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A luta pela afirmação da surdez enquanto diferença linguística e cultural, e não enquanto deficiência é um passo fundamental para a concretização de uma educação bilíngue habilitadora, e não incapacitadora. Brito, 1993. Educação que sem a luta pela emancipação social dos surdos dificilmente poderia ser pensada.
Segundo Leite (2004) assumir uma atitude inflexível sobre a identidade surda significa desconsiderar o fato de que a maioria dos surdos não teve a oportunidade de desfrutar de recursos alternativos para uma educação bem sucedida. E é isso que vem acontecendo em muitas universidades privadas, estaduais e federais que não estão cumprindo a Lei 10. 436 e o Decreto 5. 626, que visa a implantação da LIBRAS- língua de sinais, em suas matrizes.
Analisando o contexto político atual observamos que os surdos necessitam ter sua diferença reconhecida, e hoje essa comunidade surda se encontra em uma posição em que a qualidade do ensino da LIBRAS deve desempenhar um papel determinante para a superação da condição de subordinação que tem caracterizado suas vidas, desde os tempos mais remotos.
A grande luta dos surdos não é ser visto pelo mundo como uma pessoa deficiente, mas como uma pessoa que tem a sua capacidade, a sua forma singular de ver as coisas do mundo, e cabe aos meios educacionais estimular as suas potencialidades. Wilcox enfatiza essa visão argumentando que:
Se aceitarmos a visão patológica da surdez, é também acreditarmos que o conhecimento é externo ao individuo, então será natural atribuir à condição física do aluno como sendo a fonte de suas dificuldades[&#8230;] Entretanto, se acreditarmos que a surdez pode capacitar o indivíduo para uma visão de mundo diferente, e que o conhecimento é construído ativamente, então poderemos esperar que as pessoas surdas venham apresentar um entendimento de mundo diferente daquele apresentado pelos ouvintes. (LEITE apud WILCOX, 1994.p.110)
Por meio de estudos linguísticos, psicolinguísticos, sociolinguísticos, da aquisição de língua materna e de língua estrangeira, entre outros, referentes a Libras, é possível, hoje, reivindicar a inclusão da Libras na educação de surdos na educação básica e no ensino superior, através de uma política de ensino que respeite a legitimidade da língua de sinais de maneira plena.
 Por séculos, desenvolveu-se a crença de que o indivíduo surdo não seria educável. Aristóteles acreditava que todo o processo de aprendizagem se dava pela audição. Na Idade Média, supunha-se que os surdos não poderiam se salvar, uma vez que não podiam ouvir a palavra de Cristo.
Podemos concluir através deste estudo que o processo de inclusão e ensino de Língua Portuguesa como segunda língua para alunos surdos, nas escolas públicas está em andamento uma vez, que os profissionais percebem a necessidade de maior conhecimento sobre a Língua de Sinais e de adaptação dos métodos de ensino aos portadores de necessidades especiais.
Diante das respostas verificamos que as escolas não estão totalmente adequadas ao processo de inclusão visto que, não tem sala de recursos, instrutores surdos/ouvintes, intérprete suficientes para atender todas as turmas e ainda os professores não têm curso de formação específica na Língua de Sinais. Dessa forma, não há interação entre professor/alunos ouvintes e alunos surdos, pois os dois primeiros desconhecem a Libras, contudo, cabe salientar que, a aprendizagem de Libras pelos profissionais da educação e pelos demais alunos torna-se cada vez mais urgente, não como um mero instrumento para ensinar matérias, mas como parte de uma educação bilíngue. E que os professores não ignorem a diversidade linguística dos surdos, sobretudo de Língua Portuguesa, mas, que vejam com maior atenção e encarem como um desafio, de modo que os surdos possam receber o ensino de que acordo com suas necessidades.
No entanto, o nosso estudo teve por finalidade mostrar a realidade da educação que o nosso município oferece, sendo um município composto de mais de dez escolas estaduais, somente quatro estão aos poucos se adequando para receber alunos com deficiência auditiva, mas ainda observamos que existe uma esperança que a nossa educação seja oferecida para todos sem discriminação, limitações e igualdade para todos. 
<h4><a>REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS</a></h4>
ABAURRE, M.M.B. O que revelam os textos espontâneos sobre a representação que faz a criança do objeto escrito. Cadernos de Estudos Lingüísticos. Campinas-SP: UNICAMP, IEL, 1987.
ADIRON, Fábio. www.adiron.com.br/site/index. Artigo Em defesa da inclusão: ampla, geral e irrestrita. Acessado em 14/07/2008.
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BEIGUELMAN, B. Genética Médica. 2ª ed. São Paulo: EDART,1981.
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BRASIL, Ministério da Educação e Desporto/Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial. Brasília-DF: MEC/SEESP, 1994.
