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Por Pierre-Jean Quetant
As estatísticas mais recentes ajudam a compreender o cenário atual do mercado de treinamento corporativo no Brasil e o porquê investir em treinamento e desenvolvimento de pessoas é uma decisão que faz a diferença quando uma empresa procura maximizar os seus resultados. Uma pesquisa respondida por 738 empresas mostra que os investimentos no setor se mantêm consistentes. Destacamos neste artigo os principais dados e informações.
Investimento e eficiência no mercado de treinamento corporativo Ainda que diversas empresas tenham priorizado a contenção de gastos em 2017, os investimentos para capacitar os colaboradores apresentaram evoluções consistentes. A média das 738 empresas para valores investidos em T&amp;D por colaborador foi de R$788, 21% a mais em relação ao ano anterior. Em questão de faturamento bruto, 0,63% dele foi destinado a investimentos anuais em T&amp;D, um resultado 37% maior do que o apresentado em 2016.
O volume de T&amp;D realizado quase não apresentou variações, com um período médio de 21 horas de treinamento por colaborador em empresas de até 5.000 colaboradores. Quando há mais de 5.000 colaboradores, a média é de 11h por colaborador. É válido observar que números elevados não significam, necessariamente, um treinamento melhor. A melhor opção é agilizar os treinamentos, de modo que eles sejam eficazes ao máximo no menor tempo possível, sempre com a devida atenção às necessidades dos colaboradores. As empresas precisam entender porque investir em treinamento e desenvolvimento de pessoas é importante, mas isso deve ser feito da maneira correta, com práticas atualizadas.
Para que essas horas sejam devidamente aproveitadas na prática de T&amp;D, é preciso elaborar um programa que proporcione um aprendizado prático e real, com atividades que permitam entender as principais necessidades de melhoria rapidamente. A melhor forma de viabilizar essa proposta é utilizar os recursos do novo blended learning.
A estratégia 70:20:10 Um detalhe importante da pesquisa está na observação sobre a queda no volume de treinamento formal e a tendência à educação corporativa realizada no ambiente de trabalho. Esse contexto sustenta um dos pilares da abordagem da Learning Tribes, que é a teoria do 70:20:10: 70% do aprendizado corporativo ocorre no local de trabalho, com a rotina do expediente na prática, 20% acontece a partir das relações sociais e apenas 10% do processo tem os modelos mais tradicionais de treinamentos formais.
Essa base enfatiza a importância de valorizar a prática no mercado de treinamento corporativo. Atividades on the job preparam o colaborador para ter mais segurança no exercício do seu cargo. Uma forma de manter a essência do 70:20:10 é utilizar recursos imersivos, como as realidades aumentada e virtual, para que o aprendizado ocorra dessa forma, mesmo em horário e localizações alternativas.
Investimentos em T&amp;D e a formação de líderes A relevância do T&amp;D no mundo corporativo é incontestável. O mercado de treinamento corporativo e seus executivos perceberam a relação entre resultados positivos e uma liderança de qualidade. Os impactos positivos das decisões de líderes competentes são evidentes ao enfatizar porque investir em treinamento e desenvolvimento de pessoas faz uma diferença mais elevada na evolução geral.
Fonte: Pesquisa O Panorama do Treinamento no Brasil, 12ª Edição | ABTD
Pierre-Jean Quetant – Atua como Country Manager Learning Tribes Brasil. Formado como Administrador de empresas pela Grenoble Ecole de Management e como Tecnólogo em Eletrônica e Informática Industrial, pela Université Jean Monnet Saint-Etienne. Quetant já passou por empresas como Neurograff Eletromedicina Ltda, Smart Cursos, EGG CRM Brasil, Uneequip (fundador), Wheelabrator Allevard, AGOMEZ LTDA, Sony Music Entertainment, PAUL HARTMANN AG.

