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Quem sempre lutou desde cedo para construir a carreira como profissional ou empreendedor sabe que é uma sensação muito satisfatória colher frutos de suas realizações de alguma forma, já na casa dos 20 ou 30 anos.
&#13;
São as primeiras conquistas que significaram esforço e persistência, tudo muito digno de comemoração e prestígio.
&#13;
De toda forma, eu vejo a trajetória profissional como uma longa jornada, passível de altos e baixos, alegrias e frustrações. Nem tudo vai ser linear nesse caminho, nem necessariamente com resultado rápido.
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Então, ainda que seja bom ter vitórias profissionais o quanto antes, também é importante a paciência na carreira.
&#13;
Aprendemos nas aulas de matemática sobre a propriedade comutativa, ou seja, a ordem dos fatores não altera o resultado. É assim também na carreira. Não importa se tudo &#8220;deu certo&#8221; no começo, pois pode dar errado à frente. Não importa se tudo começou com muita dificuldade, pois pode melhorar. Cada pessoa tem sua história e caminhos; impossível comparar ou racionalizar.
&#13;
O único ponto em comum que podemos falar sempre é que o que supera todo tipo de obstáculo é a constância, o comprometimento diário de correr atrás dos objetivos e das novas realizações.
&#13;
Enxergo as conquistas profissionais como um gás para impulsionar a dedicação, pois &#8220;com grandes poderes vêm grandes responsabilidades&#8221;. Nada de cruzar os braços quando alcançamos a linha de chegada do objetivo.
&#13;
Mas, da mesma forma, encaro os desafios como trabalho de resiliência, pois são eles que vão exigir estratégias assertivas e busca por soluções viáveis, em tempo hábil. Tudo isso levando consequentemente a novas vitórias.
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<h2>Maturidade profissional faz diferença</h2>
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Mas um dos problemas de &#8220;vencer cedo&#8221; na carreira é se enganar sobre estar pronto em todos os sentidos para o desafio. Podemos ser ótimos tecnicamente, mas ainda pode faltar vivência, experiência de viver mesmo, de lidar com inúmeras situações e variáveis.
&#13;
Por exemplo, um jovem especialista que se depara com a oportunidade de gerenciar um pequeno time, pode não ter a maturidade necessária para lidar com a diversidade e multiplicidade das questões trazidas pelos liderados.
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Os colaboradores vão esperar respostas e soluções vindas do jovem líder, mas a gestão de pessoas envolve muito mais que apagar incêndios de processos.
&#13;
É difícil reconhecer que algumas conquistas profissionais podem vir na hora errada.
&#13;
Ao mesmo tempo, talvez nem exista essa questão de &#8220;hora errada&#8221;. Pois também nesses momentos de dificuldades e despreparo é que buscamos nos superar e nos desenvolver. Requer humildade e reconhecimento de que nunca estaremos prontos, mas sempre na busca ser sermos melhores, um dia de cada vez.
&#13;
<h2>Humildade para continuar aprendendo sempre</h2>
&#13;
O que me parece necessário mesmo é um estudo constante e uma imersão na experiência. Dar a cara a tapa, mostrar que está aberto a aprendizados, reconhecer que precisa de ajuda e a quem pedir socorro, para onde focar suas energias. E estar vulnerável é parte desse processo.
&#13;
A vulnerabilidade de líderes é algo constantemente subjugado. Por mim, eu prefiro ver o líder vulnerável como aquele que sabe que não pode resolver sozinho e nem deve, uma vez que tem um time justamente por isso.
&#13;
E esse reconhecimento de potenciais e habilidades dentro de uma equipe requer muita observação, escuta e troca. Algo que um jovem líder pode levar mais tempo para desenvolver. Então, sigo batendo na tecla da paciência.
&#13;
Conquistas de início de carreira às vezes têm sabor agridoce, pois significam vitória ao mesmo tempo em que são só o início de uma longa e incerta jornada.
&#13;
<h2>Mudanças também são conquistas</h2>
&#13;
Um lado delicado de ter conquistas logo no início da carreira é se sentir restrito em áreas de atuação. Quantas pessoas na casa dos 30 querem mudar de profissão, mas não conseguem por já estarem estáveis em suas especialidades?
&#13;
Eu me peguei pensando não apenas em quem está começando a encontrar um caminho na carreira, mas também em alguém que até conquistou bastante, mas está querendo se transformar profissionalmente.
&#13;
O risco de deixar de correr atrás de um sonho ou de uma nova vida é grande quando pensamos que é tarde demais para isso.
&#13;
Uma transição de carreira agora pode até não ser mais &#8220;cedo&#8221;, mas nem por isso estamos diante do &#8220;tarde&#8221;.
&#13;
Como falei antes, a vida profissional não precisa ser linear, e um profissional não precisa ser vítima de clichês impostos por nossa sociedade. Muitas questões sociais impõem em nós a necessidade de estarmos &#8220;resolvidos&#8221; antes dos 30, 40, 50.
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<h2>Experiências nunca são desperdiçadas</h2>
&#13;
Eu prefiro encarar a carreira como uma longa jornada, com caminhos que podem ir se abrindo para novas possibilidades. A questão é nunca se acomodar. A carreira pede recomeços, a vida quer novas etapas, ou seja, transições e transformações são bem-vindas.
&#13;
Ainda que eu mesmo tenha orgulho das minhas conquistas antes dos 40 – como ver as pessoas que ajudei de alguma forma a desenvolver ou impactar positivamente –, eu tenho percebido muitas pessoas em minha vida se transformando, buscando um caminho mais satisfatório como profissional.
&#13;
Espero que elas consigam perceber que todas as habilidades e todo o conhecimento adquirido em anos de carreira são alimento para a transformação.
&#13;
As experiências já adquiridas podem ser adaptadas para uma nova oportunidade de trabalho, ainda que em áreas bem distintas.
&#13;
Talvez as três coisas mais necessárias sejam estudo, posicionamento e networking.
&#13;
Com aprendizado, a pessoa se capacita mais para as necessidades da nova carreira. Com a comunicação certeira e a rede de contatos, ela usa seus objetivos enquanto cria relações estratégicas para conquistar oportunidades.
&#13;
<h2>Tenha paciência e constância</h2>
&#13;
Se você é um jovem começando já cheio de conquistas ou um profissional maduro em busca de novidades, há algo em comum aqui: a necessidade de ter paciência e constância.
&#13;
Todo o caminho profissional, seja com conquistas logo cedo, seja com transformações depois de uma longa jornada, precisa de uma mente focada e uma atitude disciplinada. Fazer o certo, pelas razões certas, sempre!
&#13;
(Imagem: iStockPhoto)