BRITO, Lucinda Ferreira (UFRJ). A língua brasileira de sinais.
BUENO, J. G. S. Educação especial brasileira: integração/segregação do aluno diferente. São Paulo: EDUC, 1993.
CAVALCANTE, K. K.S, CANDEIA, J. T, DUARTE, J. S, SILVA, V. D., PORTO, S. B. N, GIANINI, E. Elaborando proposta curricular para o ensino de libras e língua portuguesa no ensino de surdos. UFGG, 2004.
CAPOVILLA, Fernando César &amp; RAPHAEL, Walkiria Duarte. Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngüe da Língua de Sinais Brasileira. 2. ed. São Paulo: Edusp e Imprensa Oficial do Estado. Vol. I e II, 2001.
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994. www.senac.br Acesso em 15/07/2008.
DECRETO Nº 5.626, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2005. www.proac.uff.br/sensibiliza/index. Acesso em 15/07/2008.
DIAS, Tárcia Regina S. &amp; OMOTE, Sadao. Entrevista em Educação Especial: aspectos metodológicos. In: Revista Brasileira de Educação Especial. Vol. II n. 03. 1995.
DUTRA, Cláudia Pereira, Diferentes olhares sobre inclusão. Secretaria de Educação Especial/MEC, 2005.
FELIPE, Tânia A. A Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS. Libras em Contexto: Curso básico/livro do professor estudante. Programa Nacional de Apoio à Educação de Surdos. Brasília. MEC/SEESP, 2001.
FERNANDES, E. Problemas lingüísticos e cognitivos do surdo. Rio de Janeiro: Agir, 1990.
FERNANDEZ, S.M.M. A educação do deficiente auditivo: um espaço de produção de conhecimentos. Dissertação de Mestrado. Centro de Educação e Humanidades. Rio de Janeiro: UERJ, 1993.
FERREIRA-BRITO, L. Necessidades psico-social e congnitiva de um bilingüismo para o surdo. In: Congresso Brasileiro de Lingüística Aplicada, 1989.
_______________. Por uma gramática de língua de sinais. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1995.
FERREIRA-BRITO, Lucinda Ferreira (UFRJ). A língua brasileira de sinais.
http://www.ines.org.br/ines_livros/ 01/12/2007. Acessado em 15/07/2008.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa/Aurélio Buarque de Holanda Ferreira. 3ª ed. Curitiba: Positivo,2004.
GESUELI, Z.M. A criança não ouvinte e a aquisição da escrita. Dissertação de Mestrado. Instituto de Estudos da Linguagem. Campinas-SP: unicamp, 1988.
GÓES, M.C.R. A criança e a escrita: explorando a dimensão reflexiva do ato de escrever. In:
GÓES, M.C.R. de &amp; SMOLKA, A L.B. (orgs.). A linguagem e o outro no espaço escolar: Vygotsky e a construção do conhecimento. Campinas-SP: Papirus, 1993.
_______________. A linguagem de alunos surdos e a comunicação bimodal. Trabalho de livre docência. Campinas-SP: UNICAMP, 1994.
GOLDFELD, M. A criança surda: linguagem e cognição numa perspectiva sócio-interacionista. São Paulo, Plexus, 1997.
KOCH, I. G. V. Aquisição da escrita e textualidade. Cadernos de Estudos Lingüísticos. Campinas: UNICAMP, IEL, n.29, p.109-117, Jul/dez, 1995

Implantação da libras no currículo escolar

A presente pesquisa discute a inclusão e a importância do ensino da língua portuguesa como segunda língua (L2) para alunos surdos do ensino fundamental e médio

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Segundo Soares o letramento muda a maneira do surdo ver o mundo, e transforma sua realidade, esperando que sua vida melhore cada vez mais. Portanto, a alfabetização do surdo tanto na língua materna dele, que é a Libras, como no Português, a língua na qual se comunicam com a sociedade, devem ser respeitadas como um individuo diferente apenas e não inferior aos demais.
O letramento não pode ser considerado um “instrumento” neutro a ser usado nas práticas sociais quando exigido, mas é essencialmente um conjunto de práticas socialmente construídas que envolvem a leitura e a escrita, geradas por processos sociais mais amplos, e responsáveis por reforçar ou questionar valores, tradições e formas de distribuição de poder presentes nos contextos sociais.” (SOARES, 1998, p.75)
Para Magda Soares (1999, p.86) letramento pode ser estado ou condição de quem não só sabe ler e escrever, mas exerce as práticas sociais da leitura e escrita, que circulam na sociedade em que vivem, conjugando-as com as praticas sociais de interação oral.