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Por que o mobile learning é tão importante assim? Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o número de smartphones no Brasil em dezembro de 2018 era de mais de 229 milhões. Você sabe o que isso significa? É mais de 1 aparelho móvel por habitante em todo o país! Parece bem óbvio que essa tecnologia é uma das mais populares do Brasil (se não for a líder da lista). Por aí, podemos perceber que existe um bom mercado para o mobile learning, você não acha? Já que o uso do celular durante o período de trabalho é algo tão constante, acreditamos que não chega a ser uma surpresa para você que o próximo passo foi pensar na evolução do mobile learning. Ter acesso a ferramentas de trabalho (e do aprendizado correspondente a ele) que possuem a usabilidade e a praticidade dos apps pessoais mais populares era algo esperado. 
Lembre-se: o participante é o protagonista 
Batemos tanto na tecla dos benefícios do uso de aparelhos móveis para T&amp;D, mas não esquecemos de algo importante: o aprendizado precisa acontecer tranquilamente. Não é só porque uma tecnologia é maravilhosa que ela deve, obrigatoriamente, ser usada. Na verdade, isso só deve acontecer se a efetividade total for bem aproveitada.
Você já sabe o que fazer para aumentar as chances de sucesso do mobile learning, correto? Mesmo assim, vamos expressar em palavras: deixe que os colaboradores façam parte das melhorias. Permita feedbacks, crie opções para que eles apontem correções e melhorias diretamente na plataforma e, principalmente, converse com eles sobre as expectativas do uso da tecnologia no treinamento.Com certeza! Se esse era o tópico que você esperava, chegou a hora dele! Começamos por um conjunto de alternativas do qual sempre comentamos aqui no blog: as tecnologias imersivas! Sim, realidade virtual, realidade aumentada, mídias 360... A interatividade que elas proporcionam torna mais fácil – e muito – a assimilação dos conteúdos (sem contar que o treinamento fica ainda mais divertido, o que é fundamental transparecer quando se tem paixão por aprendizagem).Além disso, você pode usar o smartphone de forma independente ou integrá-lo a outros aparelhos, abrindo um leque ainda maior de alternativas. O que foi compreendido no aprendizado móvel pode ser visto sob óticas diferenciadas. É possível também pensar em conteúdos exclusivos para esse tipo de integração, que só funcionam quando ela acontece. 
<div>A educação corporativa evoluiu muito e esse método de aprendizagem já não pode ser considerado uma “revolução”. Ele é, no momento atual, uma realidade que está cada vez mais consolidada. Vamos entender melhor esse assunto? Vem com a gente!</div>
<div>O cenário exposto acima permitiu que a comunicação por smartphones fosse algo frequente e, até mesmo, comum nas empresas. Por isso, era só questão de tempo até o aprendizado móvel se mostrar uma alternativa viável e eficiente. Já que usamos tanto esse tipo de aparelho, por que você não aproveita isso para treinamento e desenvolvimento corporativo?O aprendizado ao alcance da mão... literalmente</div>
<div>Tenha em mente que a elaboração de uma estratégia de mobile learning deve levar em consideração quem são os colaboradores, como é a relação deles com esse tipo de tecnologia e as suas respectivas funções dentro da empresa. Por mais prático que o aprendizado móvel seja, você ainda precisa analisar com cuidado se ele é a escolha ideal para o contexto geral.Outro aspecto importante é sobre a visão dos participantes em relação ao mobile learning. Tudo precisa ser intuitivo, ter um design agradável e incluído com uma implementação estratégica. O treinamento é, acima de tudo, sempre sobre o desenvolvimento das competências dos participantes. Ensiná-los a usar uma plataforma complexa não deve ser parte do processo, já que a ideia de usar o smartphone para isso é a contrária, de facilitar.</div>
<div> Tudo bem, tudo bem... Vamos às aplicações práticas do mobile learning!</div>
<div>Sabe o que torna o mobile learning ainda mais interessante? A personalização e a agilidade que ele possibilita. Começa pela facilidade em ver textos, imagens, vídeos e aplicações especialmente pensadas para o formato portátil. Tudo de forma simples e direta, com direito até ao microlearning marcando presença. Ele complementa o treinamento com tópicos e dicas curtas, para um aprendizado mais rápido.</div>
<div> Isso pode até servir de base para um storytelling...Percebemos, afinal, que o mobile learning se apresenta como um método muito promissor. É evidente que ele veio para ficar e vai ter uma evolução ainda maior do que as demonstradas aqui no texto. Prepare-se para levar o treinamento com você para onde quiser (alguém falou em ATAWADAC?). Ah, use uma plataforma de qualidade para isso, hein? Bom treinamento!</div>

