COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS PARA O INGRESSO DO ADMINISTRADOR NO MERCADO DE TRABALHOJaqueline Dantas AlvesGraduada no Curso de Administração Pós graduanda em Gestão de Pessoas RESUMOO presente estudo apresenta as competências essenciais que os graduandos e graduados em Administração tem que conhecer a fim de poder enfrentar as mudanças repentinas que vem ocorrendo no mercado. Com base na pesquisa bibliográfica, constatou-se que, no Brasil, as principais falhas de capacitação são apontadas por falta de inglês fluente, de conhecimento de TI e de consciência socioambiental. Sendo assim, é necessário que o administrador saiba quais conhecimentos devem ser adquiridos e aperfeiçoados para novos desafios e habilidades que são exigidos no âmbito competitivo do mercado. Palavras-chave: formação profissional; capacitação; mercado de trabalho. 1. INTRODUÇÃO Pesquisas mostram que o mercado não reserva lugar para quem não aperfeiçoa. Isto não só vale para os profissionais que estão atuando, como também para os graduandos em Administração que não procuram uma melhor capacitação profissional.Algumas qualidades como: capacidade de liderança, raciocínio lógico, criatividade, sociabilidade, espírito empreendedor, desenvolvimento de talentos, adaptação as mudanças, autoconhecimento e autocontrole fazem a diferença na hora de lidar com situações definidoras na profissão.No Brasil, dados apontam que a principal deficiência de qualificação profissional está em conhecimento em línguas, onde apenas 1,3 milhões de profissionais falam fluentemente Inglês – pré-requisito básico para atuar em empresas de grande porte e em cargos de liderança que exigem conversação negocial. (CABRERA, 2009, p. 90) Também tem sido difícil encontrar profissionais capacitados e com perfil adequado para trabalhar em empresas que exigem conhecimento em TI, e a falta de consciência socioambiental, pois desenvolver negócios sustentáveis vai se tornar responsabilidade de todo executivo. Esta é uma característica que ainda não é altamente exigida, mas que deve ser valorizada futuramente.Cada vez mais profissionais, principalmente no nível executivo, estão se defrontando com novos desafios, tais como: globalização descentralização, downsing e terceirização. Neste sentido, o administrador deverá saber quais habilidades que lhe serão exigidas, num ambiente tão tumultuado e competitivo.Hoje, a evolução tecnológica acelerada é outro fator fundamental para a compreensão das mudanças que estão ocorrendo; além disso, a descentralização dos processos de decisão e ação é uma reação das organizações, em busca de agilidade, que está se consolidando cada vez mais.Considerando-se que o perfil do 'novo administrador' seja um eterno aprendiz, utilizando-se da melhor forma possível do conhecimento, que visa mostrar que o administrador, como agente de transformação dessas relações necessita de um novo perfil, caracterizando pela necessidade emergente de mudar a sua maneira de vislumbrar o processo de aprendizagem como uma forma de qualificação e requalificação profissional. Assim, torna-se importante fazer uma análise de como esse administrador pode se tornar o principal elemento capaz de manter as organizações competitivas e rentáveis, através da gestão do conhecimento aliada a uma adequada formação profissional. Portanto, o presente estudo tem como objetivos orientar os alunos de administração para o ingresso no mercado de trabalho com sucesso, como também os profissionais para a capacitação contínua, e mostrar a importância da capacitação na área citada 2. O QUE AS EMPRESAS QUEREM? O mercado está em busca de profissionais que sejam mais do que líderes de equipe, querem alguém que articule, envolva pessoas que consiga influenciar chefes e colegas de outras áreas como também lidar com pessoas que é basicamente aprender a ouvir e a se colocar no lugar do outro e a manipular informações – sinônimo de saber ler e de comunicar suas ideias, que saiba exatamente porque está fazendo isso, e principalmente ser líder de si mesmo, isso significa ter um plano de carreira consciente e coerente com os próprios valores e, claro, encontrar muito prazer no faz.Segundo