos, imaginação. Tal como a criança usa o lápis para desenhar, a robótica permite que a criança “desenhe em movimento”, “programe o seu pensamento”.



<h2 class="wp-block-heading">Do desenho na cartolina à máquina que pensa</h2>



Imaginemos a cena: uma turminha de jardim de infância recebe uma cartolina para desenhar um presente para o Dia das Mães ou um cartão de Natal. Cada traço, cada cor, é a tentativa da criança de dizer “eu te amo”, “gosto de você”, “você é importante”. É a linguagem dela (ainda que simples) de expressão.



Agora, alguns anos depois, essa mesma criança poderia montar um robô que se move, reage, acende luzes, interage e com isso expressar “eu penso que posso”, “eu posso construir”, “eu posso criar”.



A essência é a mesma: comunicar-sentir-criar. Só que a robótica amplia o campo: ideias se transformam em ação concreta.





<h2 class="wp-block-heading">Por que a robótica importa desde cedo</h2>



Pesquisas recentes mostram que a robótica educacional não apenas desperta interesse em tecnologia, mas traz benefícios cognitivos concretos:



&nbsp;- Um estudo com crianças de 6 a 8 anos verificou que atividades de robótica melhoraram memória visuoespacial, raciocínio lógico e abstrato.



&nbsp;- Outra revisão encontrou forte evidência de que robótica em educação primária desenvolve computational thinking (pensamento computacional), habilidades de observação, manipulação, geração de hipóteses e trabalho em equipe.



&nbsp;- Além disso, pesquisas apontam que crianças com necessidades especiais, como TDAH ou autismo, têm mostrado ganhos em participação, foco e comunicação com o uso da robótica.&nbsp;



Esses achados reforçam que robótica não é “apenas um módulo extra”. É uma ferramenta de expressão, de cognição, de socialização.



<h2 class="wp-block-heading">Linguagem, pensamento e expressão</h2>



Para nós, que acreditamos que aprender ler e escrever não significa necessariamente se tornar escritor, e que aprender matemática não exige que se torne físico, a robótica deve ser vista sob o mesmo prisma:



&nbsp;- A criança não precisa aprender robótica para se tornar engenheira.



&nbsp;- Ela precisa aprender robótica para poder expressar, aprender, perguntar e construir. Para ter acesso a uma linguagem nova que permite: idealizar e realizar. Quando a escola oferece robótica, ela está oferecendo aos alunos mais do que máquinas: está oferecendo acesso a um sistema de pensamento, de construção, de expressão.



<h2 class="wp-block-heading">Quanto mais cedo, melhor</h2>



O momento ideal para introduzir essa linguagem é precisamente quanto mais cedo possível. Não porque os robôs “mais cedo” serão superavançados, mas porque a plasticidade mental da infância permite absorver a linguagem de forma natural, integrando-a ao repertório de expressão habitual da criança.



Em termos simbólicos: se a criança desenha um sentimento aos 4-5 anos, aos 8-9 anos poderia construir um robô que reage ao toque para expressar uma ideia de “ajuda” ou “amor”. Quanto antes ela tiver a linguagem à disposição, mais espontânea será sua utilização.



<h2 class="wp-block-heading">Trace conexões com a cartolina e com o pensamento</h2>



Voltando à cartolina: desenhar é uma linguagem que permite colocar o invisível (um sentimento) no visível (o papel). A robótica faz algo semelhante: permite colocar no “mundo dos objetos” aquilo que antes estava no “mundo da mente”.



&nbsp;- A criança imagina: quero que ele ande, que ele acenda, que ele ajude.



&nbsp;- A criança monta: sensores, motores, lógica.



&nbsp;- A criança programa: sequências, condições e vê aquilo mover-se, acender-se, virar expressão.



<h2 class="wp-block-heading">O papel da escola e dos educadores</h2>



Para que essa linguagem funcione, a escola tem papel central não apenas em disponibilizar kits de robótica, mas em tratar a robótica como linguagem curricular, como extensão das linguagens tradicionais, e não como “atividade extra”. Algumas práticas se destacam:



<h2 class="wp-block-heading">Impactos esperados</h2>



Para que essa linguagem funcione, a escola tem papel central não apenas em disponibilizar kits de robótica, mas em tratar a robótica como linguagem curricular, como extensão das linguagens tradicionais, e não como “atividade extra”. Algumas práticas se destacam:



&nbsp;- Projetos integrados: robótica ligada a desenhar, a narrar, a expressar um sentimento, e não apenas “montar o robô e programar”.