Mobile learning: a educação corporativa na palma da mão

Quando falamos sobre liderança social, qual seria a primeira impressão que você teria? Aquele gestor simpático, que é o “amigão” da galera? Alguém que está sempre rodeado pelos colaboradores e é popular entre eles? Calma, nós vamos te explicar. Confira a seguir! 
Como age alguém que pratica a liderança social
Um gestor que possui as características de alguém que pratica e promove a liderança social é, inicialmente, um conselheiro e facilitador. É alguém que tem seguidores e possui a habilidade de unir pessoas, intermediar acordos e conduzir toda a equipe na mesma direção. Você percebe que é alguém que projeta respeito naturalmente, mas não de uma forma intimidadora. Na verdade, acontece exatamente o oposto e todos querem acompanhar alguém assim.
Líderes sociais, no entanto, não conduzem a sua rotina apenas por uma via de comunicação. Eles interagem constantemente com o time do qual estão à frente e incentivam a comunicação com outras equipes dentro da empresa. Além disso, estão dispostos e ouvir feedbacks e discutir melhorias conforme o propósito e o alinhamento de compliance da empresa. É incrível ter uma liderança assim, você não acha?
Quais são as características em comum dos líderes sociais?
Podemos expressar o approach típico da liderança social com os seguintes traços de personalidade:
•	Inspiradores: eles projetam valor de uma forma próxima e realista, não apenas como figura de referência, mas como um indivíduo que participa de forma colaborativa e co-construtiva, trazendo conteúdos e insights para que você e a equipe se desenvolva com excelência, pois acredita que o esforço coletivo para elaborar soluções sob várias óticas é a melhor saída;
•	Humildade é a base: líderes sociais não acreditam que estão acima dos colaboradores que guiam. Eles querem mesmo é ajudar outros rumo a trajetórias prósperas e bem-sucedidas;
•	Visão macro: líderes sociais estão sempre projetando o futuro em todos os níveis da empresa, conversando de igual para igual com eles, de modo que seja possível desenvolver um projeto ao qual todos estejam alinhados;
•	Autenticidade: você pode sempre esperar deles feedbacks sinceros e justos (sempre de forma positiva, nunca para diminuir os colaboradores) para melhorar as competências ainda mais, seja as que se destacam ou as que precisam de melhoria – o que é essencial para desenvolver trilhas de aprendizagem mais precisas individualmente;
•	A arte de contar histórias: por causa de suas personalidades magnéticas, líderes sociais compreendem o poder de contar boas histórias e sabem que uma boa narrativa – quando usada de forma autêntica, logicamente – contribui mais para passar uma mensagem, que pode ser interpretada e levada adiante de forma mais fácil;
•	Proatividade dedicada à performance: líderes sociais são os primeiros a buscarem e abraçarem novas ideias na equipe, assim como também são os primeiros a liderar os projetos de implementação delas.
Impactos da liderança social no treinamento
A liderança social vê a educação corporativa como uma forma de usar treinamento e desenvolvimento em favor de uma mudança positiva. O foco está em como o aprimoramento do time se converte em gerar valor ao empreendimento, não apenas de mercado, mas no firmamento da identidade como uma empresa transformadora.
É importante enfatizar que o desenvolvimento das skills de um líder social não deve ser visto apenas como algo “cool”, mas ter a sua relevância ressaltada desde a assimilação das competências. Esse modelo de liderança apresenta, principalmente, eficiência no incentivo ao engajamento dos colaboradores e, em consequência disso, o reforço de hábitos colaborativos que levam ao social learning.
Com um time mais comprometido desde o aprendizado até a aplicação das competências no expediente, outros benefícios da liderança social se fazem presentes: o envolvimento com ações e causas significativas para os envolvidos nos processos – clientes, colaboradores, investidores e toda a comunidade direta ou indiretamente ligada. Viu só como os resultados disso têm tudo para ser ótimos quando começam a ser construídos desde a caminhada na educação corporativa?
Ser um líder social, enfim, é sobre saber ouvir, falar, cativar e guiar a equipe, eventualmente assumindo riscos. Mostrar-se disposto a conversar com os colaboradores de forma amigável e equivalente, em conversas que são vias de mão dupla. É representar, acima de tudo, a confiança que você quer ver todos sentirem na empresa e projetarem para o mercado e as partes interessadas. Conforme nós comentamos acima, tem tudo a ver com a construção de valor.

O que significa promover a liderança social?