Diniz (2009), mais do que um gestor, as empresas querem alguém que dê resultados, conheça bastante o cliente e o mercado, fale a língua dos acionistas e ainda esteja de bem com a vida. (p. 21)Fatores importantes que implicam em conquistar vagas no mercado como inglês fluente, onde hoje, 'os indianos, nossos principais concorrentes, aprendem Inglês desde que iniciam seus estudos'. (QUADROS, 2008, p. 131)O mercado trabalha hoje com três níveis de formam: o básico, que permite a pessoa seguir instruções, o intermediário, que exige uma conversação técnica, e o avançado, para cargos de liderança, que exige uma conversação negocial, o caminho é fazer cursos profissionais, os chamados crash courses.'O nível de cultura é outro ponto falho nos brasileiros. As empresas precisam de gente culta, porque o nível cultural melhora a capacidade de diagnóstico, de entender rapidamente contextos completos e de fazer julgamento'. (CABRERA, 2009, p. 90)Outras das principais exigências são conhecer as linguagens de programação atuais como Net, Java e Frash. Essa área cresce rapidamente e vai gerar oportunidades de trabalho junto com o impulso da chegada de tecnologias de telefones móveis, pois os fabricantes de softwares tem procurado profissionais de marketing, vendas e desenvolvimento de produtos.Junto a essas tendências também está claro a falta de consciência socioambiental, que vem ganhando seu espaço em larga escala, ainda não é vetada nenhuma contratação por falta de envolvimento neste assunto, mas há uma grande tendência do assunto se firmar como pré-requisito de um fator de exclusão no futuro.Um elemento essencial para um bom desempenho é o autoconhecimento, o conjunto de características que se precisa saber de si mesmo, isso propicia a desenvolver talentos, uma das maiores armas de sucesso de um profissional. O comportamento, a comunicação, a desenvoltura e o autocontrole são traços comportamentais que não podem faltar a um talento. 'Segundo os especialistas, apenas quem tem equilíbrio emocional é feliz e é capaz de criar bons ambientes na empresa'. (Diniz, 2008, p. 16) 'A confiança também é um mecanismo que se relaciona a um conjunto de elementos da gestão principalmente motivação, satisfação e comprometimento'. (Mussak, 2009, p. 32) Talento não é só adaptarem-se as mudanças, como também 'o profissional deve ser um provocador de mudanças e levar as pessoas com ele'. (Drummond Jr., 2009, p. 11). Dentre os talentos mais raros e mais procurados estão em como combinar excelência técnica com conhecimento do negócio, experiência global, liderar e desenvolver pessoas, criatividade, inovação e antecipar/administrar riscos.Tudo isso remete a uma rígida avaliação para contratar profissionais. A novidade é a avaliação que mistura psicologia e estatística, é a psicometria para medir a capacidade de raciocínio lógico e eliminar o alto grau de subjetividade do candidato. 'É difícil falsear as respostas quando você é analisado em situações práticas'. (Bottoni, 2009, p. 26) Onde o objetivo desse processo não é fazer um ranking de melhores candidatos e sim identificar as habilidades e reconhecer qual é o mais apto para exercer a função. 3. QUAIS OS MECANISMOS DE APERFEIÇOAMENTO PARA QUEM JÁ ESTÁ NO MERCADO? 'Uma prática que se tornou comum dentre os que já atuam é o coaching que hoje é destinado aos profissionais que dão resultado e representam o futuro da empresa'. (Terzian, 2009, p.11) O coaching pretende apoiar e desenvolver a performance e o crescimento profissional do indivíduo. Visa fortalecer uma habilidade específica e tem data para começar e terminar. Dentre os benefícios dessa prática, revela-se que há melhoria na flexibilidade, aprimoração na capacidade de ouvir, de se relacionar melhor e uma maior aceitação ás mudanças.Além do coaching são salientadas outras atividades que facilitam a melhor reciclagem do profissional: o couselling, que ajuda a tomar decisões de acordo com a trajetória profissional no longo prazo e, o mentoring, que passa pela aquisição de conhecimento com um profissional de destaque em sua área, capaz de dar conselhos e passar sua experiência, ao contrário do coaching e do couselling, é gratuito e nasce de