É bom "vencer" cedo, mas é melhor saber continuar crescendo

Nada de cruzar os braços quando alcançamos a linha de chegada do objetivo

É bom "vencer" cedo, mas é melhor saber continuar crescendo | Administradores

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É bom &#8220;vencer&#8221; cedo, mas é melhor saber continuar crescendo

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Toda vez que eu brinco de dizer "TBC" – tirar a bunda da cadeira –, a ideia que eu quero passar é de sempre partir para a ação, mexer, correr atrás e empenhar energia para ter resultados e avanços na carreira e na vida.&#13;
Eu percebo muitas pessoas com essa postura, mas também observo uma diferença em alguns casos. Sabe a história de fazer para ver se vai dar certo? Então, TBC não é isso. É fazer até dar certo.&#13;
Esses dias me peguei refletindo sobre isso, depois de uma situação com um jovem talentoso que trabalha em minha equipe. Apesar do talento, ele comentava que "tentaria fazer para ver se daria certo".&#13;
Senti uma postura reticente da parte dele, como se a tarefa que deveríamos fazer fosse apenas uma questão de tentativa.&#13;
E, muitas vezes, para mudarmos o patamar das coisas, precisamos acreditar que é possível, mesmo sem saber.&#13;
"Fazer para ver se vai dar certo" e "fazer até dar certo" são duas questões que podem ter uma diferença até sutil, mas o ponto-chave que as diferencia depende da atitude de não desistir nos obstáculos.&#13;
Essa característica de "acreditar, mesmo sem saber" é muito comum em empreendedores, que desenvolvem mudanças de que, muitas vezes, as pessoas vão duvidar no começo.&#13;
Por outro lado, existe muita gente talentosa e inteligente que não realiza mais porque para nas primeiras objeções.&#13;
<h2>A tal resiliência</h2>&#13;
<a href="https://administradores.com.br/artigos/resili%C3%AAncia-2" target="_blank" rel="noopener">Resiliência</a> é uma das palavras mais significativas do mundo corporativo – e em meio às dificuldades da vida pessoal também, claro. Insisto muito para não pararmos no primeiro tapa na cara.&#13;
Isso faz total diferença no processo de amadurecimento profissional e pessoal. Devemos escolher nossas lutas e seguir no enfrentamento a elas. Mas por que algumas pessoas não seguem em frente?&#13;
Será uma questão de diferença de gerações? Não sei, mesmo porque temos que levar em consideração as limitações de cada um. Cada pessoa tem sua realidade, dificuldades e ambiente.&#13;
Porém, ainda que com limitações e desigualdades sociais e de oportunidades, hoje em dia temos grande abundância de opções. É um mundo infinitamente conectado, repleto de possibilidades, fontes de informação, estudo e aprendizado.&#13;
Assim, quando um jovem, no processo de construir sua carreira, se depara com obstáculos da profissão, tem possivelmente mais chance de procurar outro estágio, outro emprego etc.&#13;
O problema que enxergo aqui é quando, diante de uma oportunidade de desenvolvimento, a pessoa não a vê como tal, mas como algo que pode ser descartado. É como sair de uma função que "levou com a barriga" para outra que provavelmente vai tocar com a mesma falta de motivação pessoal para crescer.&#13;
<h2>Comprometimento com as oportunidades</h2>&#13;
Mais uma vez, não estou dizendo, de maneira alguma, que as oportunidades são infinitas para todos ou que seja fácil. Pelo contrário. Enfrentamos dificuldades sociais, econômicas e de mercado, que limitam realmente a oferta e as chances de trabalho em muitas áreas.&#13;
Mas o outro lado disso mora justamente na falta de resiliência.&#13;
Se eu não me comprometo em persistir para fazer dar certo e desisto enquanto ainda não deu certo, como fica a minha relação com as dificuldades?&#13;
Assim, observo muito essa facilidade de abrir mão, já que "nem gostava tanto assim do trabalho". Tenho refletido que isso pode ter sido diferente em outras gerações que enfrentaram mais restrição de oportunidades.&#13;
Os jovens de antes foram obrigados a persistir mais antes de desistir. Será falta de sonhos e mais foco na praticidade? As discussões sobre as diferenças de gerações são muito amplas, com muitas características diferentes entre elas. Podemos aprofundar em outros conteúdos.&#13;
<h2>Vida melhor requer esforço</h2>&#13;
O ponto que quero chegar é sobre o sentimento de conquista com base no próprio esforço.&#13;
Será que essa troca de estágio, de emprego, essa falta de persistência diante de uma barreira não têm a ver com algumas facilidades demais?&#13;
De novo, reconheço que as realidades socioeconômicas são muito diferentes em nosso país. Mas e a parcela que, mesmo com uma oportunidade em mãos, não se esforça e se sente sempre numa mesmice, numa vida estagnada?&#13;
Vejo alguns jovens conversando muito sobre almejar uma vida diferente, cheia de sucesso, da mesma forma que os vejo pouco dispostos a sacrificar algo para seguir nesse caminho.&#13;
A juventude é simplesmente maravilhosa para dar um gás, para dar um caminho fantástico para a vida. É um período de muita energia e capacidade de aprendizado.&#13;
Ainda que muitas realidades sejam diferentes, existe uma parcela de jovens que não reconhece o quanto a resiliência de hoje será decisiva para o futuro.&#13;
<h2>Não é teimosia, é persistência</h2>&#13;
Estava lendo alguns artigos sobre gerações frustradas e, realmente, dá para entender que fazer um investimento alto, como de estudo, e não ver resultados imediatos, desencoraja a luta. É como se não valesse a pena correr atrás. Realmente, é frustrante vivenciar tal desilusão.&#13;
Mas se com esforço a vida já pode ser bem difícil, imagina sem?&#13;
Todos nós temos qualidades inestimáveis, e as pessoas que conseguem lidar melhor com o autoconhecimento vão conseguir entender quando a desistência é autossabotagem ou quando é vitimismo.&#13;
Minha avó dizia que "dar murro em ponta de faca é burrice", e eu concordo com ela. Não estou dizendo que "o certo" é manter uma teimosia infinita, mas "desistir sem tentar realmente" não deveria estar na prateleira de opções do jovem, como muitas vezes está.&#13;
<h2>Imaginar o futuro ajuda as ações do presente</h2>&#13;
O que tenho tentado falar muito com os jovens é para se imaginarem daqui a 5 anos. Se imaginar no mesmo lugar, muitas vezes pode ser um baque. Porém, para sair desse "lugar" tem que fazer algo. Fazendo a mesma coisa, sabemos que nada mudará.&#13;
Ninguém vai cuidar de nossa carreira por nós mesmos. Temos que ser protagonistas.&#13;
Para melhorar, tem que dedicar muito, tem que deixar para trás excessos, tem que ter mais disciplina.&#13;
E nem todo mundo está disposto a se dedicar DE VERDADE, embora alguns falem até para si mesmos que sim.&#13;
É um conflito grande que muitos vivem, pois querem curtir a idade, querem encontrar um emprego dos sonhos ou até mesmo empreender. É nesse ponto que a energia que mencionei antes vai ajudar em tudo isso.&#13;
Com disciplina, dá para levar um presente com satisfação e, da mesma forma, se preparar para um grande futuro. Mas tem de ralar. Tem que fazer por onde.&#13;
 Obrigações fazem parte de uma vida equilibrada e, por mais chato que seja ter que desempenhar certas atividades, elas fazem parte da jornada de uma carreira de sucesso.&#13;
<h2>Cuidado com os "gurus de propósito"</h2>&#13;
Vejo muitos gurus aí falando para os jovens encontrarem seu propósito, fazer apenas o que gostam, pois, assim, nem vão sentir que estão trabalhando. Para mim, é baboseira falar isso para um jovem.&#13;
É ótimo ter autoconhecimento e entender o que nos motiva e nos faz seguir adiante, qual é o nosso propósito, onde podemos fazer melhor. Mas achar que, desde o começo, tudo vai ser flores?!&#13;
Desculpe, eu aqui, com meus poucos cabelos brancos, não conheço amigos ou colegas realizados profissionalmente que não tiveram que ralar bastante e exercer funções e tarefas de que não gostavam muito.&#13;
Mas assim foram mantendo o foco que era um meio para terem condições de se manterem, de se prepararem e, pouco a pouco, se dedicarem mais ao que gostariam e com maior alinhamento aos seus propósitos.&#13;
Assim, o propósito é importante, mas não se diminua por ter que trabalhar em funções que não são o seu sonho para se sustentar, para dar um passo para melhorar, para ter condições de se desenvolver. Foco em seu objetivo lá na frente!&#13;
Como dizemos sempre: tira a bunda da cadeira, vai lá e faz! &#13;
(Imagem: iStockPhoto)