&nbsp;- Espaços de expressão: permitir que a criança use o robô para contar histórias, para projetar ideias, para simular situações de “eu quero ajudar”, “eu quero criar”, “eu quero explicar”.



&nbsp;- Erro como oportunidade: assim como no desenho a criança rasga, rabisca e reaplica tinta, na robótica ela desmonta, refaz e testa de novo. Isso promove resiliência, pensamento iterativo e coragem para se expressar.



&nbsp;- Linguagem compartilhada: permitir que a criança explique o que fez, por que fez, o que imaginou, e com isso transformar tecnologia em narrativa.



<h2 class="wp-block-heading">Impactos esperados</h2>



&nbsp;Quando adotamos essa visão, os impactos se estendem:



- Aumento da confiança da criança para lidar com sistemas complexos: pesquisa indica que programas de robótica aumentam a confiança de jovens crianças nas suas habilidades de programação e design.



&nbsp;- Ampliação de escolhas futuras: permitir que a criança veja tecnologia, construção e expressão como parte de seu repertório. Mesmo que ela não escolha engenharia, ela terá essa linguagem como meio de expressão.



&nbsp;- Redução da divisão técnica/social: robótica quando bem aplicada pode nivelar oportunidades, favorecer crianças de diferentes perfis e favorecer a diversidade de pensamento.



&nbsp;- Fortalecimento de competências atuais: criatividade, colaboração, pensamento crítico, comunicação. Competências que aparecem nas próprias pesquisas de uso da robótica.



<h2 class="wp-block-heading">Conclusão</h2>



Em resumo: se uma criança usa lápis e cartolina para expressar “eu te amo”, “eu gosto”, “eu penso em você”, então oferecer robótica é dar a ela uma nova cartolina do século XXI. Na escola, ao invés de encarar a robótica como “o módulo que ensina tecnologia”, podemos vê-la como “a linguagem que permite à criança criar, expressar, pensar e, mais importante, realizar”.



E, quanto mais cedo essa linguagem for disponibilizada, com suporte, com sentido, com expressão. Mais natural será para nossos alunos utilizá-las, não só para “serem engenheiros”, mas para “serem autores do que imaginam”.



Porque, no fim, isso é educação: não formar especialistas, mas formar pessoas que sabem pensar, expressar, criar e se adaptar.



<h2 class="wp-block-heading">Referências externas e leitura complementar</h2>



Efeitos cognitivos da robótica em crianças de 6 a 8 anos Estudo mostra melhora em memória visuoespacial, raciocínio lógico e habilidades de abstração com atividades de robótica.



<a href="https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/37113265" target="_blank" rel="noreferrer noopener">https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/37113265</a>



👉 Robótica e pensamento computacional na educação primária Revisão que aponta ganhos em observação, manipulação, hipótese, lógica e trabalho em equipe.



<a href="https://www.mdpi.com/2227-9709/6/4/43?" target="_blank" rel="noreferrer noopener">https://www.mdpi.com/2227-9709/6/4/43?</a>



👉 Robótica como ferramenta de inclusão Pesquisa destaca melhorias em foco, engajamento e comunicação em crianças com TDAH e autismo.



<a href="https://www.mdpi.com/2227-9709/6/4/43?" target="_blank" rel="noreferrer noopener">https://www.mdpi.com/2227-9709/6/4/43?</a>



👉 Robótica e autoconfiança em crianças Mostra como atividades com robôs aumentam a confiança das crianças em programação e design.



<a href="https://www.mdpi.com/1424-8220/23/23/9335?" target="_blank" rel="noreferrer noopener">https://www.mdpi.com/1424-8220/23/23/9335?</a>



👉 Competências do século XXI e robótica educacional Artigo que relaciona robótica com criatividade, colaboração, pensamento crítico e comunicação.



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silviana delavechia gibicoski

Além da Ideia: como o networking pode transformar sua empresa, com Reginaldo Pereira | Café com ADM 467

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silviana delavechia gibicoski

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