(*) Por Pierre-Jean Quetant Atualmente, vemos em nosso dia a dia como as tecnologias se reinventam e evoluem depressa. Isso desperta uma dúvida compreensível: o treinamento presencial será substituído por estratégias 100% digitais? Nós acreditamos que não! Cada um dos métodos de treinamento corporativo (presencial ou digital) possui a sua própria importância no planejamento de T&amp;D.
Quem acompanha o blog, deve se lembrar que publicamos um texto voltado a desmistificar a questão sobre as máquinas substituírem os seres humanos (se ainda não viu, clique aqui para ler). Hoje, vamos desenvolver esse tema um pouco mais, com foco no treinamento presencial.
Para falar mais sobre o que torna o treinamento presencial tão necessário, conversamos com o solutions manager da Learning Tribes, Rafael Rodrigues, que trouxe insights bem interessantes sobre o tema. Boa leitura!
O que leva o treinamento presencial a ser considerado indispensável O treinamento presencial não precisa acontecer em 100% do tempo. É mais do que recomendável aproveitar ao máximo as possibilidades que os recursos tecnológicos proporcionam aos métodos de treinamento corporativo. No entanto, touch points presenciais são fundamentais para o planejamento de um programa de treinamento e desenvolvimento e, principalmente, para as trilhas de aprendizagem.
“Acredito que a tecnologia é algo extremamente importante, que converge para que os humanos tenham mais tempo uns para os outros”, afirma Rafael Rodrigues. Com base nesse princípio, as equipes e os participantes de um treinamento presencial podem interagir de maneira mais próxima.
O senso de grupo e o engajamento são, consequentemente, favorecidos por isso. O empenho dos participantes faz com que o treinamento presencial permaneça como um dos métodos de treinamento corporativo mais relevantes.
As características do treinamento presencial podem ser reproduzidas plenamente nos meios digitais? Segundo Rafael Rodrigues, isso é impossível para o treinamento presencial. “O treinamento digital desconsidera fatores como o humor e o clima organizacional. Mesmo conteúdos gerenciados por inteligência artificial ainda não conseguem fazer adaptações de acordo com o humor”, diz o solutions manager.
O comportamento humano, o humor e a capacidade de assimilação de competências são moldados dia após dia por diversas variáveis. Um bom mediador de treinamento presencial é capaz de entender o clima da turma e pode mudar seu discurso, modificar a dinâmica e, de acordo com a necessidade, associar outros métodos de treinamento corporativo.
O treinamento presencial, as soft skills e as sutilezas de comportamento Veja só que conceito fenomenal... Existe uma expressão em latim que diz hic et nunc (em português, “o aqui e o agora”). Ela tem a ver com situações que possuem momento e local certo para acontecer.
A relação da frase com as diferenças entre os métodos de treinamento corporativo (presencial ou digital) fica evidente quando precisamos avaliar o grau de satisfação dos participantes com o curso.
Imagine a seguinte situação: um dos participantes de um curso fala “estou aqui escrevendo e aprendendo muito junto com vocês”. Em um treinamento presencial, há mais precisão para avaliar a eficiência do aprendizado conforme a postura. Como? Lá vai a explicação!
Ombros caídos, voz trêmula e olhar perdido denunciariam uma falta de firmeza no discurso. Nesse caso, é preciso avaliar quais são as necessidades daquele participante do treinamento presencial. Por outro lado, uma postura com a coluna reta, voz firme e o participante olhando um por nos olhos transmite confiança.
“O humor e as experiências anteriores do participante influenciam no entendimento do treinamento presencial. A mesma situação pode ser entendida de formas diferentes, de acordo com o tom da voz e a postura corporal”, enfatiza Rafael Rodrigues. Isso mostra que o hic et nunc é válido (e muito) para tornar o treinamento presencial mais dinâmico. Soft skills compreendidas na prática! Não é incrível?
Muito interessante... e os impactos do treinamento presencial na experiência do cliente? É hora de compartilharmos mais uma de nossas experiências para exemplificar o assunto. Note o destaque que o treinamento presencial teve e os métodos de treinamento corporativo utilizados em conjunto com ele.
“Trabalhamos em um projeto de lançamento de um produto e pensamos em uma estratégia de treinamento digital e técnica de vendas, mas faltava algo: a experiência do cliente”, conta o solutions manager da Learning Tribes. Como passar essa sensação pelos meios digitais? Que métodos de treinamento corporativo seriam mais efetivos para esse caso?
“Decidimos por um treinamento de experiência. Estudamos o público-alvo, recriamos um espaço que o cliente ideal frequentaria e levamos todas os vendedores a um treinamento presencial, para entenderem a realidade do cliente. Isso teve menor custo, menor tempo, maior engajamento e melhor retenção do conhecimento”, completa o especialista.
O ponto central é entender que as mais diversas ferramentas possuem suas respectivas utilidades. O importante é saber qual dos métodos de treinamento corporativo usar no momento certo. Por mais que a educação corporativa digital seja muito eficiente, valorizar o treinamento presencial é imprescindível.
Ah, só para concluir de vez: não, o treinamento presencial nunca será substituído pelo treinamento digital. Que tal deixar essa disputa de lado e usar o máximo que ambos podem oferecer?
(*) Pierre-Jean Quetant – Atua como Country Manager Learning Tribes Brasil. Formado como Administrador de empresas pela Grenoble Ecole de Management e como Tecnólogo em Eletrônica e Informática Industrial, pela Université Jean Monnet Saint-Etienne. Quetant já passou por empresas como Neurograff Eletromedicina Ltda, Smart Cursos, EGG CRM Brasil, Uneequip (fundador), Wheelabrator Allevard, AGOMEZ LTDA, Sony Music Entertainment, PAUL HARTMANN AG.