Vai tentar fazer para ver se dá certo? Não, faça até dar certo!

Se tem um termo que não paramos de ouvir nos últimos anos é "influenciadores", uma prova de que o poder da influência ganha cada vez mais força em qualquer e toda esfera da vida.&#13;
Seguimos pessoas que nos inspiram de alguma maneira, procuramos avaliações antes de comprar um produto, pedimos opinião de amigos sobre decisões da vida, nos voltamos para uma cultura de feedback constante no trabalho, e por aí vai.&#13;
Tudo isso tem uma conexão com a influência que os outros têm sobre nós. E qual é o poder de influência que temos sobre nossos liderados, colegas, colaboradores, líderes?&#13;
Vamos fazer uma reflexão agora sobre isso?&#13;
Muitos aqui já devem ter lido – se não, eu recomendo que leiam – o livro Como fazer amigos e influenciar pessoas, de Dale Carnegie. Publicado em 1936, esse grande best-seller de administração foi um dos primeiros que li sobre negócios. Foi um presente do meu pai quando eu ainda estava na faculdade de Engenharia.&#13;
<h2>Escuta ativa</h2>&#13;
De forma simples, enumerando 30 pilares, o livro apresenta pontos muito fortes sobre como aprimorar as nossas condutas interpessoais, podendo ser totalmente aplicado ao ambiente pessoal e profissional.&#13;
É um conteúdo extremamente válido para percebermos que influenciar, na verdade, significa deixar o ego de lado e colocar a outra pessoa como o foco, ouvi-la. Isto é, um dos princípios citados por Carnegie para influenciarmos pessoas é sermos genuinamente interessados nelas.&#13;
Parece até um paradoxo, mas, como influenciadores, nós somos secundários. O outro vem sempre em primeiro lugar.&#13;
É por isso que o princípio da escuta ativa é primordial para estabelecer qualquer início de um processo de influência. Muitas vezes, sem ouvirmos de coração aberto, vamos pensando em inúmeras formas de nos posicionarmos, nos "vendermos" e de fazermos o nosso marketing pessoal, sem uma real habilidade de comunicação.&#13;
Para tentarmos nos conectar, geralmente nos vemos como o centro, como a pessoa que quer vencer, que quer crescer e acontecer. Isso não é necessariamente "errado", mas é um raciocínio egocêntrico, que desconsidera os demais.&#13;
Como ficam as pessoas que estão fazendo parte do meu dia a dia, que contribuem direta e indiretamente para as minhas conquistas? Elas precisam ser valorizadas.&#13;
De fato, é um exercício diário de baixar a bola, de deixar de impor o que pensamos, o que queremos, o que fizemos, para podermos enaltecer o outro. Para influenciar, eu preciso entender o que o outro precisa, qual é a necessidade alheia. &#13;
Na minha visão, esse é um caminho que requer consistência e prática.&#13;
Se hoje você sente que seu poder de influência é baixo, comece a refletir sobre suas relações e passe a ouvir cada pessoa que está no seu convívio.&#13;
<h2>Exemplos nos influenciam</h2>&#13;
As pessoas que se sentem ouvidas, se sentem importantes e valorizadas, assim, costumam adotar posturas muito mais abertas dentro do relacionamento.&#13;
Eu acredito muito que somos influenciados pelos outros porque aprendemos muito mais com exemplos do que com nossos próprios estudos, leituras etc. Claro, devemos correr atrás de informações sobre desenvolvimento de habilidades, mas a troca interpessoal é rica em experiências, em histórias e narrativas.&#13;
O nosso modo de observação está sempre ligado, buscando exemplos e comportamentos que achamos que podem ser bons e úteis para nós.&#13;
De forma inconsciente, quando vemos algo em alguém considerado positivo ou que pode ser bom para nós – principalmente suas ações, que são mais fortes que palavras –, guardamos aquilo numa gaveta muito mais acessível.&#13;
Ou seja, a forma como uma pessoa age conosco é muito mais memorável do de um parágrafo que lemos.&#13;
Aprendemos muito por meio de exemplos e atitudes e, por isso, a capacidade do que fazemos, mais do que o que falamos, influencia outras pessoas.&#13;
<h2>Estabelecendo a conexão</h2>&#13;
Se hoje o poder da influência é mais forte que nunca, considero que aprimorarmos características básicas é um caminho promissor para influenciar pessoas.&#13;
Pensando de forma simples, no caso da influência, penso que seja essencial termos atenção e sinceridade.&#13;
Apenas para complementar o que <a href="https://administradores.com.br/artigos/como-desenvolver-a-escuta-ativa" target="_blank" rel="noopener">já escrevi</a> sobre escuta ativa, falo sobre a atenção real no sentido de buscar verdadeiramente entender aquela pessoa, suas características, o que está passando, do que precisa etc. Isso é fundamental para realmente conectar.&#13;
Já a sinceridade serve com um termômetro se a influência é genuína. Para mim, influência que parte somente do meu interesse pessoal não funciona. Não é possível manter uma relação saudável se a conexão – se os interesses – não for uma via dupla.&#13;
Muita gente busca se aproximar de pessoas somente em momentos de interesse e estabelece conexões assim, na base do "o que vou ganhar com isso", sem primeiro considerar o que tem a oferecer. Isso é um erro e torna qualquer relação insustentável ou ao menos pouco satisfatória.&#13;
Precisamos cultivar a influência principalmente quando não precisamos dela.&#13;
Quando entendemos que relacionamentos são construídos na base da troca, compreendemos que o poder da influência vai pela mesma via. Essa é uma lição importante que aprendi com o tempo.&#13;
(Imagem: iStockPhoto)

Você é um "influenciador" na sua empresa?