Alfabetização e letramento acabam tendo o mesmo significado, pois a alfabetização não é vista meramente como habilidade para decodificar e compreender a escrita, mas quando os alunos são ou estão alfabetizados começam utilizar a leitura para que eles criem sua própria cultura. Com tudo o Letramento vem promover e desenvolver os processos mentais, como a superação das dificuldades que aparece em seu dia a dia, e treinar o raciocínio. A alfabetização não deve ser apenas no sentido de decodificação e codificação da língua escrita. Deve alfabetizar letrando o surdo ao mesmo tempo, levando em conta os diversos contextos nos quais as práticas sociais da língua escrita acontecem nas pessoas com necessidades auditivas especiais.
Diante disso podemos dizer que alfabetizar e letrar os alunos com necessidades especiais auditivas é similar ao processo aplicado as pessoas ouvintes, pois ambas são alfabetizadas com a teoria e letradas com as experiências vividas do individuo. A diferença é que o surdo utiliza-se de sinais para se comunicar, então é preciso que se trabalhe muito a memorização. As Libras para os surdos simbolizam a língua falada, tornando-a objeto de interação espontânea e entendimento, que são os requisitos para capacitar uma pessoa como letrada.
 A alfabetização da escrita é um processo lento, a professora tem que mostrar figuras e em seguida mostrar os sinais. Muitos alunos surdos terão dificuldade no aprendizado, mais isso não significa que os alunos não irão aprender, por isso é importante que os alunos com necessidade especiais auditivos aprendam primeiro a sua língua materna, ou seja, a Libras como diz PEREIRA. (2008, p.208).
A única forma de assegurar que os textos se tornem significativos para os alunos surdos, é interpretá-los na língua de sinais, em um processo semelhante ao observado na aquisição de uma primeira língua. (apud PEREIRA,2008, pg.208).
Os pais são peças fundamentais no processo de alfabetização e letramento, porque cada filho com necessidade especial deve ser estimulado desde criança. Os professores devem estar capacitados para propiciar situações de interação desses alunos com os ouvintes na sala de aula, para que os mesmos estejam preparados e familiarizados com sinais, preparando-os para a aprendizagem da Língua Brasileira de Sinais.
Podemos concluir através deste estudo que o processo de inclusão e ensino de Língua Portuguesa como segunda língua para alunos surdos, nas escolas públicas está em andamento uma vez, que os profissionais percebem a necessidade de maior conhecimento sobre a Língua de Sinais e de adaptação dos métodos de ensino aos portadores de necessidades especiais.
Diante das respostas verificamos que as escolas não estão totalmente adequadas ao processo de inclusão visto que, não tem sala de recursos, instrutores surdos/ouvintes, intérprete suficientes para atender todas as turmas e ainda os professores não têm curso de formação específica na Língua de Sinais. Dessa forma, não há interação entre professor/alunos ouvintes e alunos surdos, pois os dois primeiros desconhecem a Libras, contudo, cabe salientar que, a aprendizagem de Libras pelos profissionais da educação e pelos demais alunos torna-se cada vez mais urgente, não como um mero instrumento para ensinar matérias, mas como parte de uma educação bilíngue. E que os professores não ignorem a diversidade linguística dos surdos, sobretudo de Língua Portuguesa, mas, que vejam com maior atenção e encarem como um desafio, de modo que os surdos possam receber o ensino de que acordo com suas necessidades.
 No entanto, o nosso estudo teve por finalidade mostrar a realidade da educação que o nosso município oferece, sendo um município composto de mais de dez escolas estaduais, somente quatro estão aos poucos se adequando para receber alunos com deficiência auditiva, mas ainda observamos que existe uma esperança que a nossa educação seja oferecida para todos sem discriminação, limitações e igualdade para todos. 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
ABAURRE, M.M.B. O que revelam os textos espontâneos sobre a representação que faz a criança do objeto escrito. Cadernos de Estudos Lingüísticos. Campinas-SP: UNICAMP, IEL, 1987.
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FERREIRA-BRITO, L. Necessidades psico-social e congnitiva de um bilingüismo para o surdo. In: Congresso Brasileiro de Lingüística Aplicada, 1989.
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Letramento e alfabetização na educação dos surdos

O Campus Universitário de Cáceres, assim como, o de Pontes e Lacerda, Barra do Bugres e Tangará, estão localizados, segundo a classificação da PRPPG (Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação), no corredor ecológico, econômico e culltural do Pantanal. Na visão da PRPPG, essa é uma área de fronteira no bioma pantanal. Desse modo escolhemos uma região de fronteira para realizarmos o nosso estagio.
 
A Escola Municipal Santa Catarina - onde realizamos nosso estágio- é uma extensão da escola Demétrio Pereira que se localiza no bairro Cidade Alta. A instituição em questão atualmente está sob a direção da Profª Maria José da Silva Lica e seus coordenadores dos três respectivos períodos. A extensão do Demétrio fica situada em uma região fronteira e foi perfeita para a realização do nosso estagio visto que ela recebe alunos que falam outra língua o castelhano. Toda via como trabalhar, como incentivar um aluno a aprender uma outra língua a inglesa e a portuguesa.