Treinamento presencial: substituído pelo digital? Jamais!

A essência da resiliência mental é a capacidade de transformar pressão em propósito, mantendo o foco quando tudo parece desmoronar



Em 2008, enquanto os mercados financeiros globais desabavam como castelos de cartas, Indra Nooyi, então CEO da PepsiCo, permanecia firme, como um capitão navegando em um navio em alto-mar durante uma tempestade. Diante da crise, com concorrentes como a Coca-Cola hesitando e equipes internas questionando o futuro, ela manteve a calma e redirecionou a empresa para produtos mais saudáveis — sucos naturais e snacks integrais —, enfrentando ceticismo de acionistas e executivos. Sua visão levou a PepsiCo a um crescimento de 80% no valor de mercado entre 2006 e 2018, segundo a Bloomberg. Essa é a essência da resiliência mental: a capacidade de transformar pressão em propósito, mantendo o foco quando tudo parece desmoronar. A ciência está desvendando como líderes como Nooyi constroem essa força interior, oferecendo ferramentas para que qualquer um prospere em um mundo de desafios implacáveis.



Então, como podemos desenvolver essa mente inabalável? O que permite a um líder enfrentar crises com serenidade, tomar decisões lúcidas e inspirar equipes sob pressão? É um dom reservado a poucos ou uma habilidade que todos podem cultivar?&nbsp;



O cérebro pode se transformar em uma máquina de resiliência. No coração da resistência mental está o BDNF (Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro), proteína que age como um “fertilizante” para o cérebro, nutrindo o crescimento de novos neurônios e fortalecendo as conexões entre eles, como pontes que tornam uma cidade mais funcional. Produzido em áreas cruciais como o hipocampo, responsável pela memória e aprendizado, e o córtex cingulado anterior, que regula emoções, o BDNF é a chave da neuroplasticidade, a habilidade do cérebro de se adaptar a novos desafios, como um músculo que se fortalece com treino. Estudo de 2023 publicado na Frontiers in Molecular Neuroscience revelou que níveis elevados de BDNF estão ligados à melhor memória, aprendizado mais rápido e controle emocional, formando a base da resiliência mental.



A ciência mostra que o BDNF é sensível ao nosso estilo de vida. Atividades como corrida matinal, uma boa noite de sono ou aprender uma nova habilidade, como tocar violão ou analisar dados, aumentam sua produção, como regar uma planta para que floresça. Por outro lado, o estresse crônico, como prazos intermináveis ou noites mal dormidas, reduz o BDNF, enfraquecendo a capacidade do cérebro de se adaptar.&nbsp;





O exercício físico é o motor mais potente para aumentar o BDNF, como uma usina que abastece o cérebro com energia. Atividades aeróbicas, como correr ao amanhecer ou pedalar em um parque, já são ótimas, mas exercícios que unem corpo e mente, como o treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) ou ioga, oferecem um impulso extra.&nbsp;



Países como a Dinamarca ilustram o poder coletivo do exercício. Lá, ciclovias lotadas e políticas públicas que incentivam esportes criam uma cultura de movimento: é comum ver executivos pedalando para o trabalho, com mochilas nas costas e o vento no rosto. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que o país tem uma das menores taxas de transtornos de ansiedade na Europa, com apenas 4% da população afetada, em parte graças a essa rotina ativa. Em contraste, nos Estados Unidos, onde 40% dos adultos são sedentários, segundo a American Psychological Association, os custos com saúde mental chegam a US$ 300 bilhões por ano, sobrecarregando empresas e sistemas de saúde. A ioga, praticada por 300 milhões de pessoas no mundo, também brilha como ferramenta de resiliência.&nbsp;



<h2 class="wp-block-heading">O sono pode ser a arma secreta para uma mente inabalável</h2>



O sono é a fundação invisível da mente inabalável, mas frequentemente sacrificado em culturas corporativas que celebram o “trabalhar até cair”. Imagine o cérebro como um computador: sem uma noite de sono, ele fica lento, com falhas no sistema. Empresas como a SoftBank, no Japão, estão começando a mudar isso, oferecendo salas de descanso e incentivando pausas, inspiradas por evidências de que o sono aumenta a produtividade em até 20%. Mesmo assim, a cultura de longas jornadas persiste: 20% dos trabalhadores japoneses dormem menos de 6 horas por noite, segundo o Japan Times, enfrentando cansaço crônico. Já na Finlândia, onde a média de sono é de 7,8 horas, trabalhadores chegam ao escritório revigorados, contribuindo para uma produtividade per capita entre as mais altas do mundo, de acordo com o World Economic Forum.