Desde que comecei a construir a carreira em outros países, percebo que algumas pessoas me procuram para entender como fazer isso. Enfim, resolvi escrever algumas reflexões sobre esse tema de desenvolver a carreira no exterior, pois vejo que cada vez mais desperta interesse e perguntas por muitos aqui.&#13;
Antes de tudo, preciso deixar bem claro que não adianta eu falar para vocês sobre o meu processo especificamente, pois cada pessoa tem realidades e oportunidades diferentes.&#13;
E mais, temos que considerar ainda o atual contexto de pandemia e restrições de deslocamento – o que pode, por outro lado, ser uma chance de buscar trabalho remoto para uma empresa do exterior, não é mesmo?&#13;
De toda forma, a ideia desse texto é mostrar algumas ações fundamentais para ser possível trabalhar em outro país e, assim, que você possa adaptá-las ao seu contexto.&#13;
E a primeira pergunta que devemos fazer, como sempre, é o que buscam as empresas estrangeiras que contratam brasileiros?&#13;
<h2>As empresas no exterior buscam algo diferente?</h2>&#13;
Na verdade, o que as empresas no exterior estão buscando não é, necessariamente, muito diferente do que já precisamos cumprir para ter sucesso profissional no Brasil. Isto é, precisamos ter conhecimento, ser bons técnica e emocionalmente e, claro, ter atitude.&#13;
"Hard" e "soft skills" são exigências em todo e qualquer lugar do mundo; a diferença está na forma como você entende essas necessidades e se posiciona para e no mercado internacional.&#13;
Não existe receita única nem mapa do tesouro. O que existem são muitas oportunidades em diversos setores em cada país. O primeiro passo é entender bem os cenários e filtrar um pouco o que pode fazer sentido para você.&#13;
Independentemente da área de atuação, o profissional interessado em trabalhar no exterior precisa dedicar tempo para se preparar e encontrar oportunidades mundo afora.&#13;
Quais países oferecem mais oportunidades para a sua área de atuação atual ou para a área que vai buscar?&#13;
Como são as exigências de visto de trabalho?&#13;
Qual é o idioma exigido e em qual nível?&#13;
Que tipo de empresas geralmente estão abertas para contratação?&#13;
Qual é o tipo de cultura (não apenas a empresarial) que você gostaria de vivenciar?&#13;
Além de buscas por informações pela internet, uma ação que acho muito válida é procurar pelas redes sociais os profissionais que fizeram, de fato, esse movimento de mudança.&#13;
Abordá-los de forma amigável para tentar bater um papo, entender melhor os desafios, as oportunidades e as características. Falar com diferentes pessoas que estão realmente vivenciando essas tais oportunidades é algo que ajuda muito a clarear as ideias e trazer diferentes perspectivas.&#13;
Essas são apenas algumas entre tantas perguntas que você precisa fazer nessa busca. Avançando um pouco, é importante trazer ela para sua realidade.&#13;
Qual é o meu diferencial que se conecta com algumas das necessidades desses mercados?&#13;
Necessito me preparar em alguma ferramenta ou conhecimento específico?&#13;
Tenho algum conhecido que pode me ajudar no processo? Alguma ajuda profissional?&#13;
Como posso personalizar cada uma das minhas candidaturas?&#13;
É fundamental criar um planejamento em que é preciso considerar tempo, investimento e ações necessárias para essa mudança.&#13;
Além disso, uma das primeiras exigências certamente será o idioma, então, o quanto antes, corra atrás de aplicativos de línguas, aulas, cursos e tudo mais que ajude nessa imersão.&#13;
<h2>Sem humildade, vai ser difícil trabalhar fora</h2>&#13;
Esse processo de migração envolve um trabalho forte de resgate da humildade. Muitos profissionais estrangeiros muitas vezes precisam <a href="https://administradores.com.br/noticias/como-realizar-uma-transicao-de-carreira-eficiente-em-2022" target="_blank" rel="noopener">recomeçar a carreira</a> quando resolvem migrar. A começar pelo ciclo.&#13;
Logo nas primeiras experiências que tive no exterior, eu percebi como era diferente para os meus colegas "nativos" a relação com o tal networking.&#13;
Quando a gente vai crescendo em uma cidade ou mesmo país, costuma ficar rodeado de pessoas e rede de contatos. Ainda que o indivíduo não seja o melhor em construir networking, de alguma forma, ele se relaciona e cria algum tipo de núcleo de conhecidos.&#13;
Se você pensa em construir uma carreira fora do Brasil, precisa ter a humildade de saber que não vai conhecer as pessoas, nem mesmo elas vão te conhecer. Você vai precisar buscar contatos que normalmente conheceria em seu país, mas que agora não conhecerá. E, do outro lado, quando as pessoas falarem com você, elas não terão a referência que você tinha em seu país.&#13;