Na fase de observação e monitoria, constatamos que as crianças não tinham o hábito de trabalhar com leitura de textos de poesia. No pensamento de Hiedegger, "A língua é o processo original por meio do qual um povo diz o ser. Inversamente, a grande poesia, aquela pela qual um povo entra na história, é aquilo que começa a dar figura a sua língua". Nesse sentido, optamos por uma oficina que suprisse essa carência percebida no exercício de leitura e produção escrita, precisamos incentivar o aluno a ler, tomar gosto pela leitura e logo fazer dela um habito.
Nesta primeira etapa do nosso programa de trabalho, a oficina colocou em relevo o exercício de leitura de poesia no seu aspecto formal e semântico. Trabalhamos com os conceitos real (plano concreto e objetivo) ao sentido figurado a fim de conduzirmos os alunos ao plano da abstração, promovendo a consciência plena e o exercício de análise. Os alunos se mostram receptivos e assim foi fácil continuar os trabalhos, pois nós tivemos uma ótima aceitação nessa primeira etapa.
Para o alcance dos objetivos propostos, iniciamos nosso trabalho com a leitura da poesia do escritor Carlos Drummond de Andrade: "No meio do caminho". A fim de promover uma interação inicial entre nós - licenciandos- e os alunos, como encaminhamento metodológico, colocamos uma pedra no meio da sala e pedimos a eles que formassem uma fila em sua direção e imaginassem que depois dela estaria algo que eles gostariam de realizar na vida. Ao se deparar com a pedra, eles deveriam se apresentar dizendo nome, idade, se trabalhavam ou não, e como fariam para transpor este obstáculo e prosseguir seu percurso.
Feito isso, apresentamos o poema de Drummond promovendo a leitura coletiva e a reflexão em conjunto. Refletimos sobre as impressões e os estranhamentos que o poema suscintou, sobretudo, pelo fato de ter o elemento semântico "pedra" como centro do poema.
Questionamos acerca do seu sentido real ou figurado. Refletimos também sobre a repetição do verso "No meio do caminho tinha uma pedra", que procura reproduzir o cansaço, a exaustão e as dificuldades para enfrentar os desafios do dia-a-dia.
Ao perceber as grandes dificuldades que os alunos enfrentam, cotidianamente, para frequentar a escola, tais como: a distância, o calor, o frio, o desconforto das viagens de ônibus, dentre várias outras e considerando o nosso objetivo inicial de estabelecer relações entre o texto poético e o dia-a-dia, pedimos aos alunos que produzissem um pequeno texto relatando suas dificuldades tendo como enfoque a representatividade do tema discutido, ou seja, as várias "pedras" que encontramos pelo caminho. A respeito disso, Leyla Perrone Moisés diz que "A literatura nasce de uma dupla falta: uma falta sentida no mundo, que se pretende suprir pela linguagem, ela própria sentida em seguida com falta". Assim sendo, realizamos o exercício de leitura do poema que, como pudemos perceber nas discussões, não faz parte do repertório de leitura e de estudo destes alunos para mostrar que a literatura recria dois mundos: o mundo em que vivemos (o real) e o mundo idealizado por nós (o ficcional). Ambos determinados por buscas constantes de evasão.
Essas tentativas de evadir são determinadas no poema pela memória de uma vida cheia de obstáculos. Desta forma, buscamos estabelecer uma ponte entre a literatura e a relidade social dos alunos visando à familiarização destes com aquela.
Com o propósito de fazer notar que os poemas podem se constituir estruturalmente de formas distintas, apresentamos aos alunos o "Soneto de Amor Total" de Vinícius de Moraes. Nele verificamos as rimas, que os alunos até então desconheciam. Para tanto, explicamos o conceito de rimas baseadas na teoria de Tânia Macedo e fizemos exercícios de fixação em que todos os alunos foram à lousa fazer a distribuição das rimas.
Para complementar esse trabalho de análise estética, apresentamos um trecho do poema "Remorso" de Olavo Bilac. Nele trabalhamos a escansão dos versos mostrando aos alunos que os poemas também se distinguem quanto ao número de sílabas poéticas. Aproveitando o poema em questão, fizemos analogias com o poema de Drummond, mostrando que enquanto este recria as dificuldades enfrentadas no dia-a-dia, aquele recria a memória de uma pessoa que não enfrentou suas "pedras no caminho" e que, por esse motivo, é intitulado "Remorso" enaltecendo a angústia de um ser marcado pelo fracasso e que simplesmente viu a vida passar sem nada fazer para alcançar seus objetivos.