Para otimizar o sono, especialistas sugerem ações simples: manter um horário fixo, como ir para a cama às 22h; evitar cafeína após o meio-dia; e desligar telas uma hora antes de dormir, trocando a luz azul do celular por um livro ou uma conversa. Essas práticas são como lubrificar as engrenagens da mente, permitindo que líderes enfrentem pressões com clareza.



<h2 class="wp-block-heading">Estratégias práticas para líderes: um roteiro para a resiliência</h2>



A ciência do BDNF oferece um mapa para construir uma mente inabalável, mesmo com agendas lotadas. Aqui estão cinco estratégias práticas, respaldadas por evidências, para líderes incorporarem ao dia a dia:



<ol class="wp-block-list">
<li>Exercício Regular: Dedique 20 minutos, três vezes por semana, a um treino de HIIT (ex.: 30 segundos de burpees, 30 segundos de descanso, repetidos por 8 ciclos) ou uma sessão de ioga com posturas como “guerreiro” e “árvore”. </li>



<li>Sono Priorizado: Estabeleça rotina de 7 a 9 horas de sono, indo para a cama em um horário fixo (ex.: 22h) e acordando às 6h ou 7h. Crie um ambiente propício: use cortinas blackout, mantenha o quarto a 18-20°C e evite cafeína após o meio-dia. Uma hora antes de dormir, troque o celular por um livro ou prática de relaxamento. </li>



<li>Aprendizado Contínuo: Reserve 15 minutos diários para aprender algo novo, como um idioma ou uma habilidade profissional. Pratique à tarde, quando a energia está alta, e anote progressos em um caderno. Por exemplo, aprenda cinco palavras novas por dia ou pratique uma fórmula de planilha. </li>



<li>Exposição ao Frio: Comece com banhos frios de 30 segundos após o banho quente, aumentando gradualmente para 2 minutos. Use uma ducha a 10-15°C ou mergulhe os pulsos em água gelada durante as pausas no trabalho. Pratique três vezes por semana, respirando profundamente para controlar o desconforto. Um cronômetro pode ajudar a manter a consistência. Evidências preliminares sugerem que isso melhora a tolerância ao estresse, como temperar o aço para torná-lo mais forte.</li>
</ol>



* Charles Betito é fundador da MIND station e especialista em educação corporativa e saúde mental

Descubra o poder do seu cérebro para superar crises de esgotamento

Por que acreditamos em quem engana e o que isso ensina sobre autenticidade e marca pessoal



Essa semana compartilhei um vídeo do cantor Samuel Rosa, da banda Skank, onde ele comenta sobre “ter muita gente querendo opinar em tom professoral” e conclui:



“Tem muito professor fuleiro por aí.”



O que ele quis dizer, no fundo, é algo que também me incomoda: há pessoas que, por dominarem bem as redes sociais, acabam vendendo uma imagem que não condiz com sua experiência prática ou acadêmica. E sim, esse tema gerou muitas conversas com profissionais que me escreveram sobre o assunto.



Pois é… não vamos mudar o mundo. Vivemos em uma sociedade onde cada um tem uma visão de certo e errado. Para alguns, manipular e distorcer fatos é “normal”. Para outros e eu me incluo aqui isso é verdadeiramente fora dos valores pessoais e profissionais.



Mas este artigo não é sobre mim. É sobre você, C-Level, gestor ou liderança, que às vezes acredita que construir sua #MarcaPessoal é “entrar no mesmo pacote” dos que mentem e manipulam. E não é.



Hoje mesmo disse a um cliente:



“Se você não falar sobre o seu valor, sobre quem é e o que entrega, alguém sem experiência vai fazer isso no seu lugar e vai vender melhor, porque vende sonhos. E infelizmente, as pessoas compram isso.”



Construir sua marca pessoal não é sobre ser influenciador. É sobre se relacionar com sua rede, mostrar credibilidade, coerência e valor real. É lembrar às pessoas quem é você e o que você faz hoje com verdade, com propósito e com entrega.



Infelizmente, mentir é humano. Manipular, também. Mas há algo mais profundo por trás da facilidade com que algumas pessoas conseguem distorcer fatos, emocionar multidões e conquistar seguidores mesmo quando a verdade começa a ruir.