Você precisa estar disposto a começar de novo um processo de construção de relacionamentos profissionais e, por que não, pessoais.&#13;
<h2>Aprenda a "gostar" de gente diferente</h2>&#13;
Com humildade em mãos, é hora de saber como criar oportunidades para se relacionar com as pessoas. Mas, para isso, tem de gostar mesmo de gente!&#13;
Estou dizendo isso no sentido de dedicar tempo e conseguir entender as pessoas de uma cultura diferente, e estar verdadeiramente disposto a integrar um novo ambiente. Pelo menos para conviver bem…&#13;
Qual é o sentido de morar fora para ficar fechado no seu próprio mundo, sem vivenciar trocas com outras pessoas, outras experiências?&#13;
Ser imigrante pode ser doloroso e solitário, principalmente durante o processo de adaptação, mas fica ainda mais difícil quando não nos abrimos para aquela gente que compõe o nosso novo ambiente e, principalmente, entendemos que a cultura é outra, a forma de tratar, pensar, relacionar, pode ser diferente de seu país.&#13;
Diferente. Não quer dizer melhor ou pior. Esse é um ponto importante. O melhor mesmo é entender que são culturas diferentes e procurar adaptação, entender a nova cultura, as coisas que te agradam nessa cultura, sem procurar ficar comparando e sofrendo com cada coisa que não é igual ou familiar.&#13;
<h2>Empreendedorismo pessoal ajuda a encarar o desconhecido</h2>&#13;
Uma forma interessante de pensar em uma mudança como essa é a de empreendedorismo pessoal. Independente das mudanças de carreira, para dar certo em outro país é importantíssimo que, no lado pessoal, esteja disposto a "empreender", correr riscos, lançar-se ao desconhecido, não saber todas as respostas, resolver problemas, um de cada vez.&#13;
Afinal, não é isso que faz um empreendedor? Não podemos ter medo de ter muitas dúvidas e perguntas e poucas respostas.&#13;
Vejo o empreendedorismo "pessoal" como a atitude de curiosos corajosos pela vida, que têm um desejo e correm atrás até dar certo, e não "para ver se dá certo". &#13;
Com isso, é fundamental ter a competência forte de REAPRENDER, pois muito daquilo que podemos achar que sabíamos nem sempre funciona igual em outro país.&#13;
<h2>É importante logo mostrar a que veio</h2>&#13;
Num ambiente diferente do seu, o profissional precisa ser resolutivo, pois, como será novidade, sua capacidade de resolver, focar e entregar é fundamental para conquistar respeito pelos resultados.&#13;
A carreira no exterior (ou em qualquer lugar, para falar a verdade) não funciona na base das palavras vazias ou a imagem que alguém deseja transmitir.&#13;
Nunca podemos nos esquecer que, no exterior, começamos como "ilustres desconhecidos", então, a essência, o real, o palpável são pilares para essa construção.&#13;
Assim, a primeira impressão conta, e passar uma primeira impressão de alguém capaz de entregar tarefas, atividades etc., independentemente da área, é um ponto positivo.&#13;
Em muitas situações, é comum pessoas que já ocupavam cargos de nível sênior ou mesmo de gestão darem um passo atrás ou para o lado, e abraçar oportunidades em outros países menos seniores ou até em outras áreas totalmente distintas. É um recomeço, uma atitude para alcançar um plano que é só seu. É por isso que falei de planejamento logo no início, justamente porque o começo da vida no exterior pode significar mudanças importantes que você tem de estar confortável.&#13;
Porém, se estiver dentro de um plano, o "passo atrás ou ao lado" fará sentido e ajudará muito a manter o foco no objetivo.&#13;
<h2>Boa vontade e coração aberto, sempre</h2>&#13;
Quem quer encontrar o seu lugar no mundo precisa ir de coração aberto. Vão acontecer situações boas e ruins, inevitavelmente. Não se pode ir preso às coisas que gostava no país de origem. E pode levar tempo para se desprender disso, mas não pode faltar esforço.&#13;
De coração aberto, aprendemos, de fato, sobre a nova cultura e a olhar de fora da caixa. Muitas vezes, isso nos faz valorizar mais as coisas boas de nosso país, por outra ótica menos crítica, menos comparativa.&#13;
E mais importante, nos prendermos menos a problemas que antes nos pareciam intransponíveis, mas com a visão de quão grande é o mundo e quão diversas podem ser as pessoas e soluções para tudo.&#13;
Os problemas de antes passam a nos atormentar menos, pela nova ótica – outro bônus é que aprendemos a lidar melhor com a diversidade, e incorporamos isso sem perceber.&#13;
É preciso ter abertura para conhecer costumes novos, hábitos novos e enxergar isso como oportunidade. Se as comparações com a terra natal forem constantes e a imersão na nova casa não for verdadeira, a vida vira um mar de lamentações, sem tempo para aproveitar o que é bom e te fará feliz na nova realidade. &#13;
(Imagem: iStockPhoto)

