Filosofia Existe uma energia que gera todas as infinitas possibilidades para cada plano dimensional: DEUS para cada plano. Quando nós entramos na 5ª dimensão, vamos perceber quais as infinitas possibilidades existentes, ou seja, qual a razão ou quais as possíveis razões em que os elementos poderão se combinar para ter existência na 3ª dimensão, 4ª dimensão ou em outras dimensões. O presente veio do passado que vai ser futuro… o presente é o passado do futuro. Presente, o que é? Ao pronunciar cadeira, ao pronunciar cadei cadei já é passado. Então, presente é aquilo que era…presente e passado. E o futuro? Futuro é o que vai ser…. Partindo de onde? Do presente! Futuro é o Passado do Presente. O que é, era, e vai ser. DNA Definir, nutrir, administrar é um dos vários mnemônico para DNA. Em artigo publicado pela HBR – Brasil, há duas abordagens que estabelece propósitos corporativos: retrospectiva ou prospectiva. A abordagem retrospectiva se baseia na razão de ser já existente na empresa. Ela requer que se olhe para trás, codifique o DNA organizacional e cultural e entenda o passado da empresa. O foco do processo de descoberta é interno. De onde viemos? Como chegamos até aqui? O que nos torna únicos para todos os stakeholders? Onde nosso DNA abre futuras oportunidades nas quais acreditamos? Estas são as perguntas que os líderes precisam fazer. Já a abordagem prospectiva reformula sua razão de ser. Ela requer que você olhe para o futuro, faça um balanço do ecossistema mais amplo em que deseja trabalhar e avalie seu potencial de impactá-lo. Informação Vivemos num mundo de todas as possibilidades e prever o futuro com precisão não é tão simples, chegar a um meio-termo entre cenários exagerados e intrincados sobre o que poderia ocorrer e projeções lineares que dependam demais do conhecimento passado? Aproveitar-se de experiências anteriores e o que pode ser diferente, uma saída é dividir os dados em categorias: passado – dados sobre aquilo que já aconteceu, a maioria dos indicadores financeiros e indicadores importantes de desempenho caem nesta categoria; presente – dados sobre a situação do momento, 'pipeline' de oportunidades da empresa pode entrar nessa categoria; futuro – dados sobre rumo que as coisas podem tomar e como o sistema poderia responder a uma série de possibilidades. Cuidado!!! – ao basear as decisões em indicadores no passado, pois significa apostar que o futuro será como o passado. Pelo menos parte da sua informação deveria estar na categoria 'futuro'. O medo do 'bug do milênio', os computadores especialmente os 'mainframes – computadores de grande' entrassem em pane na virada do milênio era muito grande. Para este evento se fossemos dividir os dados por categorias teríamos na categoria 'passado' os sistemas vitais com o formato de dois dígitos para o campo ano. Na categoria 'futuro' ficaram os cenários catastróficos, e na categoria 'presente' o imenso esforço foi feito para ajustar complexos sistemas de informática antes da chegada do ano 2000. Na hora 'h', houve só um punhado de pequenos problemas. A simplificação da realidade, a divisão de dados por categoria é um recurso que não deixa de computar a complexidade, ao contrário de ferramentas tradicionais de projeção. Complexidade Administrar uma empresa hoje é fundamentalmente distinto do que era 30 anos atrás. A diferença mais profunda, chagamos a conclusão é o grau de complexidade com que indivíduos precisam lidar. No mundo contemporâneo, notamos a complexidade quando entendemos que o mundo não é separado em partes, ou seja, fragmentado. Estamos, todos, encaixados em processos cíclicos e relacionais. O equilíbrio que existe entre células, organismos, sociedade, ecossistema, entre outros faz parte da complexidade do mundo contemporâneo. A capacidade de agir de modo coerente é tida como a principal propriedade que caracteriza a emergência de um comportamento complexo (Nicolis e Prigogine apud Agostinho, 2009). Do caos, surge o equilíbrio necessário à sobrevivência e ao convívio comum. Osmar Ponchirolli diz em seu artigo 'A Teoria da Complexidade e as Organizações' que 'é por meio da ordem e da desordem que a vida se mantém. A desordem obriga a criar formas de ordem'. Recentes estudos, realizado em várias empresas, investigou a importância de três estratégias conhecidas: 1) criar mercados; 2) atender amplamente às necessidades dos stakeholders; 3) mudar as regras do jogo. O resultado foi surpreendente, havia uma quarta estratégia que não foi considerada: O PROPÓSITO. Há muito tempo as Organizações encorajam a criação de propósito em suas atividades. Mas, normalmente, ele é tratado como um acessório – uma forma de criar valor compartilhado, melhorar o moral e comprometimento dos colaboradores e oferecer retorno à comunidade. Muitas companhias transferiram o propósito de periferia de sua estratégia para o centro – graças ao comprometimento da liderança e investimentos financeiros destinados a gerar crescimento lucrativo sustentável, manter-se relevantes num mundo de rápidas mudanças e estreitar laços com os stakeholders. COVID-19 Atualmente as empresas de Tecnologia da Informação – TI – estão em alta, com valor muito elevado mesmo em tempos de COVID-19. Em artigo publicado em 03 de junho de 2020 no site da Vale News -, o assessor de investimentos Gustavo Neves, da Plátano Investimento – XP Investimentos de São José dos Campo, explica que as empresas de tecnologia têm sido uma forte opção de investimentos em momentos de crise, desde o final do século passado. 