A ciência mostra que a mentira e a manipulação não são apenas desvios éticos são fenômenos psicológicos e neurológicos complexos, que exploram as vulnerabilidades naturais do cérebro humano.



Pesquisas da University College London mostram que, quando uma pessoa mente repetidamente, a amígdala cerebral área ligada à culpa e ao medo reduz sua resposta emocional. Com o tempo, mentir se torna mais fácil, quase automático. É como se o cérebro se anestesiasse, diminuindo o desconforto moral.



A psicologia explica que os manipuladores dominam três mecanismos:



Carisma e autoridade percebida: o cérebro confia em quem demonstra segurança, mesmo sem fundamento técnico.



Reciprocidade emocional: oferecem o que o outro quer ouvir elogios, promessas, soluções mágicas.



Vieses cognitivos: tendemos a confirmar o que já acreditamos (viés de confirmação) e seguir o grupo (efeito manada).



É por isso que tantas pessoas acabam acreditando e seguindo quem parece “ter todas as respostas”.





<h2 class="wp-block-heading">Casos reais: quando o mundo acreditou na mentira</h2>



Elizabeth Holmes (Theranos), prometeu revolucionar a medicina com um exame que detectaria centenas de doenças com apenas uma gota de sangue. Investidores bilionários e líderes políticos acreditaram. Holmes dominava o carisma, o visual e a narrativa parecia saber o que dizia. Mas faltavam dados, resultados e, principalmente, verdade.



Anna Delvey (Sorokin) viveu como uma herdeira milionária em Nova York, enganando banqueiros e amigos. O cérebro humano preenche lacunas quando o contexto parece confiável uma roupa cara, um endereço nobre e um discurso convincente bastam para gerar credibilidade. É o fenômeno da heurística da representatividade: julgamos competência pela aparência, não pela essência.



Frank Abagnale Jr., retratado em Prenda-me se for Capaz, mostrou como a convicção sustenta a mentira. Ele acreditava tanto em suas próprias histórias que nem seu corpo emitia sinais típicos de engano.



Esses casos mostram que o problema não é apenas quem engana, mas por que queremos tanto acreditar.



<h2 class="wp-block-heading">O que leva as pessoas a comprar uma mentira</h2>



A resposta está nas emoções. O ser humano busca clareza, esperança e pertencimento. Quem oferece uma história coerente, um discurso inspirador e uma imagem de sucesso ativa no cérebro os circuitos da dopamina, neurotransmissor do prazer e da recompensa. Nas redes sociais, cada curtida reforça essa sensação tanto para quem engana, quanto para quem acredita. E na empresa, é a admiração de quem faz parte da mesma organização.



Assim, forma-se o ciclo: o manipulador fala o que o público quer ouvir; o público valida; e o algoritmo amplifica.



<h2 class="wp-block-heading">A verdade sobre Marca Pessoal: não é “ser marketeiro”</h2>



É aqui que entra um ponto essencial marca pessoal verdadeira não tem nada a ver com se vender como um produto que não existe.



Construir sua marca não é “fingir sucesso”, criar uma persona perfeita ou vender o que nunca se viveu. É o oposto da manipulação.



A marca pessoal autêntica nasce da experiência prática, das habilidades conquistadas com esforço, das competências que você realmente desenvolveu ao longo da carreira e vida. É o resultado de entender:



Quem você é, O que você faz bem, E como pode gerar valor real para os outros.



Isso vale para qualquer propósito: conseguir um novo emprego, conquistar clientes de consultoria, oferecer mentorias, palestrar ou empreender.



Mas jamais deve envolver mentir, manipular ou prometer o que não se pode entregar. Muito menos ser quem não se é. Não existe marca sólida construída sobre inverdades apenas ilusões temporárias.



<h2 class="wp-block-heading">Manipulação x Credibilidade: um contraste necessário</h2>



Vou confessar algo. Fiz um determinado curso e só depois descobri que o profissional, bastante conhecido no mercado, que se apresentava como “Psicólogo, Filósofo e Teólogo” e dizia frases como “meus pacientes, meus seres de luz…”, não tinha nenhuma das formações vendidas.



Durante o curso, ele falava com tanta propriedade e sensibilidade sobre comportamento humano que ninguém questionava. Inclusive eu. Antes de me inscrever, cheguei a ligar para a instituição e perguntei sobre sua formação. A resposta foi direta: “Sim, ele é formado nas três áreas.” Na minha ingenuidade, não perguntei em qual instituição.