Quer trabalhar fora? Conecte suas habilidades com o que as empresas no exterior buscam

A essência da resiliência mental é a capacidade de transformar pressão em propósito, mantendo o foco quando tudo parece desmoronar



Em 2008, enquanto os mercados financeiros globais desabavam como castelos de cartas, Indra Nooyi, então CEO da PepsiCo, permanecia firme, como um capitão navegando em um navio em alto-mar durante uma tempestade. Diante da crise, com concorrentes como a Coca-Cola hesitando e equipes internas questionando o futuro, ela manteve a calma e redirecionou a empresa para produtos mais saudáveis — sucos naturais e snacks integrais —, enfrentando ceticismo de acionistas e executivos. Sua visão levou a PepsiCo a um crescimento de 80% no valor de mercado entre 2006 e 2018, segundo a Bloomberg. Essa é a essência da resiliência mental: a capacidade de transformar pressão em propósito, mantendo o foco quando tudo parece desmoronar. A ciência está desvendando como líderes como Nooyi constroem essa força interior, oferecendo ferramentas para que qualquer um prospere em um mundo de desafios implacáveis.



Então, como podemos desenvolver essa mente inabalável? O que permite a um líder enfrentar crises com serenidade, tomar decisões lúcidas e inspirar equipes sob pressão? É um dom reservado a poucos ou uma habilidade que todos podem cultivar?&nbsp;



O cérebro pode se transformar em uma máquina de resiliência. No coração da resistência mental está o BDNF (Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro), proteína que age como um “fertilizante” para o cérebro, nutrindo o crescimento de novos neurônios e fortalecendo as conexões entre eles, como pontes que tornam uma cidade mais funcional. Produzido em áreas cruciais como o hipocampo, responsável pela memória e aprendizado, e o córtex cingulado anterior, que regula emoções, o BDNF é a chave da neuroplasticidade, a habilidade do cérebro de se adaptar a novos desafios, como um músculo que se fortalece com treino. Estudo de 2023 publicado na Frontiers in Molecular Neuroscience revelou que níveis elevados de BDNF estão ligados à melhor memória, aprendizado mais rápido e controle emocional, formando a base da resiliência mental.



A ciência mostra que o BDNF é sensível ao nosso estilo de vida. Atividades como corrida matinal, uma boa noite de sono ou aprender uma nova habilidade, como tocar violão ou analisar dados, aumentam sua produção, como regar uma planta para que floresça. Por outro lado, o estresse crônico, como prazos intermináveis ou noites mal dormidas, reduz o BDNF, enfraquecendo a capacidade do cérebro de se adaptar.&nbsp;





O exercício físico é o motor mais potente para aumentar o BDNF, como uma usina que abastece o cérebro com energia. Atividades aeróbicas, como correr ao amanhecer ou pedalar em um parque, já são ótimas, mas exercícios que unem corpo e mente, como o treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) ou ioga, oferecem um impulso extra.&nbsp;



Países como a Dinamarca ilustram o poder coletivo do exercício. Lá, ciclovias lotadas e políticas públicas que incentivam esportes criam uma cultura de movimento: é comum ver executivos pedalando para o trabalho, com mochilas nas costas e o vento no rosto. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que o país tem uma das menores taxas de transtornos de ansiedade na Europa, com apenas 4% da população afetada, em parte graças a essa rotina ativa. Em contraste, nos Estados Unidos, onde 40% dos adultos são sedentários, segundo a American Psychological Association, os custos com saúde mental chegam a US$ 300 bilhões por ano, sobrecarregando empresas e sistemas de saúde. A ioga, praticada por 300 milhões de pessoas no mundo, também brilha como ferramenta de resiliência.&nbsp;



<h2 class="wp-block-heading">O sono pode ser a arma secreta para uma mente inabalável</h2>



O sono é a fundação invisível da mente inabalável, mas frequentemente sacrificado em culturas corporativas que celebram o “trabalhar até cair”. Imagine o cérebro como um computador: sem uma noite de sono, ele fica lento, com falhas no sistema. Empresas como a SoftBank, no Japão, estão começando a mudar isso, oferecendo salas de descanso e incentivando pausas, inspiradas por evidências de que o sono aumenta a produtividade em até 20%. Mesmo assim, a cultura de longas jornadas persiste: 20% dos trabalhadores japoneses dormem menos de 6 horas por noite, segundo o Japan Times, enfrentando cansaço crônico. Já na Finlândia, onde a média de sono é de 7,8 horas, trabalhadores chegam ao escritório revigorados, contribuindo para uma produtividade per capita entre as mais altas do mundo, de acordo com o World Economic Forum.



Para otimizar o sono, especialistas sugerem ações simples: manter um horário fixo, como ir para a cama às 22h; evitar cafeína após o meio-dia; e desligar telas uma hora antes de dormir, trocando a luz azul do celular por um livro ou uma conversa. Essas práticas são como lubrificar as engrenagens da mente, permitindo que líderes enfrentem pressões com clareza.