'Atualmente existem 5 empresas de tecnologia representando 18% do índice S&P500, são elas: Facebook, Google, Amazon, Microsoft e Apple, empresas essas que dispensam apresentações por serem mundialmente conhecidas. O fator gerador de valor entre essas empresas é seu caráter inovador' disse Neves. A quarta revolução industrial, a segunda era das máquinas, a era cognitiva. A história nos ensina que inovações trazem consigo riscos. Kimberly Johnson, diretor de Operações da Fannie Mae, conseguiu capturar bem esse desafio: 'Riscos advindos das inovações são uma questão estratégica. O risco de não inovar equivale ao risco de inovar, isso se não for maior.' À medida que as Organizações são cada vez mais pressionadas a inovar, os executivos que trabalham com riscos precisam ajudá-las a encontrar o correto equilíbrio entre risco e benefício para alcançar o sucesso. Afinal de contas, as empresas que administram os riscos de inovação de modo eficaz são inovadoras mais eficazes. Valuation para companhias Tech e Fintechs Após discorrer pelo lado filosófico da percepção pela qual os indivíduos atribuem valor às coisas, o que se tem observado no mercado financeiro é um valuation diferencial – e muito superior – atribuído às empresas de tecnologia – 'tech' ou 'fintech' – , ou seja, os analistas de mercado e investidores tem dado um prêmio maior às tech do que empresas de segmentos tradicionais, tais como: energia, petróleo, varejistas, bancos, papel e celulose, educação e tantos outros. Este valuation dado às empresas tech, por vezes, é baseado na receita, na base de clientes, no EBITDA , ou qualquer outro índice que se possa estimar a curva de crescimento da empresas, visto que diversas techs nunca deram lucros e, dessa forma, o método tradicional – preço sobre lucro – de valuation não faria sentido. Em um levantamento feito pelo site business insider 9 (nove) companhias grandiosas e famosas tinham valor de mercado bilionário e deram prejuízo em 2018. Era o caso de Snap, Zillow, Square, Uber, Lyft, Pinterest, WeWork, Spotify, Tesla. Com exceção à WeWork (que não é listada, mas à época tinha planos de realizar uma oferta de ações), o valor de mercado destas empresas era de US$ 501 bilhões em 31/julho/2020, sendo que somente a montadora de carros elétricos Tesla valia US$ 266 bilhões. Mas por que as empresas consideradas como tech ou fintech possuem um valuation tão diferente? Uma hipótese, é que o que os investidores e analistas atribuem a essas companhias desde sua fundação não é o resultado gerado nos próximos trimestres, mas sim o quanto seus produtos e serviços serão incorporados no cotidiano dos indivíduos, pois assim estes serão absorvidos às necessidades das pessoas e empresas e, assim, as techs e fintechs crescerão exponencialmente e venderão muito, gerando assim resultados grandiosos no futuro. Exemplos famosos que seguiram esse caminho são a Apple e a Amazon que, atualmente, são companhias que valem, juntas, US$3,5 trilhões de dólares. Para o leitor ter uma ideia e para fins da dimensão do valor de mercado dessas empresas, caso Apple e Amazon fossem um país, o valor de mercado conjunto seria equivalente ao PIB (Produto Interno Bruto) da Alemanha – quarta maior economia do mundo e superior à economia da Índia, Reino Unido e, praticamente, duas vezes o Brasil. Dessa forma, analistas e investidores estão em busca neste exato momento ao redor do globo por uma 'nova Amazon'. Esta busca tem como base a valorização incrível das ações da Amazon. Caso você, caro leitor, tivesse comprado 1.000 (mil) ações da Amazon em 16 de maio de 1997 e desembolsado por isso US$1.730,00, você teria as mesmas mil ações em 31 de julho de 2020 e US$3.164.680,00. Exemplos não faltam de casos de empresas que têm sua história relacionada à Amazon, no que se refere a uma possível valorização astronômica: Alibaba, Wechat, Mercado Libre, WeWork e tantas outras empresas. Não são apenas os analistas e investidores que têm atribuído um valuation fora do normal às tech. Em outubro de 2018, a IBM – uma senhora de 109 anos de idade, fez a maior aquisição de sua história e pagou US$ 34 bilhões pela Red Hat, companhia que oferece