um relacionamento pessoal.Hoje no Brasil também está em ascensão o MBA, que é indicado para o profissional graduado, com experiência e de preferência que já ocupe um cargo de liderança, porque além de gerir pessoas e negócios, o MBA costuma vir acompanhado de promoção de cargo e de salário. Cursos curtos também são bem aceitos, não substituem o MBA, mas podem servir de complemento, que faz com que a carreira não fique estagnada.Para tudo isso, é necessário que o profissional tenha objetivos fixos, trace novos caminhos e que descubra o que falta para completar uma melhor atuação na carreira, que esses resultados podem ser descobertos a partir de uma consultoria especializada em tal desenvolvimento. Outra maneira de se atualizar é através do networking, é uma rede de relacionamentos, que quem sabe usá-lo tem mais chance de criar novas oportunidades de negócios, contratarem pessoas e descobrir o que as outras estão fazendo. 4. METODOLOGIA O trabalho em tela constitui-se de uma pesquisa bibliográfica, que de acordo com Gil (2006), é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Tendo também como fonte de pesquisa revistas e sites especializados sobre o tema estudado, com interpretações de vários autores na literatura. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Observa-se que, através do que foi mensurado na pesquisa, é nítida a exigência das empresas em seus processos seletivos, em manter seus colaboradores na organização, como também é necessário ter conhecimento das competências que fazem com que o profissional se torne um profissional indispensável, e como, onde aperfeiçoar sua formação e tirar proveito dos seus talentos, a partir dessas exigências foram criados fatores que tem como fim sugerir competências, visibilidade do mercado, e a oportunidade de aperfeiçoamento a fim de fazer a diferença, frente às empresas que procuram bons resultados, administradores aptos a exercer a função desejada e que suportem o acúmulo de funções e talentos que competem a essa tendência no mercado atual. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOTTONI, Fernanda. Teste de competências. Você S/A, São Paulo, nº 128, fev. 2009. CABRERA, Luiz Carlos, Boa formação faz a diferença. Você S/A, São Paulo, nº 129, mar. 2009. DINIZ, Daniela. Torne-se um líder completo. Você S/A, São Paulo, ano 01, nº 07, p. 16-21. DRUMMOND JR, José Aurélio. O que dizem os presidentes. Você S/A, São Paulo, ano 01, p. 11. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2006 . GRANATO, Alice. Estudar vale ouro: Pesquisa mostra até onde a escola aumenta a chance de conseguir emprego, multiplica o salário e garante o sucesso na carreira. Veja. Disponível em: <[http://veja.abril.com.br/230998/p_110.html]>. Acesso em 23 abr. 2009. LIMA, João Gabriel de. A descoberta do talento: Concentrar esforços naquilo que se faz bem é a maior ferramenta para o sucesso no mundo das profissões. Veja. Disponível em: <[http://veja.abril.com.br/300604/p_090.html]>. Acesso em 23 abr. 2009. LOTURCO, Roseli. Saiba o que é melhor pra você: As possibilidades de educação para profissionais que pensam em se desenvolver são muitas depois da graduação. Veja como funcionam e para que servem as mais comuns do mercado. Você S/A. Disponível em: <[http://vocesa.abril.com.br/edições/9118/aberto/matéria/mt_406534.shtml]>. Acesso em 05 abr. 2009. MUSSAK, Eugenio. Gestão e confiança. Você S/A, São Paulo, nº 128, fev. 2009. PICORAL, Daniela. Pronto para ser contratado: Quem tem emprego pode perde-lo. Quem é empregável, não. Uma contribuição para quem quer cuidar da carreira desde o começo. Veja. Disponível em: <[http://veja.abril.com.br/especiais/carreiras/p_080.html]>. Acesso em 23 abr. 2009. QUADROS, Benjamim. Invista na sua formação. Você S/A, São Paulo, ano 10, nº 129, p. 90, março 2009. TERZIAN, Françoise. Orientação sob medida. Você S/A, São Paulo, ano 01, p. 39. WEINBERG, Monica; BRASIL, Sandra. O segundo vestibular: os desafios de entrar num mercado de trabalho em que a concorrência para o primeiro emprego é bem maior do que aquela enfrentada para ingressar no vestibular. Veja. Disponível em: <[http://veja.abril.com.br/171203/p_168.html]>. Acesso em 23 abr. 2009.