<h2 class="wp-block-heading">Estratégias práticas para líderes: um roteiro para a resiliência</h2>



A ciência do BDNF oferece um mapa para construir uma mente inabalável, mesmo com agendas lotadas. Aqui estão cinco estratégias práticas, respaldadas por evidências, para líderes incorporarem ao dia a dia:



<ol class="wp-block-list">
<li>Exercício Regular: Dedique 20 minutos, três vezes por semana, a um treino de HIIT (ex.: 30 segundos de burpees, 30 segundos de descanso, repetidos por 8 ciclos) ou uma sessão de ioga com posturas como “guerreiro” e “árvore”. </li>



<li>Sono Priorizado: Estabeleça rotina de 7 a 9 horas de sono, indo para a cama em um horário fixo (ex.: 22h) e acordando às 6h ou 7h. Crie um ambiente propício: use cortinas blackout, mantenha o quarto a 18-20°C e evite cafeína após o meio-dia. Uma hora antes de dormir, troque o celular por um livro ou prática de relaxamento. </li>



<li>Aprendizado Contínuo: Reserve 15 minutos diários para aprender algo novo, como um idioma ou uma habilidade profissional. Pratique à tarde, quando a energia está alta, e anote progressos em um caderno. Por exemplo, aprenda cinco palavras novas por dia ou pratique uma fórmula de planilha. </li>



<li>Exposição ao Frio: Comece com banhos frios de 30 segundos após o banho quente, aumentando gradualmente para 2 minutos. Use uma ducha a 10-15°C ou mergulhe os pulsos em água gelada durante as pausas no trabalho. Pratique três vezes por semana, respirando profundamente para controlar o desconforto. Um cronômetro pode ajudar a manter a consistência. Evidências preliminares sugerem que isso melhora a tolerância ao estresse, como temperar o aço para torná-lo mais forte.</li>
</ol>



* Charles Betito é fundador da MIND station e especialista em educação corporativa e saúde mental

Descubra o poder do seu cérebro para superar crises de esgotamento

Por que acreditamos em quem engana e o que isso ensina sobre autenticidade e marca pessoal



Essa semana compartilhei um vídeo do cantor Samuel Rosa, da banda Skank, onde ele comenta sobre “ter muita gente querendo opinar em tom professoral” e conclui:



“Tem muito professor fuleiro por aí.”



O que ele quis dizer, no fundo, é algo que também me incomoda: há pessoas que, por dominarem bem as redes sociais, acabam vendendo uma imagem que não condiz com sua experiência prática ou acadêmica. E sim, esse tema gerou muitas conversas com profissionais que me escreveram sobre o assunto.



Pois é… não vamos mudar o mundo. Vivemos em uma sociedade onde cada um tem uma visão de certo e errado. Para alguns, manipular e distorcer fatos é “normal”. Para outros e eu me incluo aqui isso é verdadeiramente fora dos valores pessoais e profissionais.



Mas este artigo não é sobre mim. É sobre você, C-Level, gestor ou liderança, que às vezes acredita que construir sua #MarcaPessoal é “entrar no mesmo pacote” dos que mentem e manipulam. E não é.



Hoje mesmo disse a um cliente:



“Se você não falar sobre o seu valor, sobre quem é e o que entrega, alguém sem experiência vai fazer isso no seu lugar e vai vender melhor, porque vende sonhos. E infelizmente, as pessoas compram isso.”



Construir sua marca pessoal não é sobre ser influenciador. É sobre se relacionar com sua rede, mostrar credibilidade, coerência e valor real. É lembrar às pessoas quem é você e o que você faz hoje com verdade, com propósito e com entrega.



Infelizmente, mentir é humano. Manipular, também. Mas há algo mais profundo por trás da facilidade com que algumas pessoas conseguem distorcer fatos, emocionar multidões e conquistar seguidores mesmo quando a verdade começa a ruir.



A ciência mostra que a mentira e a manipulação não são apenas desvios éticos são fenômenos psicológicos e neurológicos complexos, que exploram as vulnerabilidades naturais do cérebro humano.



Pesquisas da University College London mostram que, quando uma pessoa mente repetidamente, a amígdala cerebral área ligada à culpa e ao medo reduz sua resposta emocional. Com o tempo, mentir se torna mais fácil, quase automático. É como se o cérebro se anestesiasse, diminuindo o desconforto moral.



A psicologia explica que os manipuladores dominam três mecanismos:



Carisma e autoridade percebida: o cérebro confia em quem demonstra segurança, mesmo sem fundamento técnico.



Reciprocidade emocional: oferecem o que o outro quer ouvir elogios, promessas, soluções mágicas.



Vieses cognitivos: tendemos a confirmar o que já acreditamos (viés de confirmação) e seguir o grupo (efeito manada).



É por isso que tantas pessoas acabam acreditando e seguindo quem parece “ter todas as respostas”.





<h2 class="wp-block-heading">Casos reais: quando o mundo acreditou na mentira</h2>



Elizabeth Holmes (Theranos), prometeu revolucionar a medicina com um exame que detectaria centenas de doenças com apenas uma gota de sangue. Investidores bilionários e líderes políticos acreditaram. Holmes dominava o carisma, o visual e a narrativa parecia saber o que dizia. Mas faltavam dados, resultados e, principalmente, verdade.



Anna Delvey (Sorokin) viveu como uma herdeira milionária em Nova York, enganando banqueiros e amigos. O cérebro humano preenche lacunas quando o contexto parece confiável uma roupa cara, um endereço nobre e um discurso convincente bastam para gerar credibilidade. É o fenômeno da heurística da representatividade: julgamos competência pela aparência, não pela essência.



Frank Abagnale Jr., retratado em Prenda-me se for Capaz, mostrou como a convicção sustenta a mentira. Ele acreditava tanto em suas próprias histórias que nem seu corpo emitia sinais típicos de engano.



Esses casos mostram que o problema não é apenas quem engana, mas por que queremos tanto acreditar.



<h2 class="wp-block-heading">O que leva as pessoas a comprar uma mentira</h2>



A resposta está nas emoções. O ser humano busca clareza, esperança e pertencimento. Quem oferece uma história coerente, um discurso inspirador e uma imagem de sucesso ativa no cérebro os circuitos da dopamina, neurotransmissor do prazer e da recompensa. Nas redes sociais, cada curtida reforça essa sensação tanto para quem engana, quanto para quem acredita. E na empresa, é a admiração de quem faz parte da mesma organização.



Assim, forma-se o ciclo: o manipulador fala o que o público quer ouvir; o público valida; e o algoritmo amplifica.