Ao fazermos essa analogia, procuramos mostrar aos alunos as várias formas pelas quais a literatura recria o mundo real e, ao mesmo tempo, a importância de eles serem persistentes em seus objetivos de vida. Pois, embora as dificuldades enfrentadas sejam muitas, a persistência através da luta constante sempre traz bons frutos.
Considerando que o tema de nossa oficina é intitulado "Poesia e Canção: Melodia das palavras", buscamos fazer interligações entre texto poético e letras de música. Nesse sentido, analisando as dificuldades cotidianas colocadas em pauta pelos alunos em sua produção textual e levando em consideração, ainda, a discussão anterior de que a literatura visa recriar um mundo idealizado fugindo do mundo real, trabalhamos a letra da canção "É preciso saber viver" do compositor Roberto Carlos. O objetivo, neste momento de nossa oficina foi mostrar aos alunos que a poesia se relaciona com vários outros tipos de produções textuais e, além disso, que toda ação tem uma reação.
A letra da canção apresentada visou também promover a reflexão crítica e, ao mesmo tempo, chamar atenção para a forma da sua composição estrutural. Para a nossa surpresa, na primeira tentativa de análise os alunos perceberam que, da mesma forma que Drummond repete o verso "tinha uma pedra no meio do caminho", o cantor Roberto Carlos evidencia o verso "É preciso saber viver". Este foi, portanto, o ponto inicial de nossas discussões relativas à confluência temática entre o texto de poesia e a letra da canção apresentada.
Os dois textos em questão recriam dois pontos distintos: o primeiro apresenta os problemas e o segundo a reflexão crítica sobre o que fazer para resolvê-los. Enfrentar? Esquecer? Desviar? O que fazer? Foi, portanto, neste sentido que eles produziram um novo texto. Desta vez não só evidenciando os problemas, mas também apontando suas possíveis soluções.
Por fim, diante das questões evidenciadas, finalizamos a oficina com a reflexão da música "Um novo tempo" do cantor Ivan Lins, cujo objetivo era mostrar aos alunos que depois da "pedra", do "remorso", do "É preciso saber viver", "Um novo tempo" nos espera cheio de realizações. Afinal, estabelecer pontes entre a literatura e a vida é um papel que compete ao professor. Nossa consideração final se reporta àquilo que comunica o crítico Antonio Candido em "O direito à Literatura": No poema, a organização da palavra comunica-se ao nosso espírito e o leva, primeiro a se organizar; em seguida a organizar o mundo. Toda obra literária pressupõe uma superação do caos.
Na parte da Língua Inglesa partindo premissa que língua é viva e que, por esse motivo deve ser trabalhada sempre em situações de interação social, nos propusemos a realizar um trabalho que partisse do específico para o geral. A presente comunicação tem como objetivo a socialização da experiência didático / pedagógica realizada durante o Estágio Supervisionado também na Escola Municipal Santa Catarina. O programa de trabalho no Estágio Curricular Supervisionado compreendeu três momentos distintos: a observação, a monitoria e a regência propriamente dita, Além do aprendizado com a observação na escola tivemos em sala de aula, antes da observação e regência, seminários com textos que nos deram subsídios teóricos para que esse trabalho pudesse se realizar com seriedade e qualidade. Dentre os textos trabalhados, o que merece grande destaque é o das autoras Maximina M. Freire e Ângela B. C. Lessa, intitulado "Professores da rede pública, suas representações, seus repertórios e nossas interpretações". A oficina de Língua Inglesa em questão se propôs a trabalhar: The colors, the numbers and the compliments através do estímulo da pronúncia, memorização das palavras e, posteriormente, da escrita. Nesse sentido, entendemos por específico o ensino/aprendizagem dos temas propostos por etapas. Assim sendo, trabalhamos as cores, o números e os cumprimentos, respectivamente. E por geral, a utilização destes três temas em situações de interação social – através de diálogos- colocando, desta forma, a língua em funcionamento.
BIBLIOGRAFIA
KOCH, Ingedore Villaça. O texto e a construção dos sentidos. Editora Lingüística contexto.
MOURA, Francisco Marto de; FARACO, Carlos Emílio. Português Projetos. Editora Ática, São Paulo, 2009.
CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: Linguagens. Editora Atual, São Paulo, 2003.
ULISSES, Nicola. Gramática Contemporânea da Língua Portuguesa.
BECHARA, Evanildo. Gramática Escolar da Língua Portuguesa. Editora Lucerna. Rio de Janeiro, 2006.
PERINI, Mário. Para uma nova gramática. Série Princípios. Editora Ática. São Paulo, 2007.
ANTUNES, Irandé. Aulas de Português. Encontro e Interação. Editora Parábola. São Paulo, 2003
CARVALHO, Sérgio Nascimento. UERJ, EM E UNESA. O enfoque instrumental na leitura. Artigo.
MURPHY, Raymond. Essential Grammar in Use. Second EDITION. Editora Cmbridge University Press, 1997.