soluções baseadas no sistema operacional Linux, além de outras soluções de software. Esta aquisição foi precificada em 12,3 vezes a receita anual gerada pela empresa e causou surpresa no mercado, visto que a IBM, até aquele momento, era conhecida por ser extremamente disciplinada com suas aquisições, sem fazer aquisições com valor de mercado fora dos normais. O Brasil também tem companhias no roll de bilionárias em valor de mercado, mas que nunca deram lucro. O caso mais famoso é o do Nubank, uma fintech do setor bancário que oferece cartão de crédito – o roxinho – a seus clientes, sem que estes paguem anuidades e outras taxas consideradas abusivas pelos brasileiros. Em 2019, numa rodada de captação feita pelo Nubank, a fintech foi avaliada em US$ 10,4 bilhões, fazendo com que a companhia ficasse à frente em valor de mercado de centenas de empresas com muitos anos de existência e que dão muito lucro, como o caso da varejista Renner, da credenciadora Cielo e tantas outras. Outro exemplo, dessa vez colombiano e, embora não brasileiro, faz muito sucesso nas terras descobertas por Cabral, é o aplicativo de entregas Rappi. Em um investimento feito pelo Softbank em 2019 de US$ 1 bilhão, o aplicativo foi avaliado em US$ 2,5 bilhões e, até 2019, a empresa não obteve lucro. Embora as tech e fintechs têm liderado os ganhos de ações nos Estados Unidos, megainvestidores como Warrent Buffet tem mesclado seu portfólio. De acordo com o site barrons.com, Buffet comprou ações do Bank of America fazendo com que o banco alcançasse o segundo lugar em seu portfólio, atrás apenas da Apple. O caso de Buffet, aliás é controverso quando se leva em consideração a hipótese de mercado eficiente de Eugene Fama, dado que, segundo Fama, não é possível obter ganhos por muito tempo acima da média – o que, obviamente, não é o caso do bom velhinho de Omaha que fez uma fortuna bilionária obtendo resultados constantes e superiores à média do mercado. Talvez aí esteja o caso de sucesso de Buffett: não apostar todas as fichas em um setor apenas, mas sim diversificar e investir nas empresas certas e nos momentos de maior oportunidade. Nos últimos anos, o setor de tecnologia liderou os ganhos no mercado americano, com empresas valendo bilhões e trilhões de dólares, sendo que, algumas delas acabaram de nascer e nem chegaram à adolescência. Em 2020, mesmo com a crise econômica mundial gerada pelos efeitos da pandemia em função da COVID-19, o índice NASDAQ Composite – que é considerado pelo mercado como uma forma de medir o desempenho das tech – bateu seu recorde histórico. Dessa forma, podemos concluir que, entender o valuation das empresa tech e fintech é importante, mas para obter ganhos no mercado de ações como Buffet, Peter Lynch, fundos que têm Nassim Taleb como conselheiro e tantos outros, estar posicionado no setor de tecnologia e nas empresas certas é ainda mais importante. Então, quem será a próxima Amazon? Não há como prever, porém a corrida de unicórnios já começou e muito 'cavalo paraguaio' já ficou pelo caminho. Autores Wilson de Goes, Engenheiro Elétrico Pós graduação em sistemas de informação, MBA em Gestão de Tecnologia (FEA), com especialização na França (EUROMED), mestrando em Administração com especialização em Gestão de Negócios pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Atualmente atua como coordenador da área de Auditoria Interna na CREDZ Adm de Cartões LTDA. Thiago Henrique Rouver Stanger é administrador de empresas, pós-graduando em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral (FDC) e mestrando em Administração com especialização em Gestão de Negócios pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Thiago atualmente é superintendente executivo de Tesouraria na Cielo e adquiriu sua experiência profissional nas áreas de Planejamento Financeiro, Controladoria, Relações com Investidores e Tesouraria em grandes empresas como a GOL Linhas Aéreas Inteligentes, Marfrig Global Foods, Cargill e Ericsson Telecomunicações – no Brasil e na Jordânia. Coautor Rodolfo Olivo, PhD em Administração pela FEA-USP, Professor de Finanças, Economia e Empreendedorismo da FIA Business School Referências BERNSTEIN, Peter. Desafio aos Deus: A fascinante história do risco. 23 ed. Trad. Ivo Korylowski. Rio de Janeiro: Elsevier, 1997. TALEB, Nassim. A Lógica do Cisne Negro: O impacto do altamente improvável. São Paulo: Best Seller, 2015. TALEB, Nassim. Antifrágil: Coisas que se beneficiam com o caos. Rio de Janeiro: Best Business, 2015. SOUZA, Ricardo et al. Cognição e funções executivas. IN: LENT, Roberto (coord.). Neurociência da menta e do comportamento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2013. p.287-302. GALAHAD, L.C. Titanomaquia, a Guerra dos Titãs. Disponível em: <https://mitologiagrega.net.br/titanomaquia-guerra-dos-titas/>. Acesso em 20 Ago. 2020.