<h2 class="wp-block-heading">A verdade sobre Marca Pessoal: não é “ser marketeiro”</h2>



É aqui que entra um ponto essencial marca pessoal verdadeira não tem nada a ver com se vender como um produto que não existe.



Construir sua marca não é “fingir sucesso”, criar uma persona perfeita ou vender o que nunca se viveu. É o oposto da manipulação.



A marca pessoal autêntica nasce da experiência prática, das habilidades conquistadas com esforço, das competências que você realmente desenvolveu ao longo da carreira e vida. É o resultado de entender:



Quem você é, O que você faz bem, E como pode gerar valor real para os outros.



Isso vale para qualquer propósito: conseguir um novo emprego, conquistar clientes de consultoria, oferecer mentorias, palestrar ou empreender.



Mas jamais deve envolver mentir, manipular ou prometer o que não se pode entregar. Muito menos ser quem não se é. Não existe marca sólida construída sobre inverdades apenas ilusões temporárias.



<h2 class="wp-block-heading">Manipulação x Credibilidade: um contraste necessário</h2>



Vou confessar algo. Fiz um determinado curso e só depois descobri que o profissional, bastante conhecido no mercado, que se apresentava como “Psicólogo, Filósofo e Teólogo” e dizia frases como “meus pacientes, meus seres de luz…”, não tinha nenhuma das formações vendidas.



Durante o curso, ele falava com tanta propriedade e sensibilidade sobre comportamento humano que ninguém questionava. Inclusive eu. Antes de me inscrever, cheguei a ligar para a instituição e perguntei sobre sua formação. A resposta foi direta: “Sim, ele é formado nas três áreas.” Na minha ingenuidade, não perguntei em qual instituição.



Algum tempo depois, um cliente C-Level me contou que esse mesmo profissional que inclusive já apareceu em programas de TV era, na verdade, formado em Administração. Fiquei chocada. Liguei novamente para a instituição e perguntei onde ele havia se formado em cada curso. A ligação caiu. Ninguém mais atendeu.



Fui até a minha apostila de formação, e lá estava impresso: “Psicólogo, Filósofo e Teólogo”. Mas nenhum nome de universidade, nenhuma referência, nada que comprovasse o que ele dizia.



Isso não é marca pessoal, porque a verdadeira força da marca pessoal vem da coerência entre discurso e prática. Do alinhamento entre o que você fala e o que você faz. Da consistência diária que, aos poucos, se transforma em credibilidade.



Agora, tudo o que esse profissional fala eu não confio mais, esse é o risco da mentira e manipulação.



<h2 class="wp-block-heading">Por que a verdade sempre vence</h2>



A mentira pode encantar por um tempo, mas a coerência conquista para sempre. O cérebro humano reconhece autenticidade. Mesmo que inconscientemente, sentimos quando há verdade nas palavras porque o corpo, a voz e o olhar alinham-se com a mensagem.



Construir uma marca pessoal baseada na verdade é mais do que ética é neurociência aplicada à confiança. Quem comunica a partir da experiência real ativa no outro os circuitos da empatia e da credibilidade. E é isso que gera oportunidades de trabalho, convites para palestras, mentorias e conexões sinceras.



A mentira pode construir audiência, mas nunca reputação. A manipulação pode gerar engajamento, mas não legado. E no fim, o que realmente fica é o que foi construído com propósito, ética e entrega.



E a dica final que deixo para você #CLevel e demais profissionais: olhem o perfil do LinkedIn e o currículo antes de seguir curtir e comentar, como Samuel Rosa falou: "Tem muita gente ensinando o que não tem por experiência prática."



Abraços,



Juliana Starosky



Fundadora, Starosky Consultoria



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Aqui fica a dica de um podcast: Criando uma carreira de sucesso: o peso da marca pessoal | AmplificaCast Ep105 com Juliana Starosky

A ciência da mentira e da manipulação

O verdadeiro segredo não está em reter, mas em conquistar diariamente a lealdade emocional dos colaboradores



O mercado de trabalho mudou. Hoje, os profissionais não estão apenas em busca de salário ou estabilidade. Eles querem crescer, aprender, sentir orgulho do que fazem e de onde estão. Querem reconhecimento real, e não apenas no discurso. Querem líderes que inspirem, e não chefes que apenas cobrem.



Pense no colaborador como uma semente rara. Se você a guarda em uma gaveta, ela nunca germina. Mas se oferece solo fértil, luz e água, ela floresce e dá frutos que fortalecem toda a organização. Essa é a essência da conquista: não segurar alguém à força, mas criar um ambiente onde ele queira permanecer e florescer.





<h2 class="wp-block-heading">E como isso acontece na prática?</h2>



a) Reconhecimento constante: não apenas nas metas atingidas, mas também no esforço, na dedicação e nas pequenas conquistas que fazem a engrenagem girar;



b) Planos de carreira estruturados: clareza sobre onde o profissional está e para onde pode ir. O futuro só é atraente quando existe um caminho visível;



c) Lideranças humanizadas: gestores que escutam, apoiam e desenvolvem, porque ninguém pede demissão de uma empresa — as pessoas pedem demissão de líderes que não sabem valorizar;



d) Desafios significativos: talentos querem expandir seus limites, se sentir úteis e parte de algo que vai além do “trabalho por trabalho”.



Empresas que entendem essa lógica não precisam “segurar” ninguém. Elas se tornam lugares onde as pessoas querem ficar. Lugares que inspiram pertencimento, motivação e orgulho.



O verdadeiro segredo não está em reter, mas em conquistar diariamente a lealdade emocional dos colaboradores. Quando isso acontece, eles não olham para fora em busca de oportunidades: eles olham para dentro e pensam —“Aqui é o lugar onde eu posso crescer, ser reconhecido e deixar minha marca.”

É bom "vencer" cedo, mas é melhor saber continuar crescendo

Marcelo Miranda

Ele conheceu todos os países do mundo — e quer te ensinar como, com Anderson Dias

Ele conheceu todos os países do mundo — e quer te ensinar como, com Anderson Dias

Sobre o autor

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