Algum tempo depois, um cliente C-Level me contou que esse mesmo profissional que inclusive já apareceu em programas de TV era, na verdade, formado em Administração. Fiquei chocada. Liguei novamente para a instituição e perguntei onde ele havia se formado em cada curso. A ligação caiu. Ninguém mais atendeu.



Fui até a minha apostila de formação, e lá estava impresso: “Psicólogo, Filósofo e Teólogo”. Mas nenhum nome de universidade, nenhuma referência, nada que comprovasse o que ele dizia.



Isso não é marca pessoal, porque a verdadeira força da marca pessoal vem da coerência entre discurso e prática. Do alinhamento entre o que você fala e o que você faz. Da consistência diária que, aos poucos, se transforma em credibilidade.



Agora, tudo o que esse profissional fala eu não confio mais, esse é o risco da mentira e manipulação.



<h2 class="wp-block-heading">Por que a verdade sempre vence</h2>



A mentira pode encantar por um tempo, mas a coerência conquista para sempre. O cérebro humano reconhece autenticidade. Mesmo que inconscientemente, sentimos quando há verdade nas palavras porque o corpo, a voz e o olhar alinham-se com a mensagem.



Construir uma marca pessoal baseada na verdade é mais do que ética é neurociência aplicada à confiança. Quem comunica a partir da experiência real ativa no outro os circuitos da empatia e da credibilidade. E é isso que gera oportunidades de trabalho, convites para palestras, mentorias e conexões sinceras.



A mentira pode construir audiência, mas nunca reputação. A manipulação pode gerar engajamento, mas não legado. E no fim, o que realmente fica é o que foi construído com propósito, ética e entrega.



E a dica final que deixo para você #CLevel e demais profissionais: olhem o perfil do LinkedIn e o currículo antes de seguir curtir e comentar, como Samuel Rosa falou: "Tem muita gente ensinando o que não tem por experiência prática."



Abraços,



Juliana Starosky



Fundadora, Starosky Consultoria



Ajudo Executivos e Gestores a fortalecerem sua Marca Pessoal | Transição, Consultoria, Mentoria de Carreira | Saúde Mental 🧠| Fundadora da Starosky Consultoria | 🌟Newsletter Headhunter da Carreira®



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Aqui fica a dica de um podcast: Criando uma carreira de sucesso: o peso da marca pessoal | AmplificaCast Ep105 com Juliana Starosky

A ciência da mentira e da manipulação

O verdadeiro segredo não está em reter, mas em conquistar diariamente a lealdade emocional dos colaboradores



O mercado de trabalho mudou. Hoje, os profissionais não estão apenas em busca de salário ou estabilidade. Eles querem crescer, aprender, sentir orgulho do que fazem e de onde estão. Querem reconhecimento real, e não apenas no discurso. Querem líderes que inspirem, e não chefes que apenas cobrem.



Pense no colaborador como uma semente rara. Se você a guarda em uma gaveta, ela nunca germina. Mas se oferece solo fértil, luz e água, ela floresce e dá frutos que fortalecem toda a organização. Essa é a essência da conquista: não segurar alguém à força, mas criar um ambiente onde ele queira permanecer e florescer.





<h2 class="wp-block-heading">E como isso acontece na prática?</h2>



a) Reconhecimento constante: não apenas nas metas atingidas, mas também no esforço, na dedicação e nas pequenas conquistas que fazem a engrenagem girar;



b) Planos de carreira estruturados: clareza sobre onde o profissional está e para onde pode ir. O futuro só é atraente quando existe um caminho visível;



c) Lideranças humanizadas: gestores que escutam, apoiam e desenvolvem, porque ninguém pede demissão de uma empresa — as pessoas pedem demissão de líderes que não sabem valorizar;



d) Desafios significativos: talentos querem expandir seus limites, se sentir úteis e parte de algo que vai além do “trabalho por trabalho”.



Empresas que entendem essa lógica não precisam “segurar” ninguém. Elas se tornam lugares onde as pessoas querem ficar. Lugares que inspiram pertencimento, motivação e orgulho.



O verdadeiro segredo não está em reter, mas em conquistar diariamente a lealdade emocional dos colaboradores. Quando isso acontece, eles não olham para fora em busca de oportunidades: eles olham para dentro e pensam —“Aqui é o lugar onde eu posso crescer, ser reconhecido e deixar minha marca.”

Conheça o mercado de treinamento corporativo no Brasil

Pierre-Jean Quétant

Ele conheceu todos os países do mundo — e quer te ensinar como, com Anderson Dias

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Sobre o autor

Pierre-Jean Quétant

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