OXFORD, Dicionário Escolar. Inglês – Português / Português – Inglês 2ª edição
SOARS, John and Liz. New headway. Oxford University Press. 2006.
SWAN, Michael; Walter, Catherine. The Good Grammar Book. Oxford University Press, 2001.

Um relato de experiência no Porto do Limão - uma escola da fronteira.

João Guimarães Rosa, ele é um escritor da terceira fase do modernismo. Sagarana, um livro constituído por nove contos foi escrito em 1937, porém sua publicação só ocorreu em 1946. O título Sagarana significa "À maneira de fábulas", onde "saga" é um radical de origem germânica que significa "canto heróico; lenda" e "rana" palavra de origem indígena que significa "à maneira de; à espécie de".
 
João Guimarães Rosa nasceu no dia 27 de Junho de 1908 em Cordisburgo Minas Gerais. Formado em Medicina, exerceu a profissão até 1934, parou com a carreira de médico quando ingressou na carreira diplomática, serviu na Alemanha, Colômbia e França. Guimarães Rosa escreveu sua primeira obra, um livro de poemas com o título de Magma, com o qual recebeu um prêmio da Academia. Porém só ficou reconhecido perante o público, de fato, em 1946 com um livro de contos que se tornaria um marco em nossa literatura: Sagarana. Mas só foi consagrado definitivo depois de dez anos, com o romance Grande sertão: veredas. Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1963, em 1967 tomaria posse, mais morreu três dias depois, em 19 de Novembro de 1967. No seu discurso de posse, em algumas passagens o escritor parece antecipar o fato. Em seu discurso de posse os últimos parágrafos têm como assunto a morte. A gente morre é para provar que viveu. As pessoas não morrem, ficam encantadas.
Guimarães Rosa com seu estilo rosiano, inova sua obra por estar sempre inovando sua maneira de escrever literatura presente no conto, quando aparece o gosto pelas coisas populares, como ditado e provérbios.
"o Terreiro lá de casa
Nao se varre com vassoura;
Varre com ponta de sabre,
Bala de metralhadora..."
Assim percebemos como Guimarães rosa muda o estilo de escrever literatura, ou seja, ele inova as palavras, e com um estilo novo de ver as coisas, e neste conto ele mostra bem essas inovações.
Natural em meio semelhante, o alvoroço causado pelo sr. Guimarães Rosa, cujo livro vem cheio de "terra", fazendo arregalar os olhos aos intelectuais que não tiveram a sorte de morar ou nascer no interior (digo, na "província") ou aos que, tendo nela nascido, nunca souberam do nome da árvore grande do largo da igreja, coisa bem brasileira. Seguro do seu feito, o Sr. Guimarães Rosa despeja nomes em tudo-plantas, bichos, passarinhos, lugares, modas-enrolados em locuções e construções de humilhar os citadinos. "Irra, que é talento demais", como o deputado português, (ROSA, 1995, p.64)
Guimarães Rosa se supera a cada obra que escreve com tanta inovação, em suas obras ele coloca vida em todas as coisas, desde bichos a lugares que ninguém dava nada por ela, soube então criar um novo estilo literário na época da terceira fase modernista. Quando ele escreve com o narrador onisciente, ou seja, contos em terceira pessoa como é o caso de A hora e vez de Augusto Matraga, ele da voz própria às narrativas demonstra com clareza a dimensão mítica e poética encontra nos contos.
Guimarães Rosa, quando fala do sertão não esta definindo somente ao espaço geográfico, mas se refere a todo continente do mundo.
[...] E Sagarana vem a ser precisamente isto: o retrato físico, psicológico e sociológico de uma região do interior de Minas Gerais, através de histórias, personagens, costumes e paisagens, vistos ou recriados sob a forma da arte da ficção... A parte documental encontra-se nas descrições, no registro dos costumes, na fidelidade à linguagem popular fixada através dos diálogos; a imaginação, na capacidade poética de animar artisticamente o real, no poder de criar personagens e crises dramáticas no desenvolvimento do enredo, dando uma configuração estética ao que era antes tosco e bárbaro. As nove histórias de Sagarana são como faces distintas, ajuntadas rigorosamente para a composição de uma fisionomia coletiva, que é a de uma região de Minas Gerais, mas também representativa, em grande parte de todo o Brasil do interior, tão diferente e tão desconhecido como se fosse um país estrangeiro. (ROSA, 1995, p.68).
