Brasil, terra de encantos mil, cartões postais de paisagens encantadoras, tais como o Cristo Redentor no Rio de Janeiro, o Elevador Lacerda na Bahia e sem esquecer de mencionar as belíssimas praias do nordeste, o Brasil recebe em média 5,7 milhões de turistas estrangeiros por ano, grandes riquezas que não conseguem esconder o seu pior cartão postal, mesmo incluído entre os oito países mais ricos do mundo, esta apresentado pela ONU entre os dez mais desiguais socialmente. A desigualdade social esfola o brasileiro e a imagem do Brasil. Se manifesta entre regiões, estados, meio rural, meio urbano, entre centro e periferia e entre as raças. Essa disparidade econômica se reflete especialmente sobre a qualidade de vida da população: expectativa de vida, mortalidade infantil e analfabetismo, dentre outros aspectos. Quando temos uma visão, de um indivíduo ou grupo social diferente, baseado em valores próprios ou padrões adotados pela nossa cultura, acabamos considerando o nosso ponto de vista ou nossa cultura como sendo mais correto e natural. E a tendência do ser humano é negar ou repudiar o que é diferente. Acontece então à dificuldade de enxergar o mundo com sua multiplicidade e o resultado disso é discriminar os que são diferentes. A desigualdade social é tratar o outro como desigual, centralizando o poder na mão de poucos, de acordo com Marx ela se baseia nas relações entre as classes e ocorre quando o poder se concentra nas mãos de poucos. As desigualdades sociais não são acidentais, e sim produzidas por um conjunto de relações que abrangem as esferas da vida social, é simples comprovar isso ao observar empregos como de um executivo e de um gari. Qual a diferença entre duas profissões honestas e decentes? Do ponto de vista ético e racional, nenhuma. A diferença é a visão conservadora que foi herdada no Brasil, a alma capitalista da sociedade deixa claro que a remuneração e a posição social faz um individuo ser melhor que o outro, não por ética, ou por alguma ação de grandiosa demonstração de caráter, mas pelo simples fato de manter um padrão de vida diferente. A questão não é qual trabalho é melhor ou pior, todos que trabalham, merecem respeito, é obvio que profissões mais especializadas pagam mais, a questão é que, a remuneração, não deveria ser fator primordial para elevar julgamento de caráter ou valor, ganhar mais porque tem uma profissão especializada não torna ninguém melhor que ninguém. A igualdade da sociedade brasileira sempre esteve a um passo de não existir, não somente no valor econômico social, Mas em tantos outros aspectos, e a mudança desse cenário não depende apenas de governantes ou daqueles a que vivem bem sucedidos, acreditar e pensar ações para um Brasil mais justo e igualitário é dever de cada cidadão que imagina uma sociedade onde reconheça o verdadeiro valor de cada um, pois o mesmo não esta no TER, mas sim no SER.