Assim, Guimarães Rosa, quando se referi ao sertão não se limita somente ao espaço geográfico, como todo interior do Brasil. Ou seja, ele mostra uma realidade de todo o planeta, onde todos os lugares do Brasil têm e passam por problema, social, política e psicológica. Pois o homem sertanejo não é somente do interior de Minas, mais de todo mundo que convive com a realidade de violência; o bem e o mal; a religião, Deus e do diabo. E diante disso podemos dizer que existe um regionalismo com universalista.
mas o melhor conto brasileiro tem procurado atingir também a dimensão metafísica e, num certo sentido, atemporal, das realidades vitais: Guimarães Rosa foi mestre na passagem do fato bruto ao fenômeno vivido, da descrição à epifania, da narrativa plana à constelação de imagens e símbolos; mas tudo isso ele o fez com os olhos postos na mente sertaneja, remexendo nas relações mágicas e demoníacas que habitam a religião rústica brasileira, ( BOSI, 1975, p.10)
Guimarães Rosa é um escritor considerado diferente dos demais por sua linguagem, pois seus textos são ricos em conteúdos e mostra a cultura como mingúem. Segundo Antônio Cândido, "em Guimarães Rosa "há de tudo para quem souber ler, e nela tudo é forte, belo, impecavelmente realizado." Cada um poderá abordá-la a seu gosto". (CANDIDO, 1978, p. 121).
Neste capítulo abordaremos também uma análise do maniqueísmo no conto "A Hora e Vez de Augusto Matraga" de Guimarães Rosa, buscando demonstrar a existência de uma cena de oposição entre o bem e o mal. Esse maniqueísmo revela-se na matéria plástica da linguagem que constrói a personagem Augusto Matraga levando-o à experiência de uma travessia em que os sentidos de sua vida vão sendo re-criados.
O Aurélio vem nos dar uma definição de que seja o maniqueísmo: Doutrina fundada por Mani no século III, na Persa, e segundo a qual o Universo é criação de dois princípios que se combatem; o bem ou Deus e o mal e o diabo; (por ext.) toda doutrina fundada nos dois princípios opostos do bem e do mal.
O maniqueísmo é visto como uma luta entre o Bem e o do Mal, ou seja, é considerado como uma forma religiosa de pensar, em diversas religiões e seitas, não como religião autônoma, mas enquanto comandos camuflados que influenciam os discursos do cotidiano, inclusive as religiões formais e seitas.
Segundo site (Wikipédia) define como surgiu o maniqueísmo: Mani (Manes ou Manchaeus), nascido na Pérsia, no século III, fundou uma religião, o maniqueísmo, após ter sido "visitado" duas vezes por um anjo que o convocou para esta tarefa, fato este comum entre aqueles que fundam religiões e seitas até hoje. A religião maniqueísta se difundiu pelo Império Romano e pelo Ocidente Cristão. O maniqueísmo combina elementos do zoroastrismo, antiga religião persa, e de outras religiões orientais, além do próprio Cristianismo. "Possui uma visão dualista radical, segundo a qual o mundo está dividido em duas forças: o Bem (luz) e o Mal (trevas) como entidades antagônicas em perpétua luz". Luz e trevas no sistema maniqueísta não são figuras retóricas, são representações concretas do Bem e do Mal. O Reino da Luz e o Reino das Trevas estão em permanente conflito. É dever de cada ser humano entregar-se a esse eterno combate para extinguir em si e nos outros a presença das Trevas a fim de poder alcançar o Reino da Luz, que é o Reino de Deus.
De todo modo, a idéia geral é a de uma forma simples de ver as coisas, em que o mundo estaria dividido numa dualidade: luz-treva, razão-loucura, bem-mal etc. E todos nós sabemos que na verdade o mundo está "impregnado dos seus contrários", como dizia Nietzsche. Diante disso o autor vem mostrar que de uma forma ou de outra as pessoas tem que se decidir, qual lado vai permanecer, se é diante da luz ou das trevas como muitos dizem. È justamente o que acontece no conto, Matraga um homem considerado machão diante da sociedade, não acreditava em Deus, tinha fé apenas em seus jagunços, que estava pronto para defendê-lo se algo acontecesse.
Que foi hein?... Que foi?Foi o capiauzinho apanhando pelos quatro cancundeiros de Nhô Augusto, e empurrado para o denso do povo, que também queria estapear. - Viva Nhô Augusto!... (ROSA, 2001, p.344)
Porém sua vida começa a mudar depois de dois acontecimentos, o abandono de sua esposa e filha, e a surra que leva dos jagunços, seus ex-empregados, que se bandearam para outro lado. Quase morto começa a pensar na vida e decide que quer ir para o céu, e começa uma longa e tubulosa jornada em busca da salvação.
E para ele alcançar a vida eterna terá que passar por varias provações, será um busca incansável pela libertação de seu espírito mal, e a cada dia terá que provar para si mesmo que esta querendo se redimir dos pecados, e somente através de suas atitudes que Deus ira ver se ele esta arrependido de coração ou é apenas uma farsa. Por Matraga estar arrependido e querendo muito ir para o céu, ele vai aos poucos passando por uma travessia, ou seja, o momento que vai percebendo como era sua vida no passado, uma vida desregrada, sem compromisso com a família e Deus, um ser que só queria se sentir importante e ao mesmo tempo em que as pessoas tivessem medo de si. Portanto Matraga tem um caminho a percorrer, se quiser salvar sua alma. E é em busca dessa redenção que ele resiste a todas as tentações.
Dia após dia, ele vai percebendo como era infeliz a vida que levava, e começa então acontecer uma transformação, uma busca desesperada pela vida eterna, que Matraga deixa bem claro:
Eu vou p´ra o céu, e vou mesmo, por bem ou por mal!...
E a minha vez há de chegar... "P´ra céu eu vou, nem que seja a porrete".
(ROSA, 2001, p.357)
Isso significa que ele vai fazer de tudo para almejar seu objetivo, não se preocupando com o sacrifício que ira fazer, ele esta determinado em conseguir a salvação. Porem ele passa por varias tentações, que poderiam fazê-lo voltar a ser aquele velho homem machão.
Primeiro momento é quando Matraga recebe a noticia que sua única filha vira prostituta, a personagem fica arrasada, estabelecendo um conflito entre o novo e o velho, e querendo ressurgir os restos que estava quase se apagando do temido Augusto Esteves, mais sua vida espiritual já esta muito firme e incapaz se reabrir velhas feridas que já estava praticamente cicatrizada. Diante disso a autora (GALVÃO, 2008, p.78) "os sofrimentos de Matraga, não é só os do corpo, mas, sobretudo os da alma, ao perceber quanta maldade fizera, são considerados como uma amostra do inferno, que Deus em infinita misericórdia concedeu para que dedicasse á salvação da alma".
Segundo momento, e a mais temida foi o aparecimento de Joãozinho Bem-Bem e seu bando, porque ao ser chamado a fazer parte do bando, ele vê a possibilidade de se vingar do Major, mas Matraga resiste à tentação, determinado a conseguir sua liberdade e a paz interior definitivamente. E depois de muitas lutas conta si mesmo, ele terá seu momento de se tornar um herói e se redimir por completo de suas atitudes grosseira e machista perante a sociedade e principalmente diante de Deus, e assim consegue seu lugar no céu.
BIBLIOGRAFIA
BAKHTIN, Mikhail. Questões de Literatura e Estética: a teoria do romance. São Paulo: Hucitec, 1979
BENJAMIN, Walter. "O narrador". IN: Obras escolhidas. Magia e técnica. Arte e Política. Editora brasiliense. São Paulo, 1996.
BOSI, Alfredo. O conto brasileiro contemporâneo. São Paulo: Cultrix, 1994.
BRAIT, Beth. Literatura comentada – Guimarães Rosa. São Paulo: Abril Educação, 1982.
CANDIDO, Antonio. "A personagem do romance". In: A personagem de ficção. São Paulo: Perspectiva, 1990.
CANDIDO, Antonio. O direito à literatura. IN: Vários Escritos. 3. ed. São Paulo: Duas Cidades, 1995.
FANTINI, Marli (org.). A poética migrante de Guimarães Rosa. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2008.
GALVÃO, Walnice Nogueira. "Matraga: sua marca". In Mínima mínica: ensaios sobre Guimarães Rosa. São Paulo, Companhia das Letras, 2008.
GENETTE, Gérard. (s/d.) Discurso da narrativa. Tradução de Fernando Cabral. Martins. Lisboa: Vega Universidade. 1995
GUIMARAES ROSA / Seleção de textos, notas, estudos biográfico, histórico e crítico e exercícios por Beth Brait. São Paulo: Abril Educação, 1982.
LIMA, Luiz Costa. "O mundo em perspectiva: Guimarães Rosa". In Coleção fortuna crítica 6 – Guimarães Rosa. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1983.
PAULINO, G. CURY, I. Walty, ZILDA, Maria. Intertextualidade: teoria e prática. Belo Horizonte: Lê, 1995.
RIBEIRO, Renato Janine. "Augusto Matraga, a salvação pelo porrete". In: MOTA, L. D. &amp; ABDALA JR, Benjamin (orgs.). Personæ: grandes personagens da literatura brasileira. São Paulo: SENAC, 2001.
ROSA, João Guimarães. "A hora e vez de Augusto Matraga". In Sagarana. Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 2001.
ROSA, João Guimarães. Ficção Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1995.
WEBGRAFIA
http://www.xr.pro.br/Ensaios/MANIQUEISMO.html ...acesso em 26- 09.2009
http://www.Maniqueísmo - Wikipédia, a enciclopédia livre. mht acessado 26/09/09.
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http://www.imaginario.com.br/artigo/a0031_a0060/a0048.shtml acessado em 19/09/09.

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Regiane Sales Ribeiro

Mercado Livre: uma aula de logística e empreendedorismo, com